Capítulo 3

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*Pedro narrando*

-Já vou! - falei um pouco alto para que meu pai pudesse me ouvir.
Já eram 09 horas da manhã e o ônibus partiria as 09:15. Peguei minha mochila com algumas peças de roupas, minha mala com mais alguns pertences antes de abrir a porta do quarto e descer a escada.

-Vamos? - Disse meu pai com um leve sorriso nos lábios ao lado de minha mãe.
Acenei que sim com a cabeça, e entramos no carro. No caminho da rodoviária, eles me explicaram muitas coisas.
Tais como :
o apê que eu ficaria hospedado, era mobiliado ;
Todas as minhas despesas iriam ser pagas por eles, até que eu arranjasse um emprego. Dai então, eles só pagariam a faculdade ; Explicaram o motivo de não me deixarem diretamente na minha nova cidade.
Tudo isso já tinha sido providenciado e explicado.
-No entanto... - Eu olhei para minha mãe - Você mesmo terá que procurar um emprego.
-Tudo bem. -assenti que sim com a cabeça .
No caminho conversamos mais um pouco, e ficamos resolvendo algumas datas para nos vermos.
Quando cheguei na rodoviária, não demorou para que o ônibus chegasse. Me despedi dos meus pais, entrei no ônibus, Fechei os olhos pronto para cochilar após a viagem.

-Ei rapaz, Não vai levantar? - Um homem de boa aparência estava a minha frente.
- Sim. Desculpe. Eu dormi demais. -falei enquanto eu esfregava os olhos. - Você conhece a cidade? - perguntei porquê afinal de contas eu precisava de um gia.
-Está de passagem por aqui? . -perguntou me fitando longamente.
-Não senhor. Eu vim pra ficar e fazer faculdade. -afirmei.
- E não conhece a cidade?
-Não senhor. - Eu olhei fixamente, Eu tinha esperança de que ele pudesse me ajudar. -E eu também preciso arranjar um emprego. Poderia me ajudar?

Por um certo momento, Ele parecia pensar em algo. Eu já estava ficando nervoso.
-Sei quem pode lhe ajudar.

Ele me levou até uma lanchonete. Era simples, mas muito arrumada. O que dava uma certa..Elegância.

-Lucas! - O motorista disse em um tom alto e forte. -Ainda procura empregados?

Um homem com aparência de uns 35 a 46 anos entrava por trás do balcão, Limpando um facão. (Ainda bem que minha mãe não está aqui. Ela é meio danada. Apesar do seu jeito).

-Sim. É este quem quer o emprego? - Ele apontava a ponta do facão para mim.
-Jama..
-Sim, É ele. - O motorista me interrompeu. - Bom, Vou indo. Tenho que trabalhar. Boa sorte rapaz e fique com Deus.

Sua última frase fez com que eu engolisse minha saliva e virasse a cabeça devagar em direção ao homem que ainda me encarava. Senhor Jesus..
Eu quase virei a moça do exorcista.

-Oh.. -Ele sorriu. Eu não sabia se eu ficava tranquilo ou se virava o flash e corria a velocidade da luz. -Desculpe os meus modos. Eu sou o Lucas. Prazer.. -Ele vinha na minha direção com a mão estendida. Dessa vez ; sem o facão. Apertamos nossas mãos enquanto eu me apresentava, e dizia que o prazer era todo meu.
-Quer algo para beber? - falou apontando para um balcão de beidas logo atrás dele
-Não senhor. Eu estou sem dinheiro por enquanto.
-Entendo.. Tudo bem. Fica por conta da casa. Podemos sentar e conversar calmamente?

Sentamos no balcão, Conversamos sobre os prós e contras do Trabalho . Claro que eu aceitei. O salário era bom; Meus direitos ; sem contar que pelo oque conversamos, Minha nova residência não era muito longe.

Lucas me levou até o apartamento
Nos despedimos e eu entrei. Era um pequeno lugar. Os móveis são bem "normais" para um jovem. Era um lugar confortável, Bem iluminado pela quantidade de janelas.
Não reparei muito na sala. Pois meus focos eram o quarto e o banheiro. E meu paraíso ; Cozinha.
Um dos fatos sobre mim, É que adoro cozinhar. Super me recomendo.

