• Sou puxada para fora da banheira e começo a tucir, o ardor em meu peito continua e eu respiro e inspiro várias vezes tentando pegar fôlego, Grace me encobre com a toalha segura meu rosto em suas mãos •
– Chell? Chell consegue me ouvir? — Ela fala e sinto o choque em suas palavras – Por favor, fala.
• Desde a hora em que recebi a notícia eu não havia dito nada, não conseguia dizer nada, mas ali, deitada no chão do banheiro, vendo o desespero da Grace para que eu diga algo, eu falo o que mais ouço na minha cabeça •
– A ... A Culpa.. é minha — Minha voz sai falha e eu respiro fundo para falar com mais certeza – A culpa é minha!
– Não, não diga isso Chell, a culpa não é sua.. ela já estava doente a algumas semanas, você não teve culpa! — Ela fala ainda com as mãos em meu rosto fazendo com que eu olhasse para ela – Você não tem culpa.
• Ela então me abraça, assim que sinto seus braços em volta de mim eu me afasto, não era o abraço dela que eu queria, não tinha mais aquela magia, aquele conforto, não tinha mais nada. •
– Não me abrace, eu odeio abraços. — Falo e levanto secando as lágrimas do meu rosto – Estarei pronta em vinte minutos.
• Sei que parecia fria, mas ouvir meu pai me acusando sem parar na minha cabeça estava me torturando, eu já não sabia o que fazer. Grace levanta do chão e sai do banheiro.
Depois de ter vestido a roupa na qual Grece havia separado, vou arrumar meu cabelo sentando em frente ao espelho, enquanto passo a escova sobre meus cabelos lembro da noite passada, a minha mãe sorrindo e me olhando, sou interrompida por meu pai que entra no quarto •– Não precisa se arrumar, você não vai. — Ele fala friamente.
• Viro para olha-lo sem acreditar no que acabo de ouvir •
– Como assim eu não vou? Pai, é o enterro da mamãe, não pode me proibir de ir. — Falo indignada.
– Não me chame de pai, não chame ela de mãe! Não toque no nome dela. — Ele fala sem mostrar expressão alguma.
• Fico parada olhando ele, sem dizer uma palavra se quer. O que eu podia dizer? Ele acabou de me destruir, para completar ele me dá um olhar de nojo e sai fechando a porta do quarto.
Volto a olhar no espelho, agora desprezando o que via, vejo as lágrimas começarem a cair, e logo já estou chorando, sinto raiva do meu pai por está me tratando assim, sinto ódio de mim por ter ido a festa é não está aqui quando ela precisou, sinto culpa, sinto tudo e choro, choro e não consigo parar, puxo meus cabelos com brutalidade, levanto e jogo todas as minhas coisas que estavam em cima da penteadeira no chão, grito sentindo minha garganta queimar por dentro, me ajoelho no chão depois do grito, aos poucos meu chora vai sumindo, até que para. Olho ao redor do quarto e vejo a ponta de um laço em baixo da minha cama, vou até lá, o laço era amarelo cheio desenhos de girassóis, levanto o cobertor e vejo o violão da minha mãe, puxo ele colocando-o em meu colo. Junto ao laço havia um cartão, abro. •
Minha querida.
Hoje é seu dia, e para mostrar o quão especial você é para mim, esses é o seu presente. Cuide bem dele, e lembre-se: Seja como os girassóis, saiba esperar por dias melhores. Eu Te Amo.
De sua mãe; Rebecca• Olho para o violão, uma ideia brota em minha cabeça. Guardo o bilhete na gaveta do guarda roupas e pego o violão, saio do quarto indo até a sala •
– Senhorita Smith, seu pai me deu ordens para não deixa-la sair — Oliver o segurança do meu pai me barra na porta – Sinto muito.
– Oliver, me leve até la, por favor.. É a minha Mãe, podemos ficar olhando de longe. — Faço minha melhor cara de cachorro abandonado, não era muito difícil, ja que eu estava horrivel.
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Smith High School
De Todo||Leiam para entender melhor|| • Resolvi fazer algo diferente, como sou amante de RPG, farei esse "Livro" como se fosse atuações em um RPG virtual. Espero que gostem • [Minha autoria||inspirado na minha comunidade no amino]