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joy e yeri chegaram em casa depois de uma longa tarde no parque.

— o que você quer comer, amor?

— eu não sei, pede alguma coisa.

ambas não sabiam cozinhar muito bem, sempre acabavam queimando alguma coisa, quebrando alguns pratos, então na maioria das vezes pediam comida pronta.

depois de se alimentar bem — o que elas adoravam fazer — foram tomar banho. joy queria ler um livro que estava lendo recentemente mas ela lembrou que tinha que ir pro terraço de sua casa com yeri. sempre faziam isso quando queriam passar um tempo juntas.

era uma rotina que as meninas tinham mas que não faziam todos os dias, faziam quase todos os dias.
elas se deitavam no terraço da casa delas e viam as formas que as estrelas faziam, — tipo quando viam nas nuvens — observavam as constelações, tinham deep conversations, o que elas mas gostavam de fazer, dar nome as estrelas e inventar uma "história de vida" pra elas.

— aquela estrela não tinha nome, porque ela tinha amnésia e esqueceu dele. — yeri apontou pra uma estrela um pouco afastada das outras.

— e ela também esqueceu da família e dos amigos que tinha e se afastou deles e agora ela vive isolada.

— que história triste.

— nós somos estranhas, tipo, quem dá histórias para as estrelas? — elas riram.

— a ideia foi sua, você é louca por ter sugerido isso. — yeri acusou a mais velha.

— e você gostou da ideia, você é louca por ter gostado dela.

— somos loucas e estranhas.

— somos, a gente combina.

yeri e joy conversavam sobre o futuro delas, desde coisas completamente aleatórias e sem nexo. até que uma estrela cadente passou no céu escuro.

— faz um pedido yeri.

a mais nova fechou os olhos e pediu que ela pudesse ser feliz com a sua namorada e passar o resto da vida dela ao lado de joy, pois ela tinha certeza que a mais velha era o amor de sua vida.

quando ela abriu os olhos viu que a estrela cadente havia passado, e ela sabia que o seu desejo se realizaria.

— o que você pediu?

— ei! eu não posso falar, se eu falar não vai se realizar.

— que? não faz nem sentido.

— tudo mundo fala que não se realiza, então eu não vou te contar sooyoung.

— tanto faz, não queria saber mesmo. — joy deu de ombros com indiferença.

— desculpa, você sabe que eu não posso.

— ok. — a mais alta virou para o lado oposto de yeri, sentindo deitada o vento frio em seu rosto.

yeri decidiu ignorar e se calou por um tempo pra observar as constelações. ela nunca conseguia ver os desenhos que a sua namorada a mostrava no céu, mas fingia que conseguia. ela fazia isso pra deixar joy feliz e não parecer burra, mas ela não sabia que a outra sabia que ela mentia sobre isso.

a garota se perguntava quando olhava pro céu se elas duas iriam juntas pra lá quando morressem. ela não sabia se iriam morrer juntas, no mesmo lugar, no mesmo dia, no mesmo instante, isso porque eram feitas uma pra outra.
ela sabia que era algo meio impossível e fantasioso mas yeri acreditava em amor verdadeiro, diferente de muitas pessoas.

— você acha que a gente vai ficar juntas quando estivermos no céu? — ela perguntou à joy que tinha as costas virada para a mesma.

mas ela não respondeu e continuou a olhar as estrelas.

— você está brava comigo?

— não. — disse fingindo estar emburrada.

— sooyoung você sabe que eu tive um motivo pra não te contar, você é muito curiosa.

— se você me amasse, me contaria.

— não tem nada haver.

elas não falaram mais nada e ambas se sentiram culpadas. yeri porque não queria fazer algo que sua companheira queria, e joy porque estava brincando com a mais nova a fazendo acreditar em algo que não era verdade.

— quer saber, eu vou te falar...

— não! não precisa, eu estava brincando amor.

— mas se você quiser eu falo.

— não fale, se não o pedido não vai se realizar — as meninas ficaram em um silêncio confortável continuando a olhar pro céu — e na verdade não tem como ficar com raiva de você porque eu te amo muito e você é muito fofa.

então joy beijou yeri, sua língua macia acariciava a língua da mais nova, que tinha o sabor favorito da mesma. tudo sobre yeri tinha se tornado favorito de joy, seu perfume, seu sorriso, seus olhos, seu humor, sua personalidade, tudo. kim yerim era a pessoa favorita de joy.

— eu também te amo muito muito muito. — yeri disse olhando nos olhos de sua amada e sorrindo verdadeiramente.

— eu sei.

— aish, você me enganou.

joy beijou outra vez sua namorada, ela se sentia sortuda por poder fazer aquilo sempre que quisesse, ela realmente amava yeri.
yeri também a amava, mais do que ela imaginava que era possível.

buy me a star? ::: joyriOnde histórias criam vida. Descubra agora