Os Porquês

Mais Um Dia De Sofrimento

Hoje acordei cedo, mas não queria sair da cama, odeio aquela escola, odeio todos que estudam lá. Eu não aguento mais, cada dia que passa a vontade de morrer aumenta. Agora intendo muito bem como a vida é, e pode ter certeza que a minha é horrível. Depois de tudo oque aconteceu comigo percebi que a frase "Todos os monstros são humanos" faz muito sentido. Antes eu pensava que as pessoas eram boas, e que sempre nos ajudariam, mas vi que não é assim.
Desde a morte de minha mãe, tudo tem ido mal, agora eu passei a odiar meu pai, e não quero nem saber da existência dele, não falei mais com Klaus, e os garotos da escola continuam me á encomodar, eu até tentei conversar com um professor sobre oque os garotos falam, mas desisti depois que ele começou a passar a mão em minha perna.
Klaus está bravo comigo desde que viu um de meus cortes, ele falou para mim parar, mas não consegui, isso é viciante. E eu aconselho a você caro leitor, nunca faça o primeiro corte! Depois do primeiro você nunca mais consegue parar.
Cheguei na escola e todos começaram a rir de mim, não entendi porquê então continuei andando pela escola até chegar na sala. Percebi que haviam vários papeis nas paredes da escola, quando li não acreditei, no papel havia uma foto minha e logo abaixo estava escrito:
MEU NOME É VALLENTYNA BOCA DE VELUDO, PAGO BOTEQUE DE GRAÇA, SOU PUTA ASSUMIDA, PARA CONTRATAR É SÓ ME CHAMAR

Com raiva comecei a arrancar todos os papéis espalhados pela escola.
Nem entrei pra sala, simplesmente peguei minhas coisas e fui embora, eu não aguentaria ficar mais nem um segundo perto daqueles monstros.
Quando cheguei em casa Klaus veio correndo atrás de mim, perguntando por que voltei cedo. Expliquei tudo oque aconteceu e ele me acalmou, tomei um banho e comecei a me cortar. Só isso me alivia, atualmente considero as lâminas minhas melhores amigas. Cortei meus pulsos e minhas pernas, limpei o sangue e fui dormir. Eu estava exausta.