*Caixa de papelão*

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Todos os meus sonhos em uma caixa de papelão.

Todos os meus segredos na palma de sua mão.

Olho em seus olhos, vejo indiferença em seu olhar.

Sou um pequeno rio fluindo em direção ao mar.

Borbulhando pelo caminho 

em minhas curvas estou sozinho,

Procuro em cada porto em cada remanso ti encontrar.

Sua indiferença enrijeceu meu coração,

Antes amor e poesia, 

hoje uma triste canção.

Pensamentos incoerentes preenchem minha dor,

Me perco sem sentidos em tanto desamor.

todos os meus sonhos em uma caixa de papelão...

jogada na calçada!

O busco desesperada...

De minha vida não restou nada.

Meus segredos em sua mão...

Vou fluindo em direção ao mar

Vou remando de mansinho. 

Ancoro em nem um lugar!

Meus sonhos,

 em uma caixa de papelão...

A chuva...

O vento...

Meus segredos, dissolvem

Na palma de sua mão.

Maria Boaventura

Enigmas da AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora