prego

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Donghyuck estava animado, o que é algo excepcional para uma segunda-feira de manhã. O fato que faz nosso pequeno sol estar radiante tem nome e sobrenome, Jung Yumi. Sim, a tal garota japonesa que ele descobriu ser metade coreana e, novamente, sim!, ele tomou coragem de valar com a garota com fones de ouvidos de gatinhos e agora não passam sequer um segundo sem estarem juntos.

Pode parecer loucura, sorte ou talvez até obra do destino, mas ambos adolescentes tem muito em comum e nosso Hyuck gosta de acreditar que era para acontecer assim. Agora dividem sanduíches e sucos durante a hora do lanche e trocam risadas pelas paredes dos corredores da escola.

    - Yumi-ya. - ele chama melodicamente e a mestiça lhe dá atenção deixando-o meio sem jeito por estar completamente focada em seu rosto.

Hyuck está com vergonha.

    - Você me empresta seus fones? - suas bochechas se pintam de cor rubra e ele não entende o porquê disso já que nunca antes o acontecera.

    - Claro. - ela sorri deixando amostra suas covinhas herdadas de seu irmão mais vejo - Pode usar, Hyuckie.

Lee Donghyuck estava definitivamente completa e literalmente ruborizado dos pés até seu último fim de cabelo castanho da cabeça. Mas logo toda a vergonha foi embora ao colocar os fones de gatinho sob os ouvidos e um sorriso floresceu em seu rosto fazendo a garota a sua frente sorrir e sentir o coração dispara. Não que o pequeno sol estivesse diferente dela ao vê-la sorrir.

Apesar de alegre e energético nosso pequeno garoto tem um certo, digamos que, problema ao perceber pequenos detalhes. Por viver esbaforido e afobado por tudo e qualquer coisa por vezes Donghyuck deixa pequenas coisas passarem despercebidas e talvez isso deixe Yumi em dúvida sobre algumas atitudes do garoto.

A mãe do pequeno sempre lhe disse "mostra o que tenha que mostrar mas nunca o excesso" para uma criança de nove anos isso não faz sentido algum e se tratando de Donghyuck em plenos dezessete anos ainda não faz sentido em sua mente.

Porque ele é assim, Donghyuck é intenso em tudo. Se há algo que sente ele sente intensa e completamente, se é para fazer algo ele dá tudo de si, não há meio termo, na vida do pequeno sol é tudo ou nada. Lee Donghyuck é a própria intensidade.

    - Sabe, eu gosto de gatos. - deixa as palavras voarem no ar e toparem com a garota a sua frente que termina de tomar seu suco.

    - Eu sei. - sorri - Meu irmão tem um gato.

    - Omo, sério? - chega mais perto dela tomando sua mão sem intensão o que a faz dar um sobressalto.

    - Sim. - Yumi sorri serena mas seu coração parece rodopiar - Jaehyun tem um gatinho preto chamado Milk, se você for lá em casa qualquer dia podemos brincar com ele.

E então Donghyuck sorriu. Ele sorriu talvez o sorriso mais brilhante já registrado na história da Coreia, não, na história do planeta! Yumi jura ter visto todo seus dentes da boca e todos formando um sorriso mais brilhante que mil faróis de navios todos juntos.

Ela então lhe conta sobre algumas travessuras que o gatinho de seu irmão havia feito ainda filhote e algumas que ainda faz e, incrivelmente e para surpresa da humanidade, Donghyuck escutou cada palavra que saiu da boca da menina completamente concentrado e sem interrompe-la em momento algum, apenas em breves situações quando soltava uma risada ou alguma expressão rápida.

Do outro lado, Yumi contava as histórias parecendo plenamente estável e tranquila ao pé de que estava para ter um surto mental e ataque interno por estar sendo observada tão de perto e precisamente por Lee Donghyuck. Haviam passado a conviver sempre juntos já havia quase pouco mais de dois meses mas nunca se acostumaria com as aproximações repentinas e inconsequentes do coreano.

Cada vez que lhe tocava a mão ou o rosto, mesmo que inocentemente e sem querer, o coração da menina parecia uma bomba de cereja prestes a explodir e destruir uma cidade. Claro,é de fato uma ótima atriz ao passo que o Lee nem desconfia dos sentimentos loucos e puros da menina.

Algo vem a mente de Donghyuck. Martela, martela, martela. Prego. Ele então pensa em contar a garota logo que ela parece ter terminado de falar. Talvez se não tivesse ficado a encarando durante um tempo calado tivesse dado tempo, assim que abre a boca para proferir tais palavras o sinal de começo das aulas novamente toca e ele sente-se na obrigação de voltar para sala resmungando. Mas dessa vez com algo novo.

Quem puxara pela mão foi Yumi.

CAT  [lee donghyuck]Onde histórias criam vida. Descubra agora