Capitulo 14

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14 - “-I don’t give a fuck.” 

Eu fechei meus olhos com força, murmurando palavras incoerentes. Timing perfeito, mãe.

- Merda, merda, merda, merda! – murmurei.

Se minha mãe entrar no meu quarto e me ver no banheiro com Justin, eu estaria para lá de morta.

Com minhas mãos no peito de Justin, eu o empurrei.

- Fique aqui, não se mova ou diga uma palavra por que eu juro que vou chutar você em um lugar onde o sol não brilha se você o fizer! – o avisei, apontando um dedo para ele.

Ele riu.

- Não vou dizer uma palavra. – ele fingiu lacrar os lábios com um cadeado e jogar fora a chave. Eu revirei os olhos.

Abrindo a porta do banheiro, eu saí, dando uma última olhada em Justin antes de apagar  as luzes e fechar a porta.

- Kelsey Anne! Abra essa porta imediatamente, mocinha! – A voz chata da minha mãe atingiu meus tímpanos.

Eu revirei os olhos mentalmente antes de girar o trinco da porta principal do quarto e abri-la.

- Sim? – cuspi a pergunta.

- Não use esse tom comigo, mocinha! – lutei contra a vontade de rir da cara dela.

- Desculpe. – fingi um sorriso. – Onde estão as minhas boas maneiras? – eu uni minhas mãos, entrelaçando os dedos enquanto pendia a cabeça para o lado.

Ela balançou uma mão.

- Pare de agir como criança pelo menos uma vez, Kelsey! – Ela murmurou com aquele bendito tom dela.

Eu olhei de volta para a porta do banheiro, rezando a Deus para que Justin não fizesse nada que atraísse a atenção da minha mãe para lá.

Pisquei, olhando para ela.

- O que é, mãe? – suspirei. Eu realmente não me importava com o que ela tinha para falar.

Ela me deu outro daqueles olhares.

- O que você deseja, mamãe? – reformulei minha frase para o agrado dela.

Ela sorriu em apreciação.

- Eu vim dizer que seu pai e eu temos assuntos para tratar na igreja e podemos demorar um pouco. – Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.

Mordi o interior da minha bochecha. Meus pais iam sair, o que significa que Justin e eu estaríamos sozinhos.

- O jantar vai estar pronto antes de eu sair. Se algo der errado, você sabe os nossos números, apenas ligue. – Ela pensou se tinha mais alguma coisa para me falar. – Eu não quero convidados aqui enquanto estivermos fora. Faça seu irmão fazer o dever de casa e ir dormir.

Eu assenti, sem realmente ouvir algo do que ela dizia, mas querendo desesperadamente que ela fosse embora. Eu estava perdendo a paciência.

- Estou falando sério, Kelsey. Não quero ninguém. Você está de castigo. – ela contrapôs.

 Eu a dirigi um olhar exasperado.

- Tudo bem, mãe.

- Ok, estou confiando em você para manter sua palavra. – Ela se aproximou, me abraçando.

Estranhamente eu a abracei de volta antes de me afastar e encarar meus pés, evitando seu olhar.

Ela suspirou.

- Sabe que eu amo você, certo?

- Sim. – sussurrei – eu sei.

Assentindo, ela se virou e saiu do quarto.

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