Paralisado

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                   *LeoON

- Oi Leo..

Essa voz, droga de voz eu não suporto isso, não dessa vez, minha mente flutuou nesse mesmo momento, uma gota de suor frio desceu pelo meu rosto, minhas pernas até travaram por um momento levou um tempo para que eu percebesse que estava paralisado, nem mesmo tinha virado para ver se a pessoa dona daquela voz era mesmo quem eu achava.

Não,  eu posso até ser louco, mas não surdo ou qualquer coisa do tipo.

- Ei Leo, você está bem? Ele perguntou colocando uma de suas mãos em meu ombro.

Qual é o meu problema, pareço uma garotinha do colegial, rindo para o capitão mais bonito do time de futebol da escola.

Patético!

- Oque aconteceuA voz de Carolina entrava em meus ouvidos agora.
- Acho que ele paralisado, você precisa de ar vem. Ele tentou me ajudar a andar mas eu ainda estava paralisado.

- Segura!  Falou passando o braço por minhas pernas e me pegando no colo.

Carolina me olhava apavorada, nos seguindo até um lugar que eu não sabia qual, que Peter estava me levando.

Peter, sim, era ele, agora eu tinha certeza, não sou maluco, eu sentia seu corpo perto do meu.
Esse era o problema, isso não podia acontecer,  eu querer ele tão perto de mim, mas não estar contente de estar nos braços do mesmo.

Minha situação era extremamente ridícula, ao olhar para baixo percebi estar sentado agora no chão, em minha frente uma piscina, Peter tirou meus tênis me fazendo arquear uma das sobrancelhas.
Ele pulou dentro da piscina, mergulhando e ao voltar para a beirada seus cabelos antes lisos e ajeitados, agora estavam bagunçados e completamente molhados.

Acelerar era pouco para descrever o que o meu coração fez quando ele me encaixou entre suas pernas, me puxando pelos pés até que eu ficasse a bem poucos metros de distância do mesmo.

Com cuidado ele dobrava a barra da minha calça, quando terminou, puxou - me de novo, colocando meus pés na água que numa noite quente como aquela, estava gelada como pedra, típico clima do Brasil, isso era ótimo, foi esse clima, que me fez acordar para a vida de novo e sair dos pensamentos completamente desnorteados e confusos pela primeira vez em 20 minutos.

- Pode pegar uma garrafa de água dentro por favor?  Peter pediu a Carolina assim que me viu voltar ao normal, que acentiu e foi buscar a água.

Ele parecia esperar que ela se distanciasse o bastante antes de começar a falar comigo de novo.

- Oque aconteceu com você agora?  Seu tom era preocupado.
- Me desculpa, era como se eu esquecesse como se anda, fala ou..

- Como se fosse um bebê recém nascido?  Ele sorriu.

É eu percebi, seus lábios num tom rosa forte de tanto que ele passava a língua fortemente por ali, sua pele estava mais branca provavelmente pela água gelada.
Não era possível que eu fosse tão idiota assim para perceber isso.
E que droga, ele era insuportavelmente bonito.

- É tipo isso. Falei quase em um sussurro.
- Oque está fazendo aqui? Perguntei num tom calmo e simples.
- É uma festa, da faculdade que eu frequento, eu fui convidado pelo dono. Ele passava a mão direita constantemente pelo cabelo ainda molhado.

Destino? (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora