4. Dias atuais.

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Dias atuais...
             Droga! Este e a primeira palavra e o primeiro pensamento que vem a minha cabeça quando me dou conta de que os comprimidos não deram certo e eu estou em um hospital, e quer saber qual foi o meu segundo pensamento?sim? OK então aqui vai ele.
          – Meu Deus eu preciso fugir antes que minha mãe me encontre_ tá, eu admito, foi muita ingenuidade da minha parte achar que minha mãe não sabia sobre o que eu fiz, ou pelo menos tentei fazer,é com certeza foi.
           – Tarde demais pra fugir de mim Atena._droga, ela me achou antes que eu pudesse botar em prática meu plano de fuga para a Califórnia, trocar o meu nome e viver de minha arte.
          – Hey você está aí._usei o meu melhor sorriso naquele momento, o que equivale a uma careta.
           – Como se sente?
           – Frustrada.
           – Por que fez isso Atena? Você sabe como estou me sentindo?pensou no quanto isso me machucaria?.
            – Me desculpe.
            – É só isso que vai dizer?
            – O que quer que eu diga?
            – Uma explicação talvez? O porque de você ter tentado tirar a própria vida?
            – Eu sinto muito mãe, que isso a tenha magoado mas eu não sinto muito pelo o que fiz
             – Me diz alguma coisa, me diz onde eu errei com você?_ me doía saber que ela pensa que o que tem de errado comigo é culpa dela.
             – Você não fez nada, eu só estava cansada e eu não sei, foi o acúmulo de tantos sentimentos os sentimentos que eu achei que estavam guardados me sufocaram, e eu explodi mãe. É muita coisa acontecendo eu não sei lidar comigo mesma._ chorar desesperadamente tem se tornado um hábito pra mim, nem mesmo fiquei surpresa quando percebi as lágrimas descendo descontroladas pelo meu rosto.
           – Eu sinto tanto por não ter estado lá, por não te ajudar_ Ela diz tentando secar minhas lágrimas.
            – Mãe não sinta, nem mesmo eu estava lá, e só eu poderia me ajudar_ fomos interrompidas por batidas na porta e logo um homem grisalho que parecia ter seus 40 e poucos anos entra pela porta com uma prancheta nas mãos.
            – Me desculpem a interrupção, mas eu vim conversar com as senhoritas._ uu senhoritas, gosto de como esse senhor fala comigo.
            – Tudo bem doutor Charles, já tínhamos terminado o senhor pode falar._ ora mas vejam só ela sorriu pra ele, e não foi qualquer sorriso, é o sorriso que usamos quando estamos tímidas mas ao mesmo tempo flertando.
            – Obrigado Madie, então você enfim acordou senhorita Bolmer, como se sente?._ espera ele chamou a minha mãe de "Madie"? O que foi que eu perdi? Minha mãe não me falou que tinha um namorado no trabalho ou que pelo menos tinha um amigo tão íntimo.
           – Frusta...bem_ me interrompi ao ver o olhar torto de Madie para mim.
           – Ótimo,seus exames estão bons e você vai poder voltar para casa amanhã à noite se continuar a..._ interrompi o falatório do homem a minha frente.
            – há quanto tempo eu estou aqui? Quanto tempo eu dormi?.
             – Você está aqui há três dias, sua mãe lhe trouxe desacordada, você teve uma parada cardíaca Atena, você esteve morta por alguns minutos até conseguirmos te reanimar.
             – Bem então os comprimidos funcionaram vocês é que não respeitam o direito de morrer alheio._ falei soltando uma risada, mas pelo jeito só eu entendi que era uma piada.
             – Não teve graça Atena._ disse minha mãe, a que nunca entende as piadas, nem mesmo as boas .
             – Me desculpe eu nunca sei quando ainda é cedo para as piadas._ é, talvez eu tenha errado no time da piada outra vez.
              – Atena, conversei com a sua mãe e ela concordou que seria bom pra você iniciar um tratamento com a psicóloga do hospital e..._ interrompi ele novamente
              – Bem, EU é que não concordei com isso, e eu já tenho uma psicóloga, senhora Ramirez._ qual é eu durmo por três dias e "Madie"e seu crush já arquitetam uma intervenção na minha vida?.
              – Você não tem que concordar ou discordar de nada Atena, eu sou a sua mãe e você vai fazer esse tratamento._disse seria demais para mim.
              – As sessões serão semanais senhorita Bolmer não será tão ruim._ doutor Charles provavelmente nunca foi a terapia, por esta dizendo isso com esse sorriso condescendente no rosto.
               – Não posso continuar com a senhora Ramirez?
               – Infelizmente não querida, a senhora Ramirez ao descobrir sobre o que você fez se sentiu culpada e pediu demissão, ela está de licença de suas atividades agora._ Meu Deus, eu provavelmente destruí a carreira de uma senhora e tudo no que penso é  Meu Deus eu estou tão ferrada.
           – Bem eu tenho que ir agora, tenho outros pacientes. Atena alguém vai trazer o seu café você vai passar o dia de hoje e provavelmente metade do dia de amanhã aqui, descanse eu virei te olhar algumas vezes durante o dia.
           – OK.
           – Até logo Madie._sorriu uma última vez para minha mãe antes de enfim sair do quarto.
           – até logo madie._ Como a adulta que sou o imitei e recebi um olhar torto de "Madie" novamente– Qual é ele é um prego, mas é bonitão, o que tá rolando entre vocês?
            – Não está rolando nada Atena eu trabalho aqui, sou uma enfermeira e ele um médico o que podia estar rolando.?
             – O que ? Você é linda e uma ótima enfermeira, podia sim está rolando alguma coisa desde uns amassos casuais nos quartos do hospital a uma amizade colorida.
             – Primeiramente me respeita, segundo, isso aqui não é Greys anatomy_ disse fazendo referência a série de tv que assistíamos juntas, em nossos raros momentos juntas.
          Fomos interrompidas novamente por alguém que trouxe o meu café e logo saiu.
              – Eu preciso ir em casa para pegar algumas roupas, vou dormir aqui com você._ diz me olhando apreensiva.
              – Você pode ir eu vou estar bem, aqui é um hospital._ sorri tentando a tranquilizar.
               – E por isso mesmo eu tenho medo.
               – Não precisa ter medo, eu estou bem.
               – Tenho medo de ir e quando voltar te encontrar desacordada, gelada como a encontrei no seu banheiro há três dias atrás_ diz já chorando.
              –vem aqui_ a puxei e abracei- não vai mais acontecer mãe eu prometo, vou ficar aqui e quando você voltar ainda estarei aqui prometo.
               – Você promete mesmo?_ pergunta secando as lágrimas do rosto.
              – Sim, agora vai e me traz um cobertor descente de casa._ ela solta uma risada e pega sua bolsa.
             –Eu sempre odiei os cobertores daqui_ se aproximou e beijou minha testa. – se comporte não vou demorar.
              – tudo bem.
Ao ver ela passar pela porta pude fechar os olhos e respirar fundo e enfim, agora vou poder absorver tudo o que está acontecendo.
          
    
          
            
      
           
Atenção:
Se você que está lendo esta história está passando por algum momento difícil e pensou em suicídio, recomendo que procure por ajuda profissional 💛 e também quero que saiba que os comentários desta publicação e minha caixa de mensagens estão a disposição se caso precise conversar, você tem em mim uma amiga para te ouvir e apoiar 💛

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