Capítulo Dois ~

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‹ Parte Um ›

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Parte Um
.: um último pedido :.

Passei reto por ele.

Aron puxou meu braço de novo, e colou meu corpo no dele. Desta vez meu coração quase saiu pela boca. Ele passou dos limites...

– Aron – me soltei dele – Não me puxe mais assim! – Fechei a cara pra ele.

– Desculpa, mas você é muito difícil garota! – ele suspirou – Olha, eu tive que mentir pra Margo e dizer que ia te dar uma carona por que perdi uma aposta, okay? Então, só tenta ser menos... você.

– Oh, claro, sim senhor – disse irônica – Vou ser menos eu então – voltei a andar rápidamente.

Revirei os olhos.

– Carol...? – se retomou na minha frente.

– Que é? – perguntei seca.

– Obrigado – sorriu meigo, que eu até perdi o pouco de ar que circulava nos meus pulmões e meu coração.

Depois dessa hora não nos vemos mais até a hora do intervalo. O intervalo, foi um momento muito encomodante pra mim... Fiquei sob o olhar penetrador de Aron durante todo o tempo. E só tive paz quando adentrei a biblioteca, ou pelo menos foi o que eu achei.

– Oi – sua voz sussurrou no meu ouvido, e percebi instantaneamente que seu corpo estava me prendendo contra a prateleira. Me arrepiei toda, e meu coração estava quase saindo do peito de tão acelerado.

Não tinha mais ninguém naquele corredor literário além de nós dois. Eu senti minhas pernas ficarem bamabas por um minuto, e tive vontade de enfiar a cabeça no meio daqueles livros.

– Será que dá pra desencostar de mim? – perguntei calma.

– Claro – ele se afastou e se colocou do meu lado. – Você é mesmo nerd, ein? Fica o intervalo todo na biblioteca enquanto podia estar observando minha beleza.

– Por que eu perderia meu tempo com isso? – olhei pra ele com desdém.

– Ah, sei lá – deu de ombros – Só queria puxar assunto com você... Mas, já disseram que você é muito marrenta? – arqueou uma sombrancelha.

– Marrenta não. Já me disseram que eu sou esquisita, pulgante, nojenta, chata, feia, horrorosa, ser humano desprezável... Essas coisas. – dei de ombros e escolhi um exemplar de O morro dos ventos vivantes.

– E você deixa as pessoas te xingarem?

– Você é uma delas – disse séria encarando ele – E... se for pra perder meu tempo e meu vocabulário discutindo com pessoas desse nível, que só sabem julgar sem conhecer, eu prefiro deixar pra lá e seguir minha vida – sorri cínica e abri o livro em qualquer pagina pra não ter que olhar pra ele.

Äpënäs üm mësOnde histórias criam vida. Descubra agora