Firmina
a moça
zelosa
bondosa
franzina,
caminha
serena
sorrindo,
bem cedo
escuro
ainda
começa
a rotina
sem pressa
a faxina.Firmina
Sozinha
abrindo
a cantina
aproxima
do canto,
afastando
a cortina,
atina
o bicho
medonho.Na face
espanto
explícito,
apavora,
o pranto
aflora
a boca
escancara
o grito
ecoa.Firmina
estreita
a vista,
avista
a presa
aflita
nas garras
da besta,
mosquito
bendito!
A preia
meneia,
em vão
esperneia.A aranha
tão negra
tão feia,
movia
erguia
seguia
depressa
levando
a ceia.Firmina
esgueira
faceira
ligeira
medrosa
chorosa
penosa,
escorre
e esconde
outra vez
na neblina.(Maria)
VOCÊ ESTÁ LENDO
VALSAS EM VERSOS
PoesiaOs poemas dissílábicos, geralmente chamados assim, por se tratarem de duas sílabas poéticas. Não havendo assim, regras específicas para o tamanho da poesia ou forma de rimas. No seu conteúdo, cabe todo tipo de inspiração; romântico, descritivo, narr...