4-Confuso

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Um aviso, o que estiver entre ({}) são lembranças/memórias.

-8:00h-O despertador tocou no quarto de Arthit.
-"Só mais 5 minutos!"
-9:00h-O despertador tocou novamente. Arthit virou-se para o outro lado, se enrolando em um Edredom que estava jogado na cama, ignorando o barulho auto e voltando a dormir.
-11:00h-Arthit acordou! Ainda sonolento ele puxou o Edredom que cobria seu rosto, sem vontade nenhuma de abrir os olhos e se  levantar. Ele se virou para o lado da cama onde seu celular estava e olhou a hora, ele estava atrasado para o trabalho.
"-Droga Kongpop, por que você não me acor-... Arthit parou no meio da frase, já fazia uma semana que ele chega atrasado no trabalho quase todos os dias, já faz   uma semana que essa pessoa não vem acordá-lo e mesmo assim ele ainda não perdeu esse hábito, de chamar por essa pessoa.
   
    Arthit se levantou e pegou uma muda de roupa no armário, que estava meio amassada, pois não havia sido passada, já era um milagre ela estar lavada. Ele foi até o banheiro e pendurou as roupas em um gancho qualquer. Arthit ainda se sentia um pouco tonto e tinha dor de cabeça da ressaca e não conseguia se lembrar direito do que aconteceu na noite passada, nem como ele chegou em casa.
    Arthit tirou as roupas e entrou no chuveiro, ele deixou a água fria, na tentativa de colocar seus pensamentos no lugar, enquanto flashbacks da noite passada vinham em sua memória, ele forçou sua mente tentando se lembrar, mas as memórias vinham em pedaços; {...Não beba desse jeito...}. Ele se lembrou de alguém falar com ele no bar, mas ele não se lembrava do rosto da pessoa. Arthit saiu do banho e enxugou seu corpo com uma toalha que estava meio úmida, por não ser coloca no sol a vários dias. {Você tem que trocar de roupa...P'Arthit...Ai Oon}
-"Foi Kong que me trouxe em casa? Não pode ser, certo? Mas essa voz, ele é a única pessoa que me chama desse jeito. Ele me viu naquele estado? Se ele me viu bêbado, ele cuidou de mim?"{Ahh, tão bom... Kongpop}
{Você gosta quando eu te chupo?}
-"Que lembranças são essas?" Arthit disse enquanto segurava sua cabeça, sua enxaqueca piorou, mas ele tinha um rubor no rosto pensando nele e Kongpop na cama, se lembrando da noite passada. Mas Arthit ainda se perguntava, se Kongpop esteve aqui com ele, por que ele não ficou? Será que ele não queria admitir que ainda gosta de Arthit depois de ter pedido um tempo? Depois de uma semana, finalmente foi visto um brilho rosado no rosto de Arthit, a esperança de que seu 0062 ainda gosta dele, que talvez ele só queria testar Arthit.
-" Eu vou castigar aquele filho da mãe, me ignorando e depois abusando de mim enquanto estou bêbado. Ele que me aguarde."
-11:30h-Arthit saiu de casa sem comer nada, não havia comida em seu apartamento, já que Kongpop foi quem sempre fez suas refeições e sempre deixava seu café da manhã na porta de seu quarto quando não tinha tempo para cozinhar. Mas hoje, assim como essa semana inteira, não havia nada na porta. Arthit olhou para a porta do quarto ao lado do seu por um tempo, mas não ouviu nenhum barulho vindo de dentro, então ele decidiu ir embora.
Era segunda feira, o dia em que o trânsito em Bangkok praticamente parava, os carros praticamente não se moviam, por isso muitas pessoas preferiam andar a pé, de transporte público ou o jeito mais rápido, de moto. Arthit não gostava de ir para o trabalho com Kongpop em sua moto, ele tinha medo que alguém os visse juntos e começasse a fazer perguntas como: "Por vocês vieram juntos?" ou "Vocês moram perto?" ou pior ainda, perguntar qual é o relacionamento deles. Mas hoje o transito parecia 10 vezes pior, havia ocorrido um acidente e uma das pistas estava interditada. Havia pessoas que saíram de seus carros e se sentaram na beira da calçada, esperando que liberassem logo o trânsito, os carros estavam parados, não havia mais lugar para estacionar e não tinha como ir para frente ou dar ré. Só as motos que estavam se movendo entre os carros e muitas pessoas estavam pedindo carona aos motoqueiros que passavam.
    Já fazia mais de 20m que Arthit tentava chamar um táxi, por mais que ele quisesse ir a pé para o trabalho, era muito longe de onde ele morava para ele fazer isso. Arthit viu a moto de Kongpop estacionada perto de seu prédio, por mais que ele não gosta disso, hoje ele não tem escolha, se não, pedir carona ao mais novo. Kongpop sempre vai para o trabalho ao meio dia, ele já esperou até agora e não conseguiria chegar para o turno da manhã mesmo, não faz mal se atrasar mais um pouco e esperar Kongpop.

    Arthit ficou um pouco afastado de onde a moto estava, ele não queria parecer tão óbvio, ainda mais depois do que aconteceu na noite passada, e ele não tem certeza de que foi realmente Kongpop que o levou pra casa e de que tudo aquilo realmente aconteceu. Ele iria esperar o outro fazer o primeiro movimento. Pouco tempo depois Kongpop saiu do prédio, ele estava com sua camisa branca e calça social habitual. Arthit olhou surpreso para o homem lindo à sua frente, ele estava impecável, ele tinha certeza que Kongpop estava ainda mais arrumado do que quando saia com ele, mais bonito, completamente o oposto do Arthit amarrotado que ele está agora. Ele ficou deslumbrado olhando para o homem mais jovem, que notou sua presença e olhou em sua direção. Kongpop desviou o olhar sem dizer nada e foi em direção à sua motocicleta, ignorando Arthit, ele não tinha nada pra falar com essa pessoa, e nem podia ceder a ele, ser fraco, depois de tudo que ele passou por causa dessa pessoa.
  

Sotus S-OneshotsOnde histórias criam vida. Descubra agora