Juntos pelo acaso

10-Serviço social

No dia seguinte...
 
Pov's Elsa
 
Minha cabeça doía muito e minha garganta estava seca.
 
Demorou um pouco, mas eu abri os olhos.
 
Arregalei os olhos ao ver onde eu estava.
 
Que merda é essa? O que eu tô fazendo debaixo da cama?
 
Saí debaixo da cama e olhei ao redor.
 
Espera aí... eu me lembro de ter estado na cozinha bebendo e depois disso, nada.
 
Arregalei os olhos.
 
Meu Deus. Quais foram as barbaridades que eu fiz ontem?
 
Pov's Jack
 
Eu estava na cozinha dando comida para Ali quando avisto Elsa entrando na cozinha com "aquela" cara de ressaca.
 
— Bom dia. - sorri.
 
Ela me encarou.
 
— O que eu fiz? - perguntou.
 
— O que? - fiz careta.
 
— Quais foram as coisas que eu fiz ontem? Eu não lembro de nada quando estava bêbada. - respondeu.
 
Sorri de lado.
 
— A lista tá na geladeira. - respondi.
 
Ela andou até a geladeira retirando o papel.
 
Dei mais uma colherada de mingau pra Alice enquanto Elsa lia a lista.
 
Ela me encarou de olhos arregalados.
 
— Eu fiz tudo isso? - sussurrou num tom chocado.
 
Soltei uma risada.
 
— Eu gostaria de ter filmado. - declarei.
 
— Mas que coisas horripilantes, ainda bem que eu não lembro de nada! - esbravejou. - Os únicos que eu gostei daqui foi o 2, 4, 6 e 8.
 
Me morder, tentar me cegar com água sanitária, fazer sinal de leso pra mim e me xingar de tudo o que não prestava...
 
Sorri irônico.
 
— Engraçadinha. - respondi.
 
Ela soltou um suspiro.
 
— Vou trabalhar. - declarou antes de sair da cozinha.
 
(...)
 
Pov's Elsa
 
Entrei na confeitaria.
 
— Nossa! Que cara é essa? - perguntou Punzi preocupada quando me viu.
 
— Eu sei o que é, é cara de ressaca. - riu Seeylfe. - Encheu a cara ontem não foi, Elsa?
 
— Tenho tanta coisa pra falar. - confessei. - Quando cheguei lá para a consulta da Alice, dou de cara com Hans, que é médico dela!
 
— Pelo amor de Thor, você ainda se deu bem! - esbravejou surpresa.
 
— Pois é. Eu estava muito aflita e estressada que ele disse que eu devia beber um pouco pra relaxar. - expliquei. - Só que eu não bebi pouco, eu bebi muito e fiz muitas barbaridades ontem!
 
— Como você sabe disso? - questionou minha prima.
 
Vasculhei minha bolsa e entreguei pra ela a lista.
 
— O Frost anotou tudo o que eu fiz quando estava bêbada. - respondi.
 
Punzi chocada, depois que terminou de ler, entregou para Seeylfe.
 
Quando terminou, a ruiva gargalhou com vontade.
 
— Acho que a minha favorita é o 9. - confessou. - Entrar debaixo da cama pra ver se o bicho papão ia te pegar? Fala sério!
 
— Ainda bem que eu não me lembro disso. - resmunguei. - Nem de nada do que aconteceu.
 
(...)
 
De noite...
 
Me joguei no sofá fechando os olhos.
 
— Teve um dia cheio?
 
Abri os olhos vendo Jack em pé do meu lado.
 
— Pode pegar uma aspirina pra mim, por favor? - perguntei.
 
Ele assentiu antes de se afastar.
 
Suspirei subindo meu olhar pro teto.
 
Ouvi a campainha tocar.
 
Levantei do sofá e andei até a porta, abrindo-a.
 
Era mulher de cachos ruivos e olhos verdes água.
 
— Olá, sou Merida Dunbrooch. - declarou. - Sou do serviço social, vim conversar sobre a Alice.
 
Arregalei os olhos.
 
— Parece estar surpresa. Disseram a vocês que eu faria visitas sem avisar? - perguntou.
 
— Avisaram sim, mas eu acabei me esquecendo. - respondi. - Entre, por favor. - pedi dando passagem.
 
Ela entrou olhando ao redor.
 
— A casa da sua irmã é linda. - comentou.
 
Arqueei uma sobrancelha.
 
— Como você sabe que é da minha irmã? - questionei.
 
— Eu li sobre todo o caso Srta. Snow, inclusive sei do fato de você e Jack não serem casados. - relatou.
 
— Ata. - respondi. - Me chame apenas de Elsa.
 
— Então me chame de Merida. - sorriu.
 
— Oh Snow! Tá aqui a sua... - Jack parou de falar quando viu Merida. - Oi... - sorriu torto.
 
Revirei os olhos.
 
— Jack, essa é a Merida, ela é da assistência social. - respondi lhe lançando um olhar repreendedor.
 
Ele arregalou os olhos.
 
— Ah, como vai. - disse ele apertando a mão de Merida.
 
— Prazer Sr. Frost. - declarou ela. - Então, onde está a pequena Alice?
 
— Dormindo. - respondi.
 
— Ótimo, nossa conversa ficará mais fácil sem interrupções. - alertou.
 
(...)
 
Eu e Jack estávamos na sala de estar, sentados no sofá em frente à Merida, que estava sentada no outro sofá.
 
— Então, como está indo? Essa situação sem sua irmã por perto e você ter que cuidar da filha dela com uma pessoa que não tem nenhum relacionamento? - começou ela.
 
— Bom, eu sinto muita saudade da Anna, ela não era só minha irmã, mas também minha melhor amiga. Foi muito triste o que aconteceu com ela e Kristoff, mas a responsabilidade que ela me deu para cuidar da filha dela é uma honra. - confessei. - Foi difícil pra mim, pois não planejava ter filhos tão cedo, mas eu amo Alice e ela é minha filha agora. Jack também foi escolhido pela a minha irmã e se ela confiava nele, eu também confio.
 
Jack me olhou pelo o canto do olho com um pingo de choque.
 
— Entendo. - disse Merida. - E você Jack? Como foi quando Alice se tornou sua filha?
 
Por favor, responda direito.
 
— Bom, não foi fácil. Eu ganho o suficiente pra mim mesmo, mas graças à Elsa, nós não tivemos dificuldade em relação para cuidar de Alice. Kristoff e Anna eram meus melhores amigos e vou cuidar da filha deles para honrá-los. - declarou ele.
 
Agora quem ficou chocada fui eu.
 
— É, mas o que me preocupa é quando um de vocês dois se casarem, como vai ficar Alice? - questionou Merida.
 
Arregalei os olhos.
 
Meu Deus. Eu não tinha pensado nisso.
 
— Comigo não precisa se preocupar, pois isso nunca vai acontecer comigo. - declarou Jack dando de ombros.
 
Merida me encarou aguardando minha resposta.
 
— Bom, eu estou interessada em alguém. - comentei lembrando de Hans.
 
— É disso que eu estou falando. - alertou. - O que vão fazer?
 
— Calma aí, estou interessada em alguém, mas nem é um relacionamento que eu comecei! - esbravejei.
 
— Mas esse dia vai chegar Elsa e eu quero saber o que vão fazer. - afirmou ela num tom de preocupação. - Afinal, o mais importante de tudo, é a Alice.