Capítulo VI: Pé na estrada

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Chuva, um dos fenômenos naturais mais interessantes que já pude ver, para minha pessoa, o seu som é acalmador e o seu cheiro ao tocar no chão me faz sentir como se não existisse nenhum problema a minha volta, mas eu sei que isso não é verdade, minha mãe pode está passando por muitos problemas por causa do meu desaparecimento, ela pode ficar muito ansiosa e isso não é bom para o coração dela nem de ninguém.
A cada hora que passa é uma hora longe de minha família, percebo que devo começar a me mexer e sair daqui, porque talvez seja um perigo se aqueles dois homens saírem daquele manicômio e vierem atrás de mim, tenho que acelerar as coisas e arranjar um jeito de voltar para casa para que a minha mãe não tenha uma crise de ansiedade.
Fico na porta da cabana esperando Jonathan chegar e ao ele chegar falo que devemos ir logo e iniciar nossa "jornada", ele concorda, pegamos alguns suprimentos, nos despedimos dos moradores e agradecemos por tudo e saímos daquela rua.

Ao chegar na esquina eu penso:

-Será que o Jonathan lembra aonde fica a estação de trem? Será que ela está em funcionamento?
Obviamente ela não deve está funcionando, mas não custa perguntar.

Pergunto ao Jonathan se ele lembra aonde fica a estação de trem da cidade, ele disse que faz tempo que não vai lá, mas se lembra e diz que seria uma perca de tempo irmos para lá, pois a estação de trem não está funcionando desde a crise.

Eu digo:
-Na verdade eu já esperava por isso, mas o meu interesse não era pegar o trem (pois nós não teríamos dinheiro suficiente para pagar duas passagens), o meu interesse era ver se lá há um mapa da região.

Após me ouvir Jonathan concorda em me levar até lá, ao chegar lá procuramos o tal mapa e o encontramos, Steinvell fica 6 dias a pé e 3 dias de carro da  cidade em que moro(Dreinswood) será muito difícil pois nós dois iremos demorar um tempo até chegar lá, principalmente por estarmos a pé.
Quando estávamos nos aproximando da saída nós ouvimos um barulho de um carro, mandei Jonathan esperar atrás de mim, eu estou desconfiando de tudo sinto que ainda estou sendo procurado e ao chegar no final na escada vejo que é um carro alto preto e nele parece ter 4 homens que não parecem está armados, achei que poderiam ser só visitantes até ouvir o seguinte:
-vocês dois vão por aquela entrada e vêem se o garoto está lá, enquanto eu e o D2(esse aparenta ser o codinome deles) ficamos aqui no carro aguardando vocês.

Ao ouvir isso percebo que podem ser pessoas que estão envolvidas no meu sequestro ou pessoas que querem me ajudar, mas isso eu acho um pouco difícil. Vou para baixo com o Jonathan e pensamos num plano, após vermos diversas barras de ferro perto de nós, ficamos um de um lado e outro do outro, ficamos esperando os dois primeiros homens virem para baixo, nosso plano era simples: quando eles se aproximassem nós iremos atingir a parte traseira da cabeça. E ao passarem por onde estavamos eu gritei... AGORA!! e antes que os dois homens pudessem se virar nós atingimos eles e ao caírem no chão nós os carregamos e colocamos eles encostados na parade, peguei as barras de ferro e as joguei uma em cima da outra, eu quero fazer bastante barulho para que os dois homens restantes desçam e eu e Jonathan possamos subir pela outra entrada, ao ouvirmos os passos deles eu susurro para Jonathan... Vamos para o outro lado, esperamos o momento certo para correr e quando eles descem nós corremos em direção ao carro e entramos no carro, o problema é que eles levaram a chave e antes que eu possa falar algo Jonathan faz ligação direta dizendo que já tinha ligado outros carros antes e que sabia dirigir, fico surpreso e feliz e  acabo ficando mais feliz ainda quando vejo que no carro há um mapa.
Ao ouvir o barulho do carro dando ignição os dois homens sobem desesperados, mas vêem que já estamos longe, numa ação desesperadora um dos homens saca uma arma e atira contra o carro, por sorte só atingiu o fundo do carro e o vidro traseiro, ainda bem que nenhum de nós dois se feriu.

Finalmente entramos na estrada, combinamos de a cada 8h alterarmos quem dirige para que o motorista não fique cansado e acabamos sofrendo um acidente.
Estou no banco do carona e quando olho para o céu me questiono:

-Será que minha mãe acredita que irei voltar? Ou será que ela já aceitou que estou possivelmente morto? Como ela está lidando com essa situação? Tentarei entrar em contato com ela o mais rápido possível.

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