Bakugou pede desculpas

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Bakugou pede desculpas

─ Última lembrança da nossa casa─

Ainda estava chateado, ou melhor, puto da vida com Katsuki pela compra da casa. Tudo bem, fora um pouco insensível quanto aos patinhos de borracha, no entanto, cinco salários a mais? Fala sério, ele só podia estar de brincadeira.

─ Nós precisamos de tantas coisas, Kaachan idiota. ─Resmungou baixo enquanto terminava de colocar as coisas da casa nas caixas de mudança.

─ O que você ' resmungando, Deku? ─O mais baixo rolou os olhos em sinal de irritação. Não bastava o furo no orçamento do casal, não bastava o engravidar, agora não podia sequer resmungar.

─ Cala a boca, idiota. ─Disse baixo. De fato, estava puto e isso deixara o loiro também irritado. No entanto, Bakugou, por mais feliz que estivesse com a compra da casa com banheira, também esteve refletindo sobre o gasto. Tomado por esse sentimento de querer se justificar, puxou o sardento para entre suas pernas, abraçando-o.─ Nada que disser fará minha decepção diminuir. ─Ameaçou. No entanto, Bakugou nada disse. Izuku estranhou, mas preferiu esperar por alguma reação do namorado. Alguns minutos se passaram e Bakugou repousou o rosto em seu ombro.

─ Essa é a última vez que conversamos nesse apartamento. ─Sua voz serena, embora tivesse o timbre grave, causou um arrepio em Midoriya, seguido de certo conforto. ─ A última lembrança do que chamamos de lar nos últimos três anos que estivemos juntos. ─O pequeno sorriu─ Não vou dizer que o fato de você ficar irritado com a banheira não me deixa puto de raiva, mas... sabe, Deku, a ficha ainda não caiu completamente. Um cara desligado como eu sendo pai? Parece piada. Mas não é. O dinheiro que vamos pagar a mais, realmente, poderia ser usado para outras coisas como, sei lá, equipamento pras' aulas que dou de circuito funcional na praia, mas... não seria a mesma coisa que investir em algo pro nosso filho. ─Midoriya sabia que se encarasse o par de olhos ônix seria sua derrota, mas, ouvir tantas coisas inacreditáveis e sinceras vindas do namorado era tão surreal que, mesmo sabendo de sua ruína, fitou seus olhos. Estavam calmos como a maré de fim de tarde. Bakugou tinha um sereno sorriso no rosto. ─ É burrice, mas eu quero o melhor para você e para essa criança que tá crescendo. ─Tocou com carinho a barriga do namorado que corou com a delicadeza do ato. ─ Além disso, eu vou fazer mais mil e duas burrices, sabe disso. Então, vamos sair daqui sem briga. ─Riu com o loiro, pois ele nunca foi tão sincero sobre si mesmo quanto agora.

─ Você é um idiota, Kaachan. ─Choramingou entre um sorriso besta.

─ Hm, eu sei, Deku. Eu sei. ─Concordou já próximo aos lábios do esverdeado que o encarava com olhos suplicantes por um contato amoroso qualquer. ─ Amo você.

─ Eu também. ─Sussurrou já tocando os lábios do outro que foram receptivos e deram início a um beijo cumplice. De fato, sentiriam saudade do apartamento e das memórias que criaram ali, dos altos e baixos, desastres na cozinha, dificuldade em lidar com paredes finas, tudo. Mas era preciso partir, pois a criança em seu ventre crescia rápido. Uma besteira ou outra, tudo bem, Bakugou sempre agia por impulso, na maioria das vezes, tomado por suas emoções. Sabia que só o fizera por bem e, falando sinceramente, vê-lo tão preocupado com o bebê era assustador. Talvez essa gravidez fosse o que precisavam para se tornarem um casal de verdade. ─ K-Kaachan... hmm... ─O gemido entrecortado acabou excitando o loiro ainda mais. ─ Kaachan, não... não podemos.

