Rony:
São 4:20 da manhã, não consegui pregar os olhos, não parava de pensar em Diana. Ela era fria comigo mas era legal, não conseguia acreditar, já perdemos tanto com tudo isso, os Fuuton já foram longe demais temos que acabar com isso o mais rápido possível.
Levantei e desci para a cozinha vou fazer o café hoje, sim eu sei cozinhar, mas agora é só o básico: um pão quente, torrada e café meu pai não gosta de demorar em nada quando temos que treinar. Para ele cada minuto é precioso. Termino tudo o mais rápido possível, 4:35, vai dar tempo...
Saio correndo de casa e me dirijo ao meu lugar favorito, faz tempo que não vou lá. Em poucos minutos chego à cachoeira, era ótimo tomar um banho aí em qualquer horário. É isso... rapidamente tiro meu calção, já não estava de camisa, e me atiro naquela água fria que para mim era a melhor coisa. Depois de um tempo algo mudou, já não me sentia sozinho ali... Estou sendo observado?
__________Matte:
Já estava quase saindo de casa, pego minha mochila, arrumo rapidamente a barba, vou a cozinha uma última vez e olho para as latas de energético em cima da mesa, eu disse que não faria mais isso mas eu não resisti, observo as latas que sobraram, ainda estavam cheias eu podia pegar mais uma... não! Não vou mais fazer isso...
Pego meu celular e observo o contato de Hannah, sem resposta, onde você está?!
Vou te achar não importa o que seja preciso fazer!
Deixo o aparelho em cima do sofá e saio fechando a porta e me dirigindo a casa de Rider....
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Vallentina:
Vamos fazer aquilo novamente - falo encarando a garota à minha frente - Você tem certeza?! É perigoso! - ela responde estarrecida, ela está me questionando, odeio que me questionem - Não interessa! - respondo exaltada - desculpe! Não vou mais questionar suas ordens - ela responde um tanto amedrontada - acho bom! Você não quer ter o mesmo fim que Stephanie e Yan quer? - falo com um sorriso malicioso nos lábios, levando a taça com champanhe à boca e bebendo um pouco - prepare tudo, farei à tarde - digo virando-me para a janela e observando a manhã que o sol anunciava, já espargindo seus raios. Ouço a porta ranger e fechar imediatamente, Andry, quão subordinada era, tinha orgulho dela, era tão dedicada, sempre fazia tudo que eu mandava, era a aprendiz perfeita - Hora de visitar minha próxima marionete - saio do meu escritório lentamente, pensando em tudo o que faria mais tarde, seria prazeroso ver o sofrimento de minha irmã, os gritos que daria, a agonia que sofreria, toda a dor latente que até eu sinto mesmo agora, era tão... bom. Quando percebo estou gargalhando, cada passo era um motivo para sorrir. Afinal eu estava prestes à fazer o que mais amo: causar sofrimento...
_____________________Diana:
Acorde... acorde... acorde... - era a única coisa que eu ouvia ao longe, não conseguia discernir - acorde... não há mais tempo... acorde... acorde! - a voz continuava a repetir aumentando seu tom cada vez que falava até se tornar estridente. Onde eu estava? Não sentia meu corpo, eu... estou morta?
Abri meu olhos minha visão estava embaçada, via somente sombras. Eu estava em algo que parecia uma maca, levanto tateando a parede ao meu lado em poucos segundos me ponho de pé e sinto algo ou alguém se aproximar. De repente não consigo respirar direito, o ar some subitamente com a pressão em meu pescoço, estava sendo enforcada. Lutei me debatendo mas não tive forças... eu estava morrendo. No meu último suspiro ouvi uma rouca e grossa sussurrar em meus ouvidos - não há tempo... acorde! - num súbito suspiro acordo e com um solavanco me ponho sentada na maca. Sentia um calor nos olhos mas não conseguia abrir. Ouvi algo cair no chão seguido do som oco da porta de fechando, deitei novamente ainda não conseguia abrir os olhos, Mas eles estavam me dando agonia, estavam formigando, não consigo entender o porquê. A porta abriu novamente - Diana! Graças à Deus como se sente? - ouço o médico perguntar um tanto surpreso - estou bem... eu acho... - respondo um pouco cansada - por que não abre os olhos? - ele pergunta curioso - Não consigo - respondo após fazer um esforço para abri-los - estranho... - o mesmo fala intrigado, sai por alguns instantes e volta. Sinto um líquido descer sobre minhas pálpebras tornando-as mais leves possibilitando o movimento, mas ainda ardiam muito - tente abrir seus olhos agora - ele fala calmamente, sinto o mesmo aproximar-se do meu rosto, eu lentamente abro os olhos e... Sinto um incômodo. Nesse momento uma rajada de fogo sai de meus olhos explodindo a cabeça do médico à minha frente e em seguida a porta, voltando ao normal em seguida. A enfermeira que estava perto da janela para boquiaberta sem acreditar no que acontecera a pouco rapidamente enfermeiros e pacientes tumultuam o local. Eu não acreditava, senti meu corpo se desvencilhar para trás meus olhos se encheram de lágrimas ao ver o médico morto à minha frente com o rosto irreconhecível... Eu fiz isso... eu o matei...
