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19/02/2018

Já estava amanhecendo quando algum médico aparece, eu e Rafael vamos até ele pois éramos os únicos ali os outros foram para casa tomar banho

– E então doutor como ela está?
– Então ela não esta em um estado muito grave pois já esta conseguindo respirar sem aparelhos e saiu bem da cirurgia

Obrigada meu Deus

– Mas ela acordou?
– Infelizmente ainda não
– Posso vê–lá?
– Claro me acompanhe acho que vai ser bom para ela ver alguém importante pra si
– A mãe dela já está a caminho também

Eu acompanho o médico até a UTI, assim que entro vejo ela deitada, com os olhos fechados como se tivesse apenas dormindo, seus pulsos estavam com tipo uma mangueirinha não sei o nome disso, acho que é soro e o outro era sangue mas já estava acabando, e um negócio que também não sei o nome em seu dedo pra medir seus batimentos cardíacos

– O sangue já está acabando – Digo olhando para ele
– Sim mas é só o que ela necessita pois essa é a segunda bolsa de sangue
– Ah sim
– Vou deixar vocês sozinho – Ele sai, eu me aproximo da cama e sento na poltrona que ficou na beirada da cama
– Oi, meu amor... estou sentindo tanto sua falta, isso tudo é minha culpa – Abaixo a cabeça chorando – Eu devia ter te falado pra não sair pois a Viih tinha te ameaçado, eu queria te proteger não te preocupar e olha no que deu – A enfermeira chega perto dela e tira a mangueirinha que estava com sangue fazendo um curativo, ela sai me deixando sozinho de novo com ela e pego na mão de Brendha – Ai meu amor, esta tão difícil sei que passou apenas algumas horas mas quero tanto você aqui comigo, preciso do seu beijo, do seu abraço
– Já está na hora de sair – O médico diz aparecendo na porta
– Está bem – Me levanto dou um beijo em sua mão e sua testa, vou andando até a sala de espera e já esta todos ali menos o Rafael – Cadê o Rafael?
– Foi tomar banho e trazer algumas coisas pra você – Maria diz olhando para mim
– Liga pra ele e fala que não precisa pois eu vou ir pra pegar algumas coisas para a Brendha e ir pra faculdade não tem problema se me atrasar um pouco
– E quem vai ficar com a Brendha? – Pergunta Lucca
– Bia tem como você buscar a mãe dela no Aeroporto?
– Tem sim

Todos nós saímos menos Lucca que preferiu esperar a dona Helena com a Bia, entro em meu carro e vou até meu apartamento tomo um banho, visto roupa e vou direto para o apartamento da Brendha pegar algumas coisas que ela precisará, entro em meu carro e volto para o hospital, estaciono o carro e encosto a minha cabeça no volante

Como vou conseguir olhar pra dona Helena e pra minha namorada sabendo que o acidente é culpa minha, por não ter falado da Viih, a polícia está investigando mas tenho quase certeza que foi ela

Balanço a cabeça pra espantar os pensamentos, limpo as lágrimas e saio do carro com as coisas da Brendha, entro no hospital e vejo Bia já com a dona Helena me esperando

– Oi gente – Digo me aproximando – Obrigada Bia por ter ido pegar ela
– Nada Felipe, já vou indo tenho aula ainda – Ela me abraça e me da um beijo no rosto e sai
– Como foi a viagem Sra. Oliveira? – Coloco as coisas de Brendha em uma das cadeiras
– Sem senhora por favor me chama de Helena
– Está bem
– A viagem foi um pouco ruim passei a viagem inteira preocupada com a Brendha – Eu dou abraço nela
– Ela não está em um estado grave, já esta respirando sem aparelho
– Que alívio, foi um jeito muito ruim de te conhecer
– Sim infelizmente, eu tenho que ir para a faculdade mas assim que acabar a aula eu volto
– Está bem

Entrego as coisas de Brendha e vou para a faculdade, chego pego minhas coisas e vou direto para a sala, chego na sala e vejo o professor de cálculo avançado me encarando

O idiota que eu amoOnde histórias criam vida. Descubra agora