🍀🔪Capítulo 1 🔪🍀

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Era por volta das 1 da manhã, quando ele chegou gritando em meu quarto,  eu estava dormindo, acordei muito assustada sem saber oque estava acontecendo, percebi que ele estava transtornado, totalmente diferente, mas nunca imaginei que ele fosse fazer aquilo

-Gaby, acorda sua gostosa, acorda

-Pai? Oque está acontecendo? Oque você tem?- perguntei com muito medo, comecei a ficar apavorada, sábia que ele não estava de brincadeira

-Vem aqui sua vagabunda, você vai ter oque merece

Ele se aproximou de mim, então vi que ele tinha fumado maconha e bebido, eu conseguia sentir o cheiro, foi aí que eu me apavorei

Psicóloga Estela: Seu pai sempre fumou maconha e bebeu?

-Sim, minha mãe conheceu ele no mundo das drogas, ela também era drogrado, mas parou, só ele que continuou

Psicóloga Estela: E ele sempre ficou assim desse jeito?

-Não, ele nunca ficou transtornado igual esse dia, ele tinha fumado muito e bebeu muito também

Psicóloga Estela: E aconteceu algo para ele beber e fumar tanto ao ponto de ficar transtornado?

-Sim, ele tinha brigado mais minha mãe

Psicóloga Estela: E qual foi o motivo da briga?

-Minha mãe disse que ele não queria mudar e sair do mundo das drogas, então ela disse que era melhor eles se separarem, então os dois começaram uma discussão, porque ele não queria largar dela

Psicóloga Estela: Entendi... Continue com a história, oque aconteceu depois que ele entrou no seu quarto e começou a te falar aquelas coisas toda?

Ele puxou pelo meu braço e começou a arrancar minha roupa, a todo momento eu gritava apavorada e pedia para ele não fazer aquilo, mas ele não me escutava, ele estava completamente louco da cabeça, eu não conseguia fugir, ele era bem mais forte que eu, eu sábia que estava num beco sem saída, e que eu não podia fazer nada

Psicóloga Estela: Mas gente... E sua mãe, onde estava que não viu isso?

-Ela estava trabalhando

Psicóloga Estela: E do que ela trabalhava?

-Trabalhava em um motel, naquele dia ela estava substituindo outra pessoa que não pode ir

Psicóloga Estela: Ela não teve medo de deixar você sozinha com o seu pai?

- Ela não gostava muito, mas naquele dia ela não teve escolha, a gente estava passando por dificuldades dentro de casa, então ela precisou ganhar um pouco mais

Psicóloga Estela: Mesmo assim eu acho que ela poderia ter deixado você na casa da sua tia, ou na casa de qualquer outra pessoa da sua família... Prossiga com a história, oque mais aconteceu?

- Depois que ele puxou pelo meu braço e começou a tirar minha roupa, eu fiquei paralisada, fiquei em estado de choque, não falava mais nada, só sentia vontade de chorar em todos os momentos, eu estava muito assustada, minha única vontade era o de matar ele, ou me matar

Psicóloga Estela: Eu estou perplexa com tudo isso, entendo tudo que você está sentindo agora, sei porque você está com vontade de fazer isso, mas sabe, não vale a pena, você é uma menina nova, tem muito pra viver ainda, tem um grande futuro pela frente, quando você achar uma pessoa que te valorize e te ame de verdade, você vai esquecer de tudo isso

-Não, não vou esquecer, nem quero saber de homem nenhum, são todos psicopatas nenhum um presta

Psicóloga Estela: Nem todos eles são iguais, e você vai esquecer sim, procure recomeçar tudo de novo

-Nem todos são iguais? Esquecer? Começar tudo de novo? Você fala assim porque você não sabe nem da metade, isso é só o começo, quando você ver o resto da história você vai saber que homem nenhum presta

Psicóloga Estela: Ok então... Prossiga com a história, oque aconteceu depois?

- depois ele me jogou na cama, e começou a me estuprar, ele puxava pelos meus cabelos, me dava tapa na cara, e me falava coisas absurdas

Psicóloga Estela: Oque ele fava pra você?

- Ficava falando que estava fazendo um carinho em mim, que ele ía me deixar molhadinha, perguntava se eu estava gostando, mandava eu dizer pra ele meter com força

Psicóloga Estela: Chega... Já deu, meu Deus... Que barbaridade, como pode um pai fazer isso com uma filha? eu estou horrorizada

-Posso terminar o resto?

Psicóloga Estela: Eu estou horrorizada com tudo isso, mas preciso saber de detalhe por detalhe, pode continuar

-Depois que ele terminou, ela mandou eu limpar tudo, disse também que era pra eu ficar calada na minha e, não falar nada para a minha mãe  e, nem pra ninguém, porque se eu falasse ele poderia fazer algo pior

Psicóloga Estela: Aí você ficou com medo e decidiu não contar para a sua mãe e nem se quer alguém de confiança para falar isso?

-No momento não, eu fiquei com medo, porque se ele fez aquilo, ele poderia fazer algo pior, então prefiro me calar

Psicóloga Estela: Não, você não tem que se calar, você tem que denúnciar, se você se calar é pior, que ele continuará fazendo isso

-Eu tinha 14 anos, não sábia oque fazer, eu ainda era praticamente uma criança indefesa, eu não pensava em nada, eu só tava traumatizada e com muito medo

Psicóloga Estela: Eu sei, eu entendo, mas você mesmo tendo 14 anos, poderia ter falado para a sua mãe no mesmo dia, conviver com uma pessoa assim dentro de casa não está certo, e não é nada bom, fez uma vez, pode fazer várias vezes

-Você tem razão, mas eu estava com muito medo, não conseguia falar para a minha mãe, alí eu já sentia vergonha de mim mesma

Psicóloga Estela: Eu sei, muitas crianças e adolescentes que sofrem isso, passa pela mesma coisa que você, e eu entendo que com essa idade ainda são crianças, por isso fico mais horrorizada...

-Você ainda não sabe de praticamente nada do que eu passei, quando souber vai ficar mais horrorizada do que já tá

Psicóloga Estela: Prossiga com a história por favor, preciso saber de tudo pra poder te ajudar

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