Casa de cinzas

A Alma que almeja vingança

-Não pode ser nos conversamos sobre livros, e outras coisas, você parecia tão bem.
-Não podia deixar que soubessem de mim, ate traze-los para cá.
-Mas e quanto ao seu pai e seus tios os quais me contou?!
-Lembra-se daquela família que foi morta aqui?
-Pois bem, o pai da garota tinha uma irmã, e essa irmã tinha uma filha, seu marido parecia uma boa pessoa, porém de muitos segredos, certa vez, desconfiada, após vê-lo saindo para caminhar ao por do sol, decidiu segui-lo e acabou vendo ao virar uma esquina, uma mulher que o esperava, seu mundo caiu no mesmo momento, ao ir tirar satisfações com o marido depois, começaram a brigar e no fim ele a expulsou de sua casa, chorando e sem rumo nesse mundo, lembrou-se de seu irmão mais velho que certa vez lhe mandará uma carta dizendo sobre uma casa onde junto a sua família construiu, e estavam vivendo tranquilamente e decidiu procurá-lo, pois era o único parente que tinha ao chegar á sua casa, bateu a porta pedindo ajuda, seu irmão negou, pois não queria amparar alguém que após muitos conselhos seus sobre o tipo de pessoa com quem se casará, acabou na mesma situação que havia previsto a mulher então voltou embora, porem no meio do caminho ela e sua filha escorregaram, estava um temporal e as duas deslizaram até o barranco, quando a garota tentou puxar sua mãe, ela se soltou de sua mão, a garota se aproximou assustada e acabou escorregando e caindo também
-O que é isso Jessy, que historia é essa que está me contando
-A Garota... Era eu...
Nesse momento, o meu mundo caiu me encontrava em uma escuridão profunda, nada mais em minha mente fazia, foi quando imagens como flashbacks começaram a surgir, em cada curta lembrança do acampamento onde me lembro de ter a visto, sua aparência mudou, como se finalmente pudesse enxergar sua verdadeira face em minhas memórias.
-Porém uma coisa estava errada, a floresta era um local amaldiçoado, onde espíritos corriam livres, quando morri, minha alma se aprisionou a mesma maldição, então aproveitei para me vingar, e jurei matar todos que causaram isso a minha querida mãe.
-Mas por que eu?
-Quando pensei ter terminado minha vingança, minha alma continuava presa, então com as almas dos que, matei pude ver em suas memórias que o homem que morava aqui, tinha outro filho, um mais velho que havia saído de casa e decidido seguir sua vida em outro lugar.
-O que eu tenho a ver com isso?
-Esse homem provavelmente teve um filho, e esse filho se casou e teve outro filho, e quando te vi no acampamento, senti o sangue nojento daquela família em você, um sangue que amaldiçoei a tempos atrás, e para terminar minha vingança devo matar todos que herdaram o sangue daquela família.
Quando terminei de ouvir aquelas palavras, ouvi passos subindo as escadas, e a porta se abriu, eram Elaine Tomás e Kelvin, me pegaram e me jogaram contra a parede.
-O que estão fazendo?
Quando olhei para seus olhos, estavam foscos, quase sem vida e sombrios, já sabia sem esperança que ali seria meu fim e que nada mais poderia fazer, era um fim destinado, tudo parecia ter acontecido justamente para que aquilo ocorresse, mas mesmo assim não queria aceitar que tudo que havia vivido até hoje acabaria ali em um piscar de olhos, com uma garota incrível que havia conhecido no acampamento, segurando uma faca em minha direção, pronta para tirar minha vida.
Apenas consegui na hora pedir por ajuda, mesmo que ninguém pudesse me ouvir.