De volta para a casa

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E ali estávamos nós novamente, a casa com um jardim de rosas pintadas com o que restou de fogo, sua estrutura parecia instável e prestes a cair, porem continuava firme, seguimos Jessy ate dentro da casa, vista de longe aparentava ser pequena, porem ao nos aproximarmos, vimos que era de grande extensão para uma simples casa.
Entramos pelo porta da frente, era uma sala, porem nada havia e ecos vinham de todos os lados, era escuro e apenas o que iluminava o local era a luz da lua que passava pelas vidraças quebradas, era impressionante como uma casa assim ainda não havia desmoronado, então começamos nossa busca, olhamos em outras salas, na cozinha que estava suja e também estava quase destruída, encontrei fósforos antigos e velas.
Todos estavam tensos, pelo motivo das histórias referentes àquela casa, foi quando ouvimos um barulho vindo de um dos quartos, e de repente uma sombra passou por nós, e quando viramos espantados, era o Kelvin.
-Ainda bem Kelvin, encontramos você, vamos, temos que voltar para o acampamento. – Disse Tomás a ele.
-Não!!
-O que? Por quê?
-De sangue devem ser manchadas as cinzas!!!
Eram as mesmas palavras que ouvi àquela hora, quando fiquei para trás, como Kelvin sabia as mesmas palavras?
-Ta pirando cara? Temos que sair logo daqui. – Disse Tomás puxando-o pelas mãos.
-Nenhum de vocês, vai sair daqui!!!
*Slam*
A porta bate e então percebemos que estávamos presos, pois as portas não abriam de maneira alguma.
-Esse não é o Kelvin, deve ser um deles, um dos espíritos.
-Esperto, mas ainda não sairão daqui, não existem mais saídas.
-Acho melhor corrermos. – Disse Elaine
-É uma boa mesmo. – Concordou Tomás
Todos saíram correndo pela casa, tentamos nos esconder em qualquer lugar que encontrássemos porem aquilo que possuía o corpo de Kelvin sempre sabia onde estávamos, seja em algum lugar qualquer da casa, como em qualquer cômodo, sempre sabia onde estávamos.
-Ei Jessy venha por aqui, talvez não nos encontre aqui dentro.
Entramos em uma porta no andar de cima, após passarmos rápido pelo ser que nós perseguia, era uma sala bagunçada, e empoeirada, com moveis velhos como um guarda roupa e uma cama em um dos cantos da sala, estávamos em um quarto, e com a porta trancada, suspirei por um momento.
-Ele não irá pensar em nos procurar aqui em cima, acho que agora estamos seguros.
-Pra você nem tanto!!!
-O que?
-SOCORROO!!! -gritavam Elaine e Tomás
-Temos que ajuda-los!!!
A tranca não abria de maneira alguma, era como se a porta estivesse lacrada.
-Não adianta, eles já tornaram-se meus fantoches.
-Jessy o que está acontecendo?!!
-Você não havia percebido? Chega a ser patético ser tão cego ao observar as pessoas, não via como meu olhar era vazio, como minhas mãos eram frias, como minha aura parecia sem vida, como se minha presença ali não fosse viva.

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