Capitulo 1

56 3 4
                                        

Acordo com um barulho imenso fora do carro, abro os olhos e vejo, pela janela, carros parado pela estrada, prédios, pessoas gritando “Vamo, logo! Será que tá difícil!?” com um sotaque diferente, barulho de buzinas, pessoas correndo pra não serem atropeladas.
Vejo o semáforo abrir e o carro começar a andar, olho para o lado e vejo minha mãe com os olhos roxos, de sono, a mão no volante e atenta a estrada movimentada, coloco a mão em seu ombro.
- Mãe?

-...

- Mãe!

-...

- Mãe!! -Ela aperta no acelerador e bate em um carro, a batida foi tão forte que voei pra frente batendo o rosto no vidro.

- ...ai..- Sussurro, tocando em meus lábios.

- Olha, o que você fez! -Ela bate em meu rosto.

-...

- Não..me desculpe, filha. Eu~eu não quis..

- Tudo bem..-Falo ainda sem acreditar no que ela havia feito, olho pra frente e vejo pessoas se aproximando, tirando foto, gravando, outras chocadas e algumas rindo por nenhum motivo...

Como ela pode fazer isso?...ela nunca se atreveu a isso..”

* * *

Quando o caminhão de reboque levou o carro, minha mãe ficou furiosa, acho que ela ainda estava zangada.
Nós fumos até um hotel aonde iriamos nos hospedar e no dia seguinte, meu padrasto, iria chegar pra nos levar até a casa dele, onde iria ser nosso “novo lar ”.Todas os nossos pertences já haviam chegado na casa dele, eu só tinha a roupa do corpo e meu lábio cortado.
- Estamos, chegando...só...-Ela senta na causada de uma rua meio deserta.-vamos descansar um pouco..venha.

Sento ao seu lado e percebo algo estranho..

O que é isso?...” -penso comigo.

Havia uma marca estranha, em seu braço, toco levemente.

- ... -Não fala nada, apenas retira o braço de onde estava.

- O...o que é~

- Foi da batida, filha...nada de mais. -Ela olha pra mim com um olhar preocupado, coloca a mão por cima de meu ombro e me abraça. Fiquei surpresa, mas depois deixei levar.

Segundos depois~
Nós nos levantamos e continuamos a andar, no meio do caminho ela parou e comprou refrigerante, já que ela sabe que não gosto, comprou uma garrafa de suco. O dinheiro estava acabando, então decidimos que não íamos mais comprar nada mais naquela noite.

Quando, finalmente, conseguimos chegar no hotel, nos hospedamos e fumos direto para o quarto em que iríamos ficar.

* * *

- Boa noite, filha. -beija minha testa.

- Pra você também.

- E...desculpa de novo pelo~

- Tudo bem, mãe. Não foi nada. -Ela sorrir e vai até a sua cama.

Viro pra parede e fico imaginando tudo que aconteceu.

“por que, eu tive que chamar ela naquele momento?! Agora estamos sem carro! O que minha mãe batalhou pra ter!...e eu tirei essa alegria... ah! Que sentimento horrível... ”

Olho para o lado e vejo minha mãe dormindo pesado, saio de fininho para fora do quarto, vou até a janela e fico pensando no que fiz e em como minha vida será daqui para frente. Será como foi no interior? Irei ter amigos? Será que irá ser bom viver em uma família com um "pai" presente?

Fiquei com esses pensamentos batucando em minha cabeça por várias horas, até bater o sono.





Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 23, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A garota da sacada...Onde histórias criam vida. Descubra agora