─ É nossa última transa nesse apartamento, Deku. Quero levar boas lembranças de você gozando na sala. ─Sorriu colocando a mão por dentro da bermuda fina do namorado que gemeu no ato. ─ Está molhado assim só com um beijo? Não brinca comigo. ─Beijou a marca em sua nuca e desdobrou-se a masturba-lo lento, pressionando a uretra com o polegar, impedindo que o sulco escorresse. Puxou seus lábios rosados para um beijo quente, repleto de desejo e paixão, levando-o à loucura com sua língua. Afastou-se minimamente dos lábios de Izuku para pedir num sussurro─ Me mostra como está atrás, Izuku. ─Não que não estivesse acostumado aos pedidos vulgares de Katsuki, mas... dada a situação, pareceu tão mais excitante que acabou gemendo ao fim da sentença, permitindo ao loiro sorrir em desejo pela reação. O xingou mentalmente. Izuku deitou o tórax no chão, mantendo seu corpo entre as pernas, agora flexionadas, de Katsuki, ficando de quatro. Com mãos trêmulas, por tamanha excitação, desceu sua bermuda e roupa íntima, expondo a bunda roliça, corou, pois, sua entrada estava escorrendo. ─ Eu realmente quero te foder, Deku. ─Disse rouco, beijando a carne macia daquele traseiro que tanto amava. Lavando a entrada já lubrificada, abria o canal com a língua enquanto o menor deixava gemidos eróticos escaparem os lábios. Enquanto o preparava, Bakugou tocou-se, masturbando seu membro já ereto e praguejando um não posso gozar antes de entrar, pois, Izuku gemia o enchendo de prazer.

─ K-Kaachan... ─Chamou em êxtase, passando seu braço esquerdo por entre suas pernas e tocando a ereção do loiro que grunhiu baixo com a pressão de seu polegar na uretra. ─ Já é suficiente, não consigo esperar mais. ─Bakugou tivera o ego inflado agora, sentindo-se cheio de si por fazer um nerd politicamente correto como Deku lhe pedir algo tão obsceno. O sorriso maroto rasgou-lhe os lábios, lá estava, o homem que Izuku tanto amava. Levantou, ficando de joelhos, pegou um preservativo debaixo do sofá e pincelou seu falo na entrada lambuzada de seu amante.
─ K-Kaachan...

─ Eu vou fazer de um jeito que você nunca mais vai esquecer. ─Sorriu adentrando-o lentamente, fazendo com que o outro sentisse todo o percurso com calor. Bakugou grunhiu baixo com o estreitamento daquele canal, questionando-se se fazia tanto tempo que não transavam e, de fato, fazia sentido, pois andava muito estressado. Seu pênis estava duro como nunca, sentia latejar intensamente e Izuku também. ─ Dói? ─Questionou com leve preocupação na voz. O pequeno fez um sinal negativo e empinou mais o quadril como quem quer mais, Katsuki sorriu. Retirou-se quase por completo, sentindo Deku apertar sua cabeça ─Quer ser fodido tanto assim? ─Beijou suas costas e adentrou novamente, agora, massageando sua próstata com a glande, podia sentir cada parte de Deku perfeitamente. Seus movimentos eram lentos e precisos, não poderia ser bruto, pois, Izuku estava grávido, afinal de contas. O vai e vem repetiu-se várias e várias vezes até que ambos alcançassem o clímax num orgasmo em conjunto que rendeu aos vizinhos um grunhido de animais. Foda-se, pensaram ambos. Era a última transa naquela sala.

**

─ Certo, isso é tudo. Quanto tempo para chegar lá? ─Bakugou questionava o motorista do caminhão de mudanças.

─ Menos de uma hora, Bakugou-san.

─ Certo, então encontro vocês lá. Vamos descarregar todos os móveis e coloca-los no seu lugar.

─ De acordo.

─ Kaachan, eu quero ajudar! ─Protestou Izuku chegando atrasado.

─ Já está tudo resolvido, Deku. Você vai ao shopping comprar aquelas coisas da lista que te passei e depois passar no material de construção e comprar a outra lista. Quando você chegar, os móveis estarão no lugar.

─ Mas...

─ Mas nada. Você não pode pegar peso, idiota. Agora vai logo, nos vemos mais tarde. ─Beijou-lhe rapidamente antes de subir na moto.

Continua no próximo capítulo...

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