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The incredibly expensive building

O dia na delegacia passou rápido, pois ainda não havíamos recebido um caso grande.
Como éramos a principal delegacia de Seoul, não demoraria para chegar um caso interessante.
O sol desaparecia a medida que os minutos iam passando, até que, quando o céu ficou escuro, peguei minha bolsa e arquivos que tinha de estudar, e me direcionei a saída do local.
A delegacia era relativamente grande, com um espaçoso estacionamento, onde se encontravam 3 viaturas, 4 motos da polícia, e um carro aleatório, que provavelmente era de algum idiota que havia o deixado nas vagas reservadas especialmente para polícia.

" Esse carro vai sair daqui arranhado." Eu pensei alto. As viaturas, por saírem na pressa, não se importariam em destruir esse carro. Pois além de estar nas vagas da polícia, estava muito mal estacionado, ocupando quase duas vagas.

Sai do caminho de todos ao entrar no meu carro, estacionado perfeitamente na vaga reservada especialmente para mim.
Liguei o carro, e quando dirigi o pé ao acelerador, Lisa abriu a porta do Audi e sentou no banco do carona.

"Lisa? Mas o que?" Ela começou a mexer no celular.

"Lisa, por que está dentro do meu carro?"

Ela colocou o celular na minha frente e mostrou um GPS.
"Dirija."

"Olha! A princesa fala!"

"O que eu te pedi pra fazer?"

"Está bem!" Falei, batendo a mão no volante.

Dirigi cerca de 10 minutos em silêncio, até um prédio luxuoso, com a parte externa toda em vidro, a portaria com detalhes em pedras brilhosas e colunas de mármore.

"Uau, que lugar é esse?"
Lisa pegou minha mão e me puxou até a entrada. Apenas a segui, e a vi cumprimentar o porteiro.
Ela seguiu pelo grande corredor, com vários elevadores e chamou um deles aleatoriamente.
Antes que eu pudesse contestar, ela me envolveu em um beijo. Andamos até o elevador, e a ruiva apertou o 17 andar, que era o último andar.
Do térreo até o seu apartamento, era uma viagem de 3 minutos, foram suficientes para o meu corpo começar a esquentar.
Eu sabia o que significava aquela sensação.
A porta do elevador se abriu e fui puxada rapidamente para o apartamento espaçoso. Senti meu corpo envolvido pelos braços de Lisa, que tirou minha blusa.

"Aí!" Falei ao sentir um baque no meu dedinho do pé.

"O que houve?"

"Bati meu dedo." Falei, segurando o pobre dedinho machucado.

"Consegue andar?"

"Não sei, mas foda-se."

Ela riu, e eu caminhei até ela do jeito mais sensual que consegui, apesar da dor.
Tirei sua blusa e caminhei até o sofá, a trazendo levemente pelo braço. Seu toque me causava arrepios.
Impaciente, Lisa me empurrou, me fazendo deitar suavemente no sofá estofado, de tecido acinzentado. Ela subiu encima de mim e deu início ao melhor beijo que já havia recebido na minha vida.

"Você-ah, não acha que deveríam-mos ir mais devagar?"

"Por que, está com medo Rose?" Ela falou parando.

"Não, só... sinto que não deveríamos... apressar as coisas, entende?"

"Entendo. Então você quer, amhn, me conhecer melhor? É isso?"

"Eu acho, o que você pensa disso?"

"Por mim tudo bem." Desconfortável. Notavelmente desconfortável.
Ela se levantou do sofá, e foi em direção a cozinha. Em questão de instantes, ela voltou com uma garrafa de vinho tinto e duas taças.

"Vamos nos conhecer melhor então" Lisa falou enchendo parte das duas taças, me entregando uma delas.

"O que te fez querer virar agente policial?" Ela me pergunta, tranquila.

"Meu pai foi assassinado há 5 anos. O assassino não foi preso por falta de provas. Quero me assegurar que isso não acontecerá novamente." Eu falei, olhando-a nos olhos, bebericando o vinho.
Não derramei alguma lágrima, ou expressei sentimento. Superei a morte do meu pai há muito tempo. Tudo o que me restou foi sentimento de vingança. Vou achar o bastardo não importa o que aconteça.

"E você? O que te fez tornar policial?" Perguntei, dando o último gole no vinho que restava na taça de cristal.

Segurei a garrafa e coloquei, com cuidado, um pouco mais do Cabernet em minha taça.

"Eu? Eu gosto da adrenalina. Não tenho um motivo especial. Na verdade, isso é totalmente o oposto do que eu queria. Queria ser o que a polícia luta para dizimar. Queria ser uma criminosa." Ela falou rindo nasalmente.
"É engraçado dizer isso. Considerado que, no momento, amo o que faço. Mas para mim, teria sido muito mais propício ter seguido os passos de minha mãe. Confesso que as vezes tenho vontade de entregar meu distintivo e roubar um banco ou coisa do tipo, mas vai contra os meus princípios."
Ela riu novamente, e eu acompanhei. Era estranho ouvir que o sonho de uma policial, era ser uma criminosa. Mas todos já tivemos essa vontade. Não é?
"Como seu pai morreu?" Ela me perguntou, ousadamente. Nunca ninguém havia me perguntado isso por medo da minha reação. Ela seria a primeira.
"Foi morto ao reagir a um assalto. É uma história engraçada. Ele se recusou a entregar um relógio que a minha mãe havia dado a ele. O bandido se irritou e meteu bala na testa do meu pai." Eu falei rindo nasalmente, encarando seus olhos.
Ela me lançou um olhar de pena, mas logo se transformou em um sorriso divertido.
"Vamos dançar."

"O que?"

"Vamos dançar, Park Chaeyoung.
"
"Que música dançaremos?

"Qualquer uma que escolher." Ela falou me lançando um sorriso, puxando minhas mãos para fora do sofá, me entregando seu celular, que estava aberto em um aplicativo de músicas.

Escolhi a música Machika- Jeon, H balvin e Anitta, pois tinha um ritmo animado, e estava afim de dançar até que meu peito doesse.
O ritmo começou a tocar, e começamos a dançar timidamente.
A medida que a música ia passando, iam se esvaindo todos os problemas e estresses passados durante o dia através de movimentos aleatórios e goles de vinho.
Eu amava isto.

As músicas tocavam e a intensidade da dança ia diminuindo até que, exaustas, nos deitamos no tapete, ofegantes.

"Obrigada, Lisa."

"Não há de que, Rose."

E dormimos ali mesmo, no tapete da sala de Lisa.

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Foi isso pessoal! Obrigado por lerem!
Não esqueçam de deixar o seu voto!
Até o próximo capítulo!
Amuh vcs 💛

working; {chaelisa} HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora