Hoje não...

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Hoje eu te vi

Caminhar tão sereno

E ao mesmo tempo tão triste

Que até mesmo qualquer outra que não fosse eu, iria lhe reconhecer na multidão

Qual a causa da tua insônia?

Reparei teus olhos vagos,

Me diga meu bem,

Viras a noite abraçado à solidão?

O mundo lá fora desmonta as tendas verdes e suspende um mar cinza

Gaveteiros de almas-produto produzindo em massa a alienação

Aqui dentro, queima meu peito

Talvez queime o seu também

Seria o meu pranto

A sua desgraçada condição?

Eu vi você

E por pouco o medo do elevador e o cansaço dos doze lances de escada pareciam fáceis de vencer nesta ilusão.

Talvez eu lhe desse o devido afago

Te encaixar perfeitamente em meu abraço

Secar suas tristes lágrimas

Mas talvez, hoje não.

Eu  e meu caos Onde histórias criam vida. Descubra agora