Os Mediadores

Capítulo 1

"Você deve tomar cuidado" essas palavras não saiam da minha cabeça desde o meu sonho da noite passada. Essa voz estranha havia me atormentado de tal maneira que eu sequer consegui dormir direito, o que resultou com o meu atraso na aula e uma bronca do professor.

Ao chegar na sala, acenei para meus amigos que sentavam perto de mim, Jackson, Wendy, Joy e Samuel.

Não consegui prestar muita atenção nas aulas pois estava pensando naquele sonho estranho que tanto me espantara. Logo sou despertada de meus devaneios pelo sino do colégio batendo, e me levanto rápido escondendo o mini susto que acabara de tomar.

Encontrei lá fora com Julie e Mark que estão na outra turma, e então começamos a conversar - mesmo eu tendo vontade de gritar para os dois se beijarem logo, resolvi ficar quieta pois sei como ambos são tímidos - e depois de um tempo Jackson susurrou para mim que iria tentar arranjar um encontro para Julie e Mark e que podiamos ir passear enquanto isso.

Samuel logo sugeriu:

-Podiamos ir a uma sorveteria! Amo sorvetes - falou com seus sorriso doce acompanhado das bochechinhas coradas.

-Eu passo, tô sem dinheiro hoje - falo ainda meio cansada graças a noite de sono mal dormida, me surpreendendo com a resposta do garoto.

-Eu pago para você Ilitia - Sim, meu nome é Ilitia. Segundo meus pais, significa sabedoria.

Acabei aceitando e fui junto com meus amigos até o local. Assim que chegamoa eu sentei enquanto meus Samuel pagava e as meninas foram ao banheiro. Porém eu logo escutei uma voz muito parecida com a do sonho que dizia frases estranhas como "ela está chegando, você deve se preparar" olhei ao meu redor mas não encontrei nada, quando, de repente eu senti como se tudo se apagasse e um filme começasse a çassar na minha memória. Eu apenas via muita poeira, pessoas correndo e chorando, corpos para todos os lados e muito, muito sangue. Eu notei uma mulher caida ao chão abraçada a um corpo, ela chorava e falava uma frase sem nexo...era algo como "Lucet, et ostendam tibi splendor protegit mea" eu não sei explicar o motivo, mas isso estava me deixando aflita, até que fui despertada dessa transe por meus amigos perguntando se eu estava bem. Eles afirmaram que eu estava chorando e falando em um idioma muito estranho, que eles não conseguiam compreender. Samuel me abraçou forte tentando me acalmar e as meninas fizeram o mesmo em seguida, eles estavam muito preocupados. Depois de tomarmos o sorvete fomos para casa até que algo muito estranho aconteceu.