Premonição: acontecimento que deve ser tomado como aviso; presságio, advertência.
Premonição. Era um sentimento? poderia ser, certo?. Bem, talvez não seja mas caso você perguntasse para William como ele estava se sentindo nessa manhã ao sair de sua confortável casa indo em direção ao desconhecido, era esse sentimento que ele definiria estar sentindo.
William Potrece sempre foi muito intuitivo e observador, era essas qualidades que faziam dele um ótimo detetive mas também uma ótima pessoa. Sua ex-mulher sempre falava que ele era confiante demais, e isso fazia com que ele acreditasse quase totalmente em si mesmo e talvez esse seja o motivo de terem se divorciado, William não a ouvia e sempre acreditava ter razão, mesmo quando não tivesse, e isso a irritava.
— Isso irrita todo mundo. Principalmente as mulheres... — Ele dizia a si mesmo.
Ao ser chamado pela polícia local de sua cidade, William começou a se perguntar se talvez se ele fosse um pouco mais "interessado" em ouvir os demais ele ainda estaria casado. Mas, era errado mudar quem você é para conquistar alguém, não é? A pessoa iria se apaixonar por algo superficial...algo que não existe, algo que ele é contra. Algo que ele realmente é contra.
Mas ele não tinha tempo para conversar com as pessoas para discutir sobre isso, não tinha tempo para pensar em namorar ou algo do tipo. Ele tinha um novo trabalho. Um caso na cidade vizinha, que estranhamente não tinha seu próprio detetive.
Como uma cidade que não tem nem sequer um detetive pode precisar de um?.
Monnue. Era essa o nome da cidade que ele estava a caminho. Ele não queria aceitar no início, pois não porque não estava interessado no caso mas porque algo em sua mente falava que não era uma boa idéia. Era uma premonição estranha que não era pra ele ir pra aquele lugar. Pra Monnue. Ele não deveria ir. Mas...ele foi.
Uma garota loira foi encontrada morta em um beco afastado do centro da cidade, sem cabelo, com cerca de 12 facadas em todo o corpo, sem sinal de ter sido violentada sexualmente. Segundo a polícia da cidade a garota tinha 21 anos, filha de um professor e uma enfermeira da cidade. Grace Hopp. Grace era o nome da vítima.
— Me diga Grace, por que alguém te mataria? você não era o que todo mundo achava que era? você tinha uma namorado violento e ele te matou?. — William se perguntava olhando para estrada acima do volante de seu carro. — Grace...G-R-A-C-E.
William nem imaginava que estaria indo para um lugar tão sujo e podre quanto o esgoto de uma cidade, ele estava indo para um lugar que aparentava ser o que não era e o pior é que ele nem sabia disso. Pois se soubesse não ficaria se perguntando se o caso seria fácil, pois achar um assassino é difícil mas achar um assassino quando todo mundo mente sobre quem realmente é...chega a ser impossível.
Enquanto o Sr. Potrece estava indo em direção a cidade, a população local de Monnue estava agindo como se nada tivesse acontecido. Os pais prestaram depoimento e até ligaram para polícia alegando que sua filha havia sido sequestrada mas eles nem desconfiaram que na verdade, até que de fato fosse verdade, mas sua filha não precisava mais ser procurada. Ela estava no mesmo local que o assassino a deixou. Morta. Morta em um beco qualquer.
Jerald e Vanessa, pais de Grace, estavam abalados demais, nem foram trabalhar no dia, e isso é o mínimo que devia ser feito. A filha deles estava morta, eles mereciam sofrer pela perda da amada o tempo que necessário. Teriam que lidar com a dor.
Porém, ninguém na cidade se preocupou demais sobre isso, tinha até umas senhoras que achavam que era um exagero esse alvoroço todo, até porque todas as cidades tinham mortes, não tem nada demais.
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American Killers
Mystère / ThrillerVocê já se perguntou alguma vez o motivo pelo qual as coisas acontecem? Bem, você já se perguntou a história das coisas e por que elas são da forma que encontramos hoje?. Talvez você não se importa, de fato poucas pessoas se importam com as história...