Porque este livro é diferente?

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Porque trata de um aspecto do comportamento humano que
não pode ser transmitido satisfatoriamente por meras palavras - ainda
que, depois de escritas, fossem complementadas por ilustrações em
paralelo.
Tentar ler o texto sem os desenhos seria como não olhar para a
tela do cinema, apenas ouvindo as palavras dos artistas do filme.
O enredo se perderia.
E tentar olhar apenas os desenhos seria contemplar a tela com o
som desligado.
Juntos, formam uma unidade de comunicação intensa, clara,
simples - e até divertida!
Que espécie de literatura é isso?
Em relação ao tema que aborda, este livro constitui um ousado
avanço na fronteira da Informática moderna, aliando a técnica de
trabalho em grupo à criatividade "copy-art" para obter uma obra
totalmente unificada.
O tema abrange a comunicação psicossomática inconsciente do
próprio leitor - e por isso o fascina, diverte, desafia e esclarece ao
mesmo tempo!
Para tanto, foi preciso unir o psicólogo ao artista, ambos escritores
e educadores. Então o conjunto (unidade-texto-arte) de cada capítulo
era planejado em comum pelos dois autores, e o texto escrito por um,
refundido pelo outro e então testado e reexaminado em conjunto. Este
procedimento era repetido até se obter uma mensagem semântica una
com os desenhos. Estes por sua vez eram também traçados e
retraçados tanto pelo Pierre como pelo Roland, até a sua finalização
por este último.
Neste intenso trabalho de equipe, concessões mútuas tiveram de
ser feitas. O artista teve de disciplinar até certo ponto o seu estilo verbal
jocoso, o que nem sempre conseguiu. O cientista por sua vez teve,
muito a contragosto, de arriscar o seu bom conceito junto a seus
colegas.
Mas como o mostra McLuhan, a velha didática " ex-cathedra"
cedeu lugar à comunicação direta da realidade. Que estará diante dos
olhos do leitor nas páginas a seguir.

O corpo falaOnde histórias criam vida. Descubra agora