Toma vergonha nessa cara caloteira

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Todas as sextas-feiras eu vou para o bar beber uma cachacinha.
Hoje, porém, eu combinei de sair com a Scarlate, uma mulher incrível, cheirosa, magra e sorridente.
No entanto, eu refleti:
"Ela é uma mulher de verdade".
A minha alma goza de felidade, um gozo diferente, particulamente falando é inusitado, não é carnal, eu não sei mas eu acho que eu estou amando.

Eu fui para o espelho do quarto e me vi, estou feliz, fiz umas caretas de bobão e sorri, eu estou pra cima, cheio de vitalidade e saúde, te quero delicinha.

Fiquei de pega-lá no seu trabalho em um Shopping, ela é balconita de farmácia, uma mulher simples do interior do Paraná.

Eu paro o meu companheiro de batalhas, um del-rey 87, automático, na frente do shopping Curitiba.

Scarlate se aproxima rapidamente, e por azar começou chover, meu carro nao combina com a chuva.

Eu disse:

" Rápido ou você vai ficar molhadinha".

Ela riu e enxugou os seus cabelos no meu paletó e disse para sair de pressa do shopping porque estava muito cansada.

Respondi:
"Você que manda madame".

Dei partida no carro,

Eu sorri, e ela sacou algo de malícia no ar, mesmo assim, continuei liberar orgasmos de amor.

Scarlate disse que está passando muita dificuldade financeira, se ela soubesse como está a minha vida econômica, ela chora até ficar desidratada.

Perguntei:

"A madame está mal?"
"Sim, bastante mal"
"Você quer uma solução? "
"Sim, voce pode me emprestar 50 Reais?"

Puta que pariu, eu pensando que ela queria ir pra minha casa transar, a garota me pede 50 pila, quebrou o atleta no meio.
Imediatamente abri a carteira, Putz, a última nota do mês, o dinheiro da ração do meu gato, do café, da gasolina e da dose de cachaça.

Respondi:

"Está aqui o 50 Reais"

Ela ficou surpresa e pediu pra parar o carro no posto de gasolina Shell do São Francisco.

Perguntei:

" Você não vai em casa comigo?

Ela responde:

"Sim, outro dia".

Respondi:
" voce que manda"

Eu paro o carro no posto, eu estou sem graça pra caraleo
Ela desceu e foi direto para uma camionete F-250, tropicampo, turbinada.

Gritei:

"Filha da pulta"

A malandra me enganou e mal ela sabe que a ultima nota é falsa.

Saí do posto de gasolina e segui direto para o bar na Av: Mateus leme e decepcionado com o tal episódio, a vagabunda levou a minha nota falsa, a gasolina, o meu tempo, rasgou o meu coração, enfim, eu peidei pra encerrar o conto.

VicenteOnde histórias criam vida. Descubra agora