Eternamente Dourado

11. Interrogando Edward

Eu não tinha percebido até que eu chegasse na minha casa, simplesmente o quanto gostei de passar um tempo com Bella. A sua mente fechada me ofereceu a possibilidade de ser eu mesmo sem a intrusão dos pensamentos de outras pessoas. Eu tinha passado a minha existência inteira ouvindo as mentes de outros ou fazer meu possível para bloqueá-los.

Era reconfortante estar na presença dela — algo que achei tanto prazeroso como assustador. Eu queria tão desesperadamente passar todo o meu tempo com Bella, aproveitando sua personalidade e mente pacífica. Mesmo assim eu ainda estava incerto se eu era forte bastante para não machucá-la. Era um dilema terrível.

Sentei no meu carro durante horas, esquecido do tempo passando, até que eu ouvi os pensamentos de Alice enquanto a porta do carro se abria. Tudo ficará bem, Edward.

“Venha para dentro, ” ela disse calmamente enquanto ela deslizava no assento de passageiros. “Esme está preocupada com você. ”

“Ela sempre está preocupada comigo, ” ironizei. A minha voz saiu abafada já que o meu rosto estava enterrado em minha jaqueta, inalando o cheiro de Bella.

“Você esteve sentado aqui durante horas, ” ela indicou. “Você poderia muito bem entrar e falar conosco. ”

Ri sem humor. “Você está apenas cansada de bloquear os seus pensamentos de mim. ”

Ela sorriu. “Isso também. ” E o fato que você esteve se torturando com o cheiro dela a noite toda.

“Eu não ligo, ” resmunguei, apertando a jaqueta ainda mais perto ao meu nariz. Eu estava bem consciente que parecia uma criança.

Mas, Alice tinha razão. Eu tinha passado a maior parte da noite me atormentando com o cheiro dela. Eu tinha um objetivo, no entanto. Eu tentava acostumar os sentidos do monstro. Eu tinha esperado, depois de bastante exposição, que o monstro desistiria finalmente. Naquele ponto, contudo, o mais que eu tinha conseguido foi uma dor insuportável na minha garganta para ir junto com uma dor áspera, seca. Suspirei e dobrei a jaqueta no meu colo.

Olhei para longe de Alice, já que os seus olhos tinham nada além de pena, e desejei não ver mais nada disso.

“Todo mundo sabe?” Murmurei.

“Sim, ” Alice disse tentativamente, “Vi o que aconteceu essa noite. Já disse a todo mundo tudo que eu tinha visto. ”

Acenei com cabeça, ainda incapaz de olhar para ela.

“Eles não estão com raiva, ” ela disse.

Sorri fracamente. “Você quer dizer, eles não estão com raiva… mais. ”

Ela deu risadinhas. “Eles se acalmaram muito desde que você voltou. ”

“Como Jasper se sente sobre isto?” Fiz a pergunta temida.

“Ele apóia, ” ela rapidamente respondeu. “Todos nós apoiamos. O único desejo de Jasper é para que você guarde a jaqueta fora da casa. Por favor, venha para dentro. ”

Apertei os meus lábios e lentamente balancei minha cabeça. Ouvi Alice soltar um suspiro.

“Você se importa se eu fizer só uma pergunta?”

Com relutância acenei com a cabeça.

“Apenas vi que você tinha decidido revelar tudo e na minha visão pareceu que ela já sabia o que somos. ”

“Correto. ”

“Como ela soube?”

“Ela adivinhou corretamente. ”