Medo de aranha

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 Ela disse que tinha medo de aranha

Que sua presa ela arranha

Que elas não possuíam sentimentos

Que sua forma era grotesca e de olhos atentos

Mas a aranha nunca fora gentil

E depois de moça, isso ela descobriu

A insanidade do predador

Matando como um caçador

A insanidade da bala e do terror

Mostrando em cacofonia o horror

E a aranha gosta disso

Da presa se contorcendo sem um sorriso

E ela ama isso

Da morte a abraçando por isso

A menina agora sabe que o medo de aranha era inútil

Que aquilo se tornou fútil

Quando se viu em medo por amor

Se tornou fria, e sem pavor

Passou a matar quem encontrou

A mandado do superior

Ela se juntou e lutou

Mas não mais por amor

Agora ela matava, pois, se libertou

E era somente na morte do outro que o sorriso brotou

Perdoe-meOnde histórias criam vida. Descubra agora