Capitulo 3 - New Life

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 Acordei com a Patty abrindo a janela, e tirando minha coberta.

  - Vamos, que hoje é dia de compras e diversão! – disse toda sorridente.

  - Mas são – olhei no relógio no criado mudo. – 8:00....

  - Eu sei, mas temos que começar cedo!! Vamos que o café, já está na mesa! Vaamos!! – disse me puxando pelo braço. Fiquei de pé, meio tonta. Então fui puxada pela Patty até a cozinha. E lá estava Peter só de bermuda, eu tenho que dizer, ele está muito bonito. O mesmo sorriu quando me viu.

  - Bom dia! Dormiu bem? – perguntou ele.

  - Maravilhosamente bem! – falei me sentando ao lado dele na mesa.

  - Fico feliz. Então hoje você e a Patty vão sair? – fiz que sim com a cabeça, pegando um suco. – Eu odeio compras, mas eu quero ir junto, tô sem nada para fazer hoje.

  - Beleza Peter, mas sem ficar reclamando! – disse Patty.

  - Vou tentar... – e eu ri.

  - Ah, Lize. Eu vou buscar uma roupa para você usar agora, pera ai. – Então novamente Patty subiu as escadas como uma ninja.

  - Lize, você está feliz, de estar aqui? – perguntou Peter.

  - É claro! Eu ainda não acredito que vocês fizeram isso por mim!

  - Eu não iria deixar que você ficasse sozinha lá, mas você não quer me contar o que houve? – não deu tempo de responder, porque, graças a Deus, a Patty chegou.

- Lize, a sua roupa está lá em cima, vai se trocar rápido! – disse ela apontando para as escadas e eu fui. Cheguei no quarto e tinha uma roupa linda em cima da cama.

Era uma blusinha rosa escrito “Ooh Lala”, um shorts jeans, e uma blusinha de frio. Está tudo perfeito até que olhei o sapato. Era um salto enorme, era bonito, mas era enorme. Desci as escadas com o salto na mão, ainda nem me troquei ainda. Cheguei perto dela, e a mesma me olhou com cara de quem não estava entendendo nada.

  - Sem chance, que eu uso esse sapato. – falei mostrando os sapatos e eu só ouvia o Peter dar risada.

  - Porque? Ele é lindo! Usa! – implorou ela.

  - Não, sim é lindo. Mas você viu o tamanho dessa coisa? Eu vou cair toda hora! – ela me olhou com cara de “tolerância zero”.

  - Beleza, eu vou ver se acho outra coisa para você. – disse e foi até o seu quarto e pegou uma botinha de cano curto para mim e me deu.

  - Agora, se troca logo, enquanto eu me troco. – falou indo em direção ao seu quarto. Fui no banheiro e me troquei. E fui até o quarto da Patty. Ela estava terminando de enrolar o cabelo, e ela estava linda. Ela estava com uma blusa preta que deixava os ombros a mostra, com um mini shorts e um salto, o salto que ela tinha separado para mim, ela estava perfeita.

  - Você está linda, Lize! Mas agora vem aqui, eu vou fazer alguma coisa no seu cabelo. – Então eu me sentei e ela arrumou meu cabelo, ela colocou um laço atrás e meu cabelo ficou com um efeito meio bagunçado, tinha ficado lindo mesmo. – Nós estamos arrasando! Vem, vamos descer. – então descemos as escadas. Peter estava sentando no sofá e olhou em nossa direção.

  - É, ainda bem que eu vou junto com vocês. – falou levantando. Então fui em direção a ele. – você está muito bonita mesmo. – eu corei na hora, dei um sorriso.

  - Você também, não está nada mal. – disse e a Patty me chamou para entrarmos logo no carro, fomos para o carro e o Peter que estava dirigindo. Chegamos no shopping, e a Patty já foi me puxando pelo braço para dentro da loja. Ela escolheu umas mil e uma coisas para mim experimentar, e fomos para o provador, e o Peter quis vir junto.

