Capitulo 62

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61 - “No one said you had to listen” 

KELSEY POV

- Kelsey! - Eu ouvi minha mãe chamar o meu nome da escada.

Franzindo as sobrancelhas, eu deixei cair o livro que eu estava lendo. - Sim - , coloquei minha cabeça para fora da porta.

- Venha aqui, seu pai gostaria falar com você. - Eu podia sentir a tensão em sua voz principalmente por como eu me sentia sobre o meu pai neste momento, mas por causa dela, eu deixei o meu ódio de lado.

- Ok, já vou descer. - Fechando minha porta, vesti uma camisola antes de abri-la novamente, caminhando para fora e descendo a escada. Descendo o último degrau, eu me virei para a esquerda para ver o meu pai de pé perto da mesa de café, ele e minha mãe sussurrando.

- Oi pai. - Eu murmurei sem jeito, sem saber se ele ainda estava chateado comigo ou não. Eu embaralhei meus pés, evitando qualquer tipo de contato visual.

- Kelsey - Ele suspirou, chocado com o fato de eu concordar em descer. - Como você está se sentindo? 

- Bem. - Eu respondi monótona. Se ele acha que eu o perdoei pelo que ele fez, ele tem outra surpresa.

- Olha, eu sei que você está com raiva de mim, mas eu gostaria de ter uma palavrinha com você.

- Ok, - Eu dei de ombros, fazendo um gesto com as mãos na direção dele. - Fale.

- Kelsey… - Minha mãe murmurou baixinho, sacudindo a cabeça suavemente, mas meu pai a cortou antes que ela tivesse a chance de dizer qualquer outra coisa.

- Está tudo bem Melissa: - Meu pai desviou o olhar para mim, olhando com tristeza para os meus olhos. - Ela tem todo o direito de ficar chateada comigo.

Eu pressionei meus lábios em uma linha firme, não tendo certeza de como reagir ao seu sossego. Eu esperava gritos ou pelo menos a sombra de uma carranca em seus lábios, mas tudo o que eu vi foi o sussurro fraco e um sorriso compreensivo.

Eu desviei o olhar, não sendo capaz de encará-lo.

- Podemos sentar e conversar? - Sentando-se, ele sinalizou com a mão esquerda para o espaço ao lado dele, querendo que eu sentasse ali, ao lado dele. Hesitei antes de assentir e caminhar até ele. Sentada a poucos centímetros de distância dele, eu juntei meus dedos no meu colo.

Minha mãe nos olhava de onde estava, a esperança brilhando em seus olhos e eu sabia que ela queria que fizéssemos as pazes.

Uma parte de mim também queria.

- O que você quer falar? - Eu murmurei, cortando o silêncio, querendo acabar com isso logo. Eu odiava ficar sentada, esperando que alguém dissesse alguma coisa.

Era um completo desperdício de tempo.

Meu pai se mexeu na cadeira, mantendo a postura precisa, enquanto ele engoliu em seco. - Eu gostaria de falar sobre a noite passada.

- Pai- eu comecei, mas logo fui cortada quando ele levantou a mão para me silenciar.

- Não, Kelsey. - Ele balançou a cabeça. - Eu tenho que colocar isso para fora.

Eu balancei a cabeça, deixando-o saber que eu estava ouvindo.

- Eu estava fora de controle. Eu nunca deveria ter colocado as mãos em você. Você é minha filha e eu te amo. Nada nunca vai mudar isso. Tomamos decisões ingénuas, mas no final do dia, eu ajudei a conceber você, você é uma parte de mim e eu não deveria ter deixado acontecer o que aconteceu… - Tristeza transbordou em seus olhos, lágrimas borrando sua visão. - Eu sinto muito. - Ele sussurrou, olhando para suas mãos.

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