___________Rony:
Saio da água rapidamente, perdi a noção do tempo com tudo isso, tenho que voltar rápido. Se há alguém me seguindo ou me observando não há tempo para descobrir pego minha bermuda e corro para casa - estava na cachoeira de novo? - meu pai pergunta assim que fecho a porta - sim - respondo ofegante pela corrida - estava muito bom - o mesmo fala sorrindo - o que? O café? Achei que deveria fazer - falo sem jeito - preciso de ajuda para arrumar tudo lá fora - ele continua me fazendo concordar
Antes que pudéssemos começar a campainha toca e eu corro para atender - vocês são pontuais - falo sorrindo para Matte que pelo que parece foi quem tocou a campainha - É eu sei - ele responde devolvendo num tom engraçado - entrem daqui a pouco o treino começa - digo dando passagem todos entram e se acomodam no sofá com meu pai os observando - Vamos começar! - ele fala seguindo para a área externa conosco em seu encalço - Bom... provavelmente vocês serão convocados para a próxima infiltração que acontecerá semana que vem então vamos pegar mais pesado no treino esses dias - todos param atônitos ao ouvir suas palavras - Não estamos preparados para isso. É muito recente! - Lise fala em protesto - é por essa razão que o treino não vai ser leve... posicionem-se! - ordena jogando uma bomba de fumaça e escondendo-se - Diable Jambe! - a primeira coisa que faço é ativar minhas habilidades. Na verdade é o que todos fazem no momento. De repente percebo algo se aproximando de nós - afastem-se! - grito alertando todos que me obedecem - muito esperto! - ouço a voz do meu pai em seguida acionando o kaihou expandindo-o por todo o espaço de treino - o que é isso?! - Rider pergunta confuso - É uma técnica que usa ferro para criar várias estacas afiadas. Se vocês não desviaram seriam epalados por elas. Mas ainda ficamos encurralados não? - ironizo, estávamos presos entre os ferros. O Viny usa isso com maior alcance e potência. Isso vai ser complicado. Destruo as protuberâncias que me prendiam me possibilitando a saida - nuvem de combustão - James usa sua técnica para explodir tudo é liberar todos de uma vez. Assim que pisamos no chão Viny aciona as armas de tiro - Kaiten - Rider repele todas as balas com seu melhor golpe. Mas o Viny não estava a fim de facilitar as coisas então lançou as armas de eletrochoque. Matte por sua vez inibiu a eletricidade elevando as labaredas que encobria seu corpo a uma alta temperatura - Rony vamos! - Lise me puxa para frente, me deixo ser levado por ela. Todos deram passagem para nós dois terminarmos tudo. Ela usa sua telecinese para incendiar todo o local deixando meu pai sem saídas. Uso meu poder para causar tremores fazendo com que o mesmo não use suas armas mas sem querer acabo abrindo uma cratera no campo de treinamento. E mais uma vez, meu pai usa bombas de fumaça - Ele vai apelar para combate corpo a corpo? - Lise indaga irônica - isso não faz seu estilo pai - falo sorrindo - de repente algo diferente é lançado, não é uma bomba de fumaça é... veneno. - nunca subestimem seu oponente mesmo em algo que você acha que ele não domina - digo o mesmo Sensei! - James exclama já usando a fumaça de combustão novamente fazendo com que o gás venenoso neutralize. A figura de meu pai se fez visível, mesmo estava em combate com James que parecia surpreso não com a técnica mas com a atitude de seu Sensei em apelar para isso já que nunca viu o mesmo em combate corpo a corpo. James consegue uma brecha se afastando e usando sua técnica mais uma vez em conjunto com Matte que também usou sua habilidade para lançar chamas em direção ao meu pai. Ele salta e eu vou em sua direção acertando-o com o Premiere Hachi. Rider por sua vez aproveita a fraqueza de meu pai para acetá-lo com seu 68 golpes em Trigran. Meu pai tenta fugir uma vez mais, entretanto é impossibilitado por Lise que o cerca com as chamas. Ele cai com os efeitos dos golpes - o trabalho em equipe de vocês é esplêndido. Foi um grande começo, mas vamos ver amanhã - ele nos avisa entre cuspes sangue. Já era hora de parar e comer como o tempo passou rápido!
____________Hannah:
Como ela foi capaz de fazer isso?! - pergunto ainda atônita voltando ao assunto - Simples, ela é uma psicopata não tem pena de ninguém! - Carlos me responde frio voltando ao olhar vingativo - Ela fará isso de novo? - pergunto preocupada - Não sei. - ele me responde num tom desconfiado -
de repente ouço a porta abrir. Minha irmã apareceu na porta, estava sorrindo, um sorriso irônico e psicopata que ganhou mais destaque com uma mecha de seu cabelo ruivo desceu lentamente por sua testa cobrindo uma parte de seu rosto pálido - como está em seu aposento maninha? Como é seu Companheiro de quarto? Ele parece ser legal não é? - ela fala entre risos maquiavélicos. Aquilo me dava repugnância. Estava enojada da sua voz - O que você quer vadia? - Carlos pergunta com um tom de ódio - Minha irmã lhe chuta o rosto fazendo-o cair - Eu não mandei você falar lixo! - ela responde exaltada - o que você quer? - pergunto controlando a raiva enquanto ajudo Carlos a se levantar - só avisar que mais tarde nós vamos nos divertir um pouco - ela fala entre risos - prepare-se maninha hoje será o dia em que voltaremos a brincar juntas como nos velhos tempos! - a mesma tranca novamente a porta gargalhando - estou com um mal pressentimento... Hannah o que ela pretende fazer não é nada bom! - Carlos exclama preocupado - Eu sei disso, Mas não tenho para onde fugir e não posso lutar com ela na situação que estou agora. Seja lá o que ela está tramando eu não poderei fugir. Não há escape dessa vez!
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Filhos do Fogo
Science FictionUm grupo de amigos descobre que não são normais, que fazem parte de um experimento de um grupo de cientistas psicopatas para servirem como armas. Com o passar do tempo percebem que possuem habilidades fora do comum, mas que, também correm grande per...