VII - ALGUNS PRINCÍPIOS GERAIS DE EVANGELISMO

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A Bíblia nos apresenta alguns princípios que não podem ser esquecidos na vida
daqueles que primam por se envolver na evangelização. Tais princípios são fundamentais, pois nos direcionam para a execução do trabalho com eficácia.

Princípio da motivação-

• Conversão – A motivação da conversão começa com a experiência da própria conversão. Só uma pessoa que foi salva pode evangelizar alguém.

• Paixão pelas almas – O crente é de Deus e todo o mundo está no maligno (I
Jo 5.19). A paixão pelas almas acontece quando o crente vê que o mundo jaz no maligno e fará tudo para mudar essa situação.
O que nos leva a grandes empreendimentos de evangelização e missões é exatamente essa dupla convicção existente na vida da Igreja: A NOSSA POSIÇÃO ESPIRITUAL E A POSIÇÃO DO MUNDO.

Princípio da comissão - O crente, para ter segurança na evangelização, necessita ter consciência de que
é comissionado por Jesus Cristo. Ele precisa ter a convicção plena de que foi o próprio Cristo quem o enviou para evangelizar (Mc. 16. 15,16).

Princípio da capacitação - Todo crente está capacitado para evangelizar (At. 1.8)

Princípio do aprendizado - Jesus preparou os discípulos e, após tê-los discipulado, enviou-os para que fizessem o mesmo com todas as nações (Mt 28. 18-20). Além dos métodos, estratégias e técnicas de evangelização, o crente deve conhecer a mensagem e dela ter domínio, é importantíssimo para a realização de um bom trabalho, que ele se aplique ao aprendizado, ao treinamento, ao estudo, etc.

Princípio da localização do perdido a ser alcançado - A ordem é pregar a todo o mundo, contudo o Espírito Santo, por diversas razões, indica a cada crente onde está a pessoa certa a ser alcançada (Jo. 4.4; At. 8.26,27 e 16. 8-10). O evangelista em comunhão e sensível ao Espírito Santo sempre saberá a quem ir.

Princípio da mensagem evangelizante completa - No processo de toda a abordagem ou tentativa de evangelização, os seguintes elementos precisam estar presentes:

• A realidade do pecado e de que todos os homens são pecadores (Rm 3.23).

• A consequência do pecado, gerando morte nos homens – Morte física e morte eterna, condenação eterna - separação de Deus na eternidade - (Rm 6.23).

• O amor de Deus para com o homem perdido impetrando um plano de Salvação através de Jesus Cristo (Jo 3.16).

• A indicação da providência do ser humano para apropriar-se da salvação, arrepender-se e crer (Rm 10.9).

No contexto da mensagem evangelizante completa, pelo menos esses quatro pontos, necessariamente, devem estar presentes em qualquer conversa evangelística ou sermão evangelístico.

Princípio da oportunidade da abordagem - A evangelização se inicia onde a pessoa está em sua atividade normal. Ex: a
mulher samaritana (Jo 4), Felipe e o Eunuco (At. 8.26...) , e outros. Deve-se falar a tempo.

 Princípio da adequação da mensagem ao contexto de cada evangelizando - É preciso que se apresente a mensagem dentro do contexto e numa linguagem
adequada à pessoa que se quer evangelizar. Isso será fundamental para a compreensão da mesma.
Ex: A agricultores, Jesus falou do semeador (Mc 4); a pastores, Jesus falou de rebanho e ovelhas (Lc 15.1-7), e outros exemplos bíblicos.

Princípio do apelo - Toda pessoa que ouvir a exposição do evangelho, precisa ser conclamada a
tomar uma decisão. Em Atos 2.14-36, Pedro apelava em sua grande mensagem:
“Salvai-vos desta geração perversa” (At. 2.40). Em Atos 3.19, ele faz outro apelo, em II Co 5.20, Paulo também apelava. O apelo é importantíssimo para a complementação da experiência.

Princípio da responsabilidade do crente - Uma vez cientes da diferença que existe entre pregar e evangelizar, a tarefa de
pregar pode ser de alguns vocacionados, mas a tarefa de testemunhar de Cristo é de todos os crentes.
Todos podem contar aos outros quem é Jesus e como foi que Cristo o salvou (At
8.4-11, 19,20).

Princípio da integração ao corpo de Cristo - Aquele que creu no Senhor Jesus precisa ser integrado à igreja (Corpo de
Cristo), para haver desenvolvimento do seu crescimento espiritual (Ef. 4. 10-16). No dia de pentecostes, cerca de 3.000 pessoas foram “agregadas” em igrejas (At. 2.410). Paulo teve a ajuda de Barnabé para ser integrado à Igreja de Jerusalém (At 9.26-28). Faz parte da integração, o batismo pelo qual a pessoa que teve um encontro real com Cristo, publicamente, declara ser seguidora de Jesus, tornando-se membro da igreja local. Em uma igreja pequena, esse processo não é difícil, contudo, numa grande igreja, em grandes centros urbanos, se faz necessário um elaborado programa de integração.

Princípio do crescimento espiritual - Aquele que aceita a Cristo como Salvador pessoal, precisa crescer
espiritualmente. Se uma pessoa apenas se converte e não é instruída ao crescimento espiritual, sua vida cristã será deficiente. Pedro nos fala sobre isso em II Pe 2.2.

                   Conclusão:

Precisamos analisar esses princípios e aplicá-los de acordo com a situação e
contexto local. É dessa forma que resultados satisfatórios serão obtidos para honra e glória do Senhor.

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