Depois de um tempo, vi que estávamos num lugar bem fundo. Parecia um rio. Eu ainda estava de mãos dadas com a Angélica. Então, puxei ela enquanto nadava para a superfície. Dei uma baita respirada, que podia ter pego quase todo oxigênio da região. Ela estava desmaiada. Então, deitei na areia que ficava na beira do rio, e coloquei a Angélica do meu lado. Olhei tudo em volta, e realmente: estávamos na beira de um rio. Como é que do nada, fomos parar ali? Aquilo era uma dúvida que não consegui entender...
Precisava acordar Angélica. Ela ainda estava desmaiada. De pijama, cabelos molhados, bem pálida. Na verdade, nós dois estávamos de pijama. E eu, tinha recuperado minhas pantufas. Um ponto positivo!
Balancei, gritei, esperniei, mas nada acordava a Angélica. Então eu lembrei daquilo que os salva vidas fazem. Respiração boca-boca. E olha que nunca beijei ninguém. Achava aquela ideia meio nojenta, mas precisava acordar a Angélica. Ela teria que me ajudar a sair dali. Iríamos juntos. Então, eu fiz aquilo. Quando eu comecei a ficar sufocado e sem ar, ela abriu os olhos de modo arregalado, me dando até medo. E então, ela me empurrou tão forte, que fui jogado pro rio novamente. E uma forte correnteza passou naquele instante. E então, eu fui arrastado. Era mais forte que eu. Eu era puxado. De longe, eu vi Angélica pulando desesperada. Ela foi correndo pela areia para tentar me alcançar. Logo em frente, havia um despenhadeiro enorme de água. Ah, droga. Só o que faltava. Ela estendeu a mão para que eu tentasse segurar.
Angélica: PIETRO, DESCULPA!!! SEGURA MINHA MÃO!!! SEGURA!!
Pietro: VOCÊ PIROU?! EU VOU CAIR DESSE DESPENHADEIRO E VOU MORRER, POR SUA CULPA!
Acho que o peso na consciência dela foi tão forte, que esse peso fez ela se jogar naquele rio. Eu dei um berro. Não via mais ela. Então, senti algo puxar minhas pernas. Estávamos perto de chegar no despenhadeiro. Era Angélica. Ela usou toda sua força, para nadar, e me puxar junto até um trono gigante que havia caido e feito uma barreira. Então, nos penduramos, e subimos no tronco. Ficamos a um ponto de cair.
Pietro: Você... Tem... Problemas, Angélica... - Disse, ofegante.
Angélica: Mas eu consegui te salvar. Isso valeu, né?
Pietro: TALVEZ... Acho que seria melhor você olhar ali em frente antes de dizer isso.
Quando olhamos, tomamos um susto enorme. Era uma onda. E não era pequena. Era enorme. Do tamanho de nosso susto. Então, corremos para sair do tronco até a areia antes que a onda nos atingisse. Mas foi forte demais. E não deu tempo. A onda nos levou de novo, e despencamos o despenhadeiro. O impacto da queda foi tão forte não água, que afundamos mais uma vez, e ficamos inconscientes. Imóveis.
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Pijamas, almofadas e rios
Teen FictionClassificação: Livre Eu só fui passar a noite com minha amiga. ERA SÓ ISSO. E então, eu fui parar no meio de uma batalha de deuses em um aeroporto. É... Pode acreditar, isso não é a coisa mais estranha que aconteceu nessa noite. Não mesmo. Pode se...