Depois daquela montanha

Capítulo 3

CARLO: Droga! Ai! Droga! Tá tudo escuro aqui dentro! [diz quando sente um machucado com um sangramento na perna. Pega um pouco de gelo e coloca em cima do machucado. Em seguida encontra uma lanterna e a liga]
CARLO: Beatriz? Ei? Beatriz?
[abre os olhos dela]
CARLO: Vc está viva. Ainda bem.
[encontra um casaco e a cobre com ele]
CARLO: Eduardo! Eduardo? [ele estava congelado. Não resistiu]
CACHORRO: Au au 
CARLO: Graças a Deus está vivo hem cachorrinho de sorte.
CELULAR DE CARLO: Sem serviço! 68%
CARLO: Droga! [ele pega alguns objetos e com o isqueiro faz uma fogueira dentro do jatinho pra se aquecer]

[No dia seguinte/Ao amanhecer Carlo sai do jatinho em busca de ajuda]
CARLO: Oooooooi! Tem alguém ai? Alguém? [grita tão alto que dá pra se ouvir um eco. Ele volta pro jatinho e tira o corpo de Eduardo lá de dentro para não feder ali. [rsrs]
O cachorro observa atento]
CARLO: Deus te abençoe!
[diz jogando neve por cima do corpo]
BIA: Aiiiii... Ai... 

CARLO: Beatriz! Tudo bem? Tudo bem? Pode olhar pra mim? Ah! Vc está bem. Graças a Deus

BIA: Preciso do meu celular. Meu celular.
CARLO: Beatriz, o meu celular está sem área e o seu se espatifou
BIA: Sinto dores na perna e tb sinto muito frio.
CARLO: Eu te agasalhei o máximo que pude. Tome um pouco de água.
[ela bebe]
BIA: Eu tenho analgésico no bolso
CARLO: É. Vc tem. Achei quando tava trocando sua calça pra cuidar de sua perna que está ferida.
BIA: Vc está bem?
CARLO: Alguns hematomas ,alguns arranhões, algumas costelas quebradas mas mesmo assim tive sorte.
BIA: E o piloto?
CARLO: Enterrei ele.
BIA: Ele... Não preencheu o plano de voo.
CARLO: Não. Mas houve contato com o rádio.
BIA: Eu devia estar me casando.
Meu Deus. O Bruno não tem ideia de onde estou. Vai ficar maluco
CARLO: Tudo bem. Alguém vai vir nos resgatar. Temos bastante água. Só temos que derreter a neve.
Temos alguns doces, uns biscoitos, uns salames, uns amendoins, isso vai nos sustentar por algum tempo.
BIA: Tem biscoito de que?
CARLO: Como é que é?
BIA: Brincadeira.