Voltei a ir para a escola, eu estava animada, mas não foi tudo tão bom. Cheguei e me sentei na última carteira, o professor pediu para me apresentar, mas neguei e disse que ao longo do ano todos me conheceriam, ele aceitou e começou a aula. A hora até passou rápido e quando percebi já estavamos no recreio.
Alguns meninos da minha sala souberam que minha mãe havia morrido, sim, foram minhas primas que falaram. Então eles começaram a implicar comigo:
- Olha lá galera, a orfãnzinha, filha de um assassino voltou! Hahaha - disse um dos garotos
- Pode crê, olha la a cara de idiota que ela tem! Hahaha gorda assim ninguém vai querer andar com ela- completou o outro
Corri pro banheiro, e fiquei la até a hora de voltar pra sala, quando voltei o professor chegou junto comigo, e perguntou se eu estava bem. Falei que sim, afinal, não quero dar problemas tão cedo.
Sentei-me no mesmo lugar, 30 minutos depois de começar a aula alguém largou um bilhete em minha mesa, peguei-o e abri . La estava escrito:Balofa! Você tem cara de idiota! Ninguém aqui gosta de você filha de assassino não é bem vinda aqui! Sua mãe deve ter agradecido morrer! Ninguém aguenta olhar essa sua cara VADIA!
não pude conter o choro, abaixei a cabeça e chorei baixinho, ninguém percebeu, ao não ser os meninos que implicam comigo, eles começaram a rir.
Deu o horário e fui embora, sai da escola e fui seguindo o caminho até minha casa, "já esta escurecendo" pensei. De repente senti alguém me empurrar, cai no chão e olhei para a pessoa, era um dos meninos, e todos os outros estavam atrás. Eles começaram a me bater, não entendi porquê eles estavam fazendo aquilo. Apenas chorei enquanto me batiam, pensava só que queria morrer.
Eles pararam e me deixaram jogada no meio da estrada, eu nem conseguia me levantar. De repente senti alguém chegando perto de mim, chorei mais achando que eram eles de novo. Mas era só Klaus, ele me levou para casa e me cuidou. Fez um jantar para nós, e depois foi embora.
Ele não falou nada comigo, quando ele saiu peguei meu celular e fui ver minhas redes sociais. 30 minutos depois, vi um post que me chamou atenção, era uma garota ela postou uma foto com seus pulsos cortados, na legenda ela colocou: " por mais que me critiquem preciso dos cortes para continuar vivendo! Eles aliviam minha dor psicológica..."
Desliguei o celular e fui tomar banho, eu estava pensando se era verdade que os cortes ajudam. Eu estava muito mal, com tudo oque me falaram.
Peguei uma lâmina e fui até o banheiro, fiz um pequeno corte em meu pulso, logo começou a sangrar, no começo doeu mas depois me senti melhor, fiz mais alguns limpei o sangue tomei meu banho e fui me deitar.
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Os Porquês
Teen FictionVou contar a vocês sobre minha vida, ou melhor, porque ela acabou. Meu nome é Vallentina, tenho 15 anos e uma longa história de dor e sofrimento...