13 de fevereiro quarta-feira 13:00 P.M
Camila Pov's
Já que tinha saído da escola mais cedo vou ao shopping comer algo e ver se me interessava por algo. Estava admirando algumas roupas de uma loja de grife, não costumo gostar desse tipo de roupa é muito menos costumo ter esse tipo de roupa. Harry me deu um cartão de débito que podia usar para o que quiser, mas aquelas roupas eram tão caras e mesmo ele tendo tanto dinheiro não queria parecer interesseira ou algo do tipo.
— Senhorita Camila, Harry não para de me ligar e mandar mensagens perguntando onde a senhorita está.
— E desligar o celular, assim ele não liga nem manda mensagens, simples assim.
Jack(motorista/guarda costas) suspira e faz o que lhe digo. Eu sabia que ele tinha outro celular para caso acontecesse algo com esse, mas fiquei calada e apenas voltei a observar as lojas.
...
Acabei por comprar algumas roupas daquelas lojas, espero que o Harry não ligue. Abri a porta principal da casa e em seguida entro em casa fechando a porta atrás de mim.
— Aonde estava? — Harry fala em um tom firme e autoritário.
— Estava no shopping? Por que? — franzo o cenho.
— Por que? — fala debochado.— você sabe o por que, sabe que depois da escola você tem que voltar para casa! — fala ríspido e em um tom alto.
— O que? Quer dizer pra que! Você não quer que eu tenha amigos, não quer que eu saia, não quer que eu me divirta, não quer que eu faça absolutamente nada! Mas sabe de uma coisa, eu vou fazer o que eu quiser e eu quero que você se foda, você não é meu pai não é minha mãe não é nada meu! Então se você acha que vou obedecer ordens de um solitário psicopata você está muito enganado.
— Pai? Mãe? E você tem algum dos dois?, Acho que quem é " solitário " aqui e você, uma garota que foi vendida com 13 anos para um bordel pêlos próprios pais.— da uma risada.— que patética.
Meus olhos estavam marejados mas eu não queria parecer fraca na frente dele, queria mostrar que era forte e que iria me abalar pêlos seus comentários maldosos. Tirei seu cartão da minha bolsa e seguida entreguei a ele junto com o que tinha comprado.
— Muito obrigado, mas eu não quero seu dinheiro ou nada que venha de você por que eu tenho nojo do que vem de você, tenho nojo das sua atitudes, tenho nojo do homem imbecil que você é, tenho nojo de você Harry.— falei ríspida e em seguida acabei por receber uma bofetada na bochecha, aquilo me fez ver que ele nunca vai ser o homem gentil e atencioso que foi ontem a noite, ele só é assim quando quer algo e quando não ó tem se revolta e volta a ser o que era.
Respirei fundo e apenas caminhei indo em direção ao segundo andar. Eu queria revidar da mesma forma, mas tinha medo, medo de que ele pudesse fazer algo pior comigo. Entrei no meu quarto e tranquei a porta, fui direto pra cama já com os olhos cheios de lágrimas. Agindo meu rosto no travesseiro e começo a chorar rios de lágrimas.
14 de fevereiro quinta-feira 3:00 AM
Acordo ofegante me lembrando do pesadelo, tinha quase todas as noites o mesmo pesadelo, o dia que meu pai deixou que me levassem, eu sempre imagino que ele fez isso por causa de questões financeiras... É a única explicação para que ele tivesse feito isso.
Harry Pov's
Flashback on
19 de abril de 2006 terça-feira 14:00 PM
— Filho, lembre-se nunca se deve bater em uma mulher mesmo que você esteja o mais bravo que for, nunca encoste um dedo em uma mulher.
— Mas pai, o senhor bateu na mamãe por que eu não posso fazer o mesmo.
— Isso foi um erro e eu me arrependo muito do que eu fiz, não seja igual a mim nunca erre, apenas faça o que eu mando, não seja um covarde.
— Tudo bem, não vou nunca bater em uma mulher, não quero ser covarde! — dei um largo sorriso e ele fez o mesmo.
Flashback off
Lágrimas silenciosas rolavam feito cascatas por meu rosto eu só deixava rola. Eu bati nela, como eu consegui dar um tapa no rosto de alguém que eu realmente gosto, eu me sinto um lixo, por que eu sou assim? Por que eu trato as pessoas que se importam comigo assim?. Respiro fundo e me levanto do sofá indo para o segundo andar, imagino que ela esteja acordada, ela sempre acorda esse horário por algum motivo. Sou algumas batidas fracas na porta na intenção de não assusta-la. Ouço a porta ser destrancada e automaticamente abro ela.
— Eu não vou te dar sexo, e se encostar um dedo em mim de novo eu quebro sua cara.
Ver aquela figura baixinha apontando o dedo pra mim e me ameaçando foi a coisa mais engraçada que eu já vi, como se ela alcançasse meu rosto.
— Eu não quero sexo, é nem vou mais encostar em você na intenção de te machucar, eu me descontrolei e acabei fazendo aquela besteira, eu sinto muito sinto muito mesmo pelo oque eu fiz e por ter falado muitas coisas na nossa convivência que te magoaram, não espero que me perdoe tão fácil assim já que o que eu fiz e falei foram coisas profundas, e até mesmo imperdoáveis.
— Eu.. preciso dormir, amanhã tenho escola, pode sair por favor?
Saio do quarto dela fechando a porta e indo até o meu. Eu senti medo em seu olhar a todo momento que falei com ela, eu fiz ela ter medo de mim. Entro no meu quarto e bato a porta fortemente, vou até a cama e me deito na intenção de tentar dormir.
Xoxo