No final do meu primeiro dia de trabalho, Eu já estava exausto. A Movimentação por aqui é incrivelmente alta. Acho que por conta dos preços e por ser bem localizada.
Enquanto eu limpava o balcão, Ouvi o pequeno Sino da porta badalar.
Era uma moça. Não pude ver seu rosto, Mas era muito elegante.

-Com licença - Ela me olhava. E que olhos viu?. Após me olhar, olhou para a cadeira.
Eu me aproximei
- Pois não? Deseja algo? -Arrastei a cadeira para que ela pudesse sentar.
-Oh.. - Ela olhou a ação visivelmente surpresa. - Muito obrigado. Não precisava. - Ela soltou um riso sem graça.
- Oque deseja? -perguntei novamente com um tem mais suave ainda.
-Eu só preciso de um suco. Tive uma longa viagem. E foi bem estressante. Uma limonada me cairia bem.
-Só um minuto. -sai para buscar o suco.

Era estranho ela ter passado por aquela porta. Pois pelo o que Lucas havia me dito. A movimentação era muito baixa (quase nada) ao entardecer. Preparei sua Limonada e a servi.

-Muito Obrigada. - Ela sorria enquanto pegava o copo. - Você não é daqui. É? - Ela tomou o primeiro gole.

-Não.- Sorri - Como sabe?

-Seu sotaque. -Ela riu baixo e olhou para a cadeira da sua frente - É meio triste ficar sozinha em uma mesa. Sabia? Eu não me incomodaria se você sentasse. - Ela me olhou.

Eu sorri sem graça. Me sentei a sua frente e a observei. Foi então que reparei que com ela, havia uma bolsa.

Eu posso ter imaginado, Mas juro que vi um canivete. Eu realmente me sinto em um faroeste de lâminas. Onde todo mundo anda com um faca, Canivete, Facão... O facão é impossível esquecer. Conversamos um pouco. Até que ela percebeu que não estamos a sós e saiu da lanchonete. Bom, apesar do seu porte de moça elegante, Gentil e bastante sorridente ; algo me diz que não posso confiar muito no seu rosto de anjo. Mas minha intuição sempre falha. Então descarto a possibilidade de qualquer perigo.
Me adentro ao interior do estabelecimento para avisar que eu estava indo embora. Mas na volta, percebo um pedaço de papel que outrora, Não estava lá.
Somente por curiosidade, o pego, e vejo que se trata de um recado.

" Me ligue..
Ass: Selena. "

E do outro lado do papel. Estava seu número.

Selena, Hein? . Balanço a cabeça negativamente com um sorriso fraco. E vou para casa.
Acho que hoje terei uma ligação a fazer.

Semanas já haviam passado, Eu nunca mais vi Selena. As aulas já tinham começado, e devo admitir.. É um verdadeiro saco. E pensar que eu estava ancioso para ver como era..

-Bom, Avise a Lucas que eu não pagarei agora.
-Não posso. A placa ali -Apontei - Diz : " não vendemos fiado".
-Avise. - Na mesma hora que o homem se virou para sair, Uma mão segurou firme sua manga.
-É melhor pagar se não quiser sair daqui sem uma mão.
O cliente se virou devagar em nossa direção. Uma expressão de surpresa e medo tomaram conta de sua face. Lucas apontava o seu famoso facão para um de seus braços.
-E então? Como vai ser? - Lucas o encarava com o olhar de um assassino, enquanto isso, Eu me afastava da situação. Esse lugar iria se tornar a cena de um crime.
-Calma senhor. Eu estava brincando. Pegue aqui o seu dinheiro. Fique com o troco. -O homem saiu um tanto apressado. Enquanto Lucas ria da situação. O homem havia pagado o dobro do total.

De repente, Lucas começa a rir. E Devido sua risada. Eu também começo a rir. Obviamente ; de nervosismo. Agradeço imensamente, Todos esses dias, Por Lucas não ser uma mulher.

CAPÍTULO DA HISTÓRIA ESCRITO POR: AnnaVictoriaMQS .

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Ate o próximo capítulo beijos no core.
Sábado que vem tem mais💕

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