 Eu experimentei um monte, e tanto a Patty quanto o Peter comentavam tudo. Até que eu fui experimentar um vestido extremamente justo, e com um decote enorme, eu claro que não gostei, mas a Patty insistia para ver. Sai do provador muito desconfortável, tentando puxar o vestido para todos os cantos. Quando saí os dois ficaram boquiabertos.

  - De jeito nenhum, você vai usar isto em algum lugar. – disse Peter cruzando os braços.

  - Está lindo Lize, não liga para este panaca!

  - Eu acho que ele tem razão. Tá extremamente curto e vulgar, Patty.

  - Ah, mais como vocês são chatos e caretas! – disse Patty pegando as outras roupas que tinham ficado boas, para pagar. Entrei no provador e troquei pela roupas anteriores. Bem melhor.

  - Ainda bem que você teve o bom senso de não comprar aquele vestido, minha irmã é louca.

  - É, deu para perceber. -  rimos. E então depois que a Patty pagou as roupas, fomos para muitas outras lojas. Estávamos andando para vigésima loja.

  - Gente, eu tô cansado, vamos embora! – reclamou Peter, e meus pés também doíam mas a Patty parecia mais animada ainda, e não havia necessidade de mais roupas, as que eu comprei davam para fazer um closet enorme.

  - Sem reclamar, Peter!

  - Mas Patty, eu também tô muito cansada. Vamos embora, por favor? – ela revirou os olhos.

  - Tudo bem, tudo bem. Vocês não aguentam nada! – Então fomos em direção ao carro, que estava no estacionamento. Voltamos para casa e eu me joguei no sofá. E Peter fez a mesma coisa e virou a cabeça em minha direção.

  - Eu. Tô. Morto. – disse ele pausadamente.

  - Eu. Também. - Disse o imitando. Ele riu. Deviam ser umas 18:00, pois é. Ficamos esse tempão no shopping. Então Peter fez o jantar, e tenho que admitir, ele cozinha maravilhosamente bem. Enquanto jantávamos ficamos conversando muito, minha nova família era incrível. Enfim, já era tarde e Patty foi dormir. “Eu não posso ficar com olheiras!” segundo as palavras da mesma.

  - Peter, eu também vou dormir. Boa noite. – disse indo até as escadas.

  - Boa noite. – disse. E eu fui direto para minha cama e apaguei o abajur. Depois de alguns minutos, que estava quase pegando no sono, sinto um peso na cama. Me virei para o lado e tomo em susto. Era o Peter.

  - Ai, que susto Peter. – disse me sentando na cama. – Tudo bem?

  - Tá, e desculpa. Mas você ainda não me respondeu à pergunta que eu fiz mais cedo.  – Eu com certeza arregalei os olhos. O que eu iria falar para ele? Que um garoto com habilidades de vampiros, bruxas e lobisomens matou a minha irmã? E que daqui a 5 meses eu iria me tornar uma bruxa? Ele iria querer me colocar em um hospício.

  - Se eu falasse, você acharia que eu sou louca. Eu não posso mesmo falar.

  - por favor! Eu preciso saber o que aconteceu. – Pegou uma de minhas mãos.

  - Ainda não, que tal quando eu achar que você deve saber? Eu confio em você Peter, mas ainda tenho medo de contar.

  - Tudo bem, conte quando achar melhor. Mas agora, você pode contar comigo para qualquer coisa. – e eu abracei ele, fazia tempo que uma pessoa não me falava isso.

  - Obrigada. – disse. Ele me deu um beijo na testa e foi para fora do quarto.

  - Ah, não se preocupe com a escola amanhã, eu fico com você. Boa noite. – disse piscando para mim.

  - mais uma vez, Obrigada. – ele sorriu e foi para seu quarto.

Acho que esses foi um dos meu dias mais normais, eu amei tudo nele, tomara que agora seja sempre assim. Me cobri e logo cai no sono, com um sorriso no rosto.

Between Reasons and EmotionsOnde histórias criam vida. Descubra agora