Capitulo 2 - SO LIFE GOES ON ...

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Estava agora, desamparada. Eu sei, fui eu que pedi para ele ir embora. Mas... eu me apaixonei por aquele homem, e acredite, não foi amor à primeira vista, ele teve que fazer muita coisa para conseguir me conquistar. Porém agora, estava tudo acabado. Ele nunca mais iria voltar.

 Lágrimas não paravam de descer pelo meu rosto, eu não queria chorar, mas... ele era tão importante para mim mesmo depois do que ele fez. Minhas pernas desabaram e eu caí no chão, ajoelhada e chorando freneticamente. Como uma garota de 17 anos, pode passar por tudo isso? E, por que eu? Era tudo o que eu me perguntava.

 Então uma luz ilumina a mim, e percebo ser um farol de um carro. De repente, um homem sai de dentro do carro, e vem em direção a mim.

  - Ei, ei. Você está bem? Qual é o seu nome? Eu te levo para casa. – disse e com a luz pude perceber que ele tinha belos cabelos castanhos e grandes olhos cor de mel. Ele me ajudou a levantar.

  - Meu nome... é.... Elizabeth. – falei em meio a soluços. – Não precisa, me levar para casa, eu vou sozinha. – tentei controlar minha respiração. E, eu não podia ir para casa, até porque ela estava... queimada. Sim, ela tinha pegado fogo.

  - Não, eu não vou deixar você sozinha aqui. Vem comigo. – ele me pegou no colo e me levou para dentro do carro, e depois, pegou uma manta e colocou em cima de mim. Logo, ele também entrou no carro.

  - O que aconteceu com você? – perguntou se virando em minha direção.

  - Nada. Eu não posso falar, desculpe.

  - Tudo bem, não precisa me contar. Só me fale onde é a sua casa, eu te levo lá.

  - E-eu não posso voltar para casa... Minha casa... está queimada. – Ele ficou boquiaberto com um olhar surpreso.

  - Eu, eu sinto muito. Não tem outro lugar que você possa ficar? Algum parente? – Mal ele sabia que eles estavam mortos. Fiz que não com a cabeça.

  - Você pode ficar na minha ca... – o interrompi.

  - Não, não. Eu não quero te incomodar, eu arranjo algum lugar, sei lá aonde, mas eu arranjo.

  - Não, digo eu. Você parece que não tem lugar para ficar, e eu, tenho uma casa enorme, você pode ficar lá.

  - Mas você nem me conhece, eu posso ser uma psicopata. – ele sorriu.

  - Tenho certeza que não. E, a propósito, meu nome é Peter Johnson. Prazer.

  - Prazer. – disse soltando um sorriso.

  - Agora vamos. – disse ele dando partida. Não dirigimos muito, e chegamos em frente a uma casa enorme e muito linda. Ele saiu e abriu a porta para mim e fomos correndo até onde era coberto, ele abriu a porta e entramos.

  - Wow. Essa casa é enorme. – falei percorrendo meus olhos por cada canto. A casa tinha uma grande escada em espiral que dava para o andar de cima. Era quase tudo branco com alguns detalhes em madeira, porém muito elegante.

  - Obrigada. Acho que você deveria tirar essa roupa e tomar um banho. – disse deixando as chaves na mesa.

  - Eu não tenho roupa, elas... queimaram junto com a casa, e.... – ele me cortou.

  - Isso não será problema. Patty! – gritou e poucos segundos depois uma moça de cabelos loiros, de olhos castanhos bem claros, e muito bonita, apareceu em cima das escadas. Lançou um olhar para mim e depois voltou a olhar Peter.

  - Que foi, Peter? Quem é essa? – perguntou descendo as escadas.

  - Patty, essa é Elizabeth. A história é complicada, mas será que você não pode emprestar umas roupas para ela? – ela olhou sem entender.

  - Tudo bem, eu empresto. Vou pegar. – ela subiu e depois de alguns minutos, voltou com as roupas e um sapato na mão. E veio em minha direção. – Aqui está, e o banheiro é lá em cima, segunda porta a direita.

  - Muito obrigada. – falo pegando as roupas e subindo as escadas. Entro no banheiro, tiro minhas roupas e entro no chuveiro. Ligo o chuveiro e a água quente percorre o meu corpo, me dando calafrios, pois eu estava muito fria, e a água muito quente. Enfim, tento esquecer o Luke, e todo mal que ele me fez. Então termino o banho, me enxugo e pego a roupa. Era uma calça legging cinza, uma blusa de manga cumprida rosa e uma pantufa bem quentinha. Saí do banheiro, e desci as escadas e Peter estava lá sentado no sofá do lado da Patty, eu acho. Peter olhou para mim e sorriu.

  - Pode sentar aqui. – falou ele apontando o lugar ao lado dele. Fui para lá e sentei, meio desconfortável. – O que foi? Quer alguma coisa? – perguntou colocando umas de suas mãos em meu ombro.

  - Não, é só que, eu não posso ficar aqui. Eu tenho que arranjar outro lugar, eu sei que eu vou te incomodar.

  - Assim você me ofende, é claro que não vai me incomodar! Você não tem lugar para morar, e eu quero que você fique aqui, comigo. Por acaso você tem outro lugar?

  - Não, mas de novo, você nem me conhece e você não pode me fazer morar aqui do nada.

  - Ele pode sim, e eu também. – disse Patty. – Ele me contou o que aconteceu, e eu estou disposta a ajudar. Você pode ser nossa irmãzinha. Temos muito dinheiro, então podemos comprar roupas para você, e tem um quarto sobrando, você pode ficar lá, e não eu não vou aceitar um não como resposta. E eu sou Patrícia, mas pode me chamar de Patty, sou irmã do manezão aqui. – disse sorridente.

  - Eu não sei, se posso aceitar. – digo.

  - Já disse que não aceitaria um não como resposta. Então sua outra resposta seria...?

  - Tudo bem. – disse por fim.

  - Isso ai, ótimo e perfeito. E na segunda você vai para a escola com a gente.

  - Eu não acredito que vocês estão fazendo isso, por uma garota que nem conhecem. Mas, obrigada. – disse tímida.

  - Agora você é de casa. – disse Peter sorrindo.

  - E então precisamos fazer compras logo – disse Patty.

  - Sério? Digamos que eu, não sou muito de compras...

  - Mas nós temos que comprar roupas para você! Está decidido, vamos amanhã, já que é domingo. Agora acho que você precisa descansar.

  - Ela tem razão, vem, eu te levo até lá. – falou Peter indo em direção as escadas. E eu segui ele.

  - É aqui. Gostou? – perguntou e eu me virei em direção ao quarto. Era um quarto lindo, ele era grande e tinha uma cama de casal, uma escrivaninha e um closet, sim um closet. Ele tinha 3 paredes brancas e a quarta era vermelha, minha cor preferida.

  - Eu amei! Uau, muito obrigada!

  - Pode parar de agradecer! E de nada. Agora fica à vontade. Boa noite. – disse me dando um beijo na bochecha. E indo em direção ao seu quarto.

Entrei no quarto, e arrumei a cama para mim deitar. Deitei e apaguei o abajur. A partir de agora, começarei uma vida nova. É o que eu espero.

Between Reasons and EmotionsOnde histórias criam vida. Descubra agora