FIRMINA

111 32 18
                                    


Firmina
a moça
zelosa
bondosa
franzina, 
caminha
serena
sorrindo,
bem cedo 
escuro
ainda
começa
a rotina
sem pressa
a faxina.

Firmina
Sozinha
abrindo
a cantina
aproxima
do canto,
afastando
a cortina,
atina
o bicho
medonho.

Na face
espanto
explícito, 
apavora, 
o pranto
aflora
a boca
escancara
o grito
ecoa.

Firmina
estreita
a vista,
avista
a presa
aflita
nas garras
da besta,
mosquito
bendito!
A preia
meneia,
em vão
esperneia.

A aranha
tão negra
tão feia,
movia
erguia
seguia
depressa
levando
a ceia.

Firmina
esgueira
faceira 
ligeira 
medrosa 
chorosa
penosa,
escorre
e esconde
outra vez
na neblina.

(Maria)

VALSAS EM VERSOSOnde histórias criam vida. Descubra agora