Capítulo 3- gravidez

11 2 0
                                    


Naquele dia Carlos não voltou.

Pesquisei na Internet como fazer comida, até consegui mas tive que comer sozinha, percebi que deixei a carne dura e o arroz muito salgado, o macarrão talvez ficou colado.

Gostei apenas do suco de frutas, o esperei e ele só surgiu doze da noite, novamente com cheiro de bebida e a roupa toda amarrotada, passou pela sala sem dizer nada.

E foi assim durante duas semanas seguidas.

Eu me senti mau acabei caindo na cozinha enquanto limpava o chão, fiquei preocupada porque sangrei a manhã inteira e senti dor muito forte na barriga, na noite quando Carlos chegou tentei conversar com ele mas ele gritou dizendo que estava cansado.

Pela manhã do outro dia depois da queda vi que a cama estava suja de sangue, eu tinha imaginado que já tinha passado então acreditei que poderia ser minha menstruação mas nunca havia sentido tanta dor como estava sentindo de novo.

E hoje não consegui sequer fazer nada porque estava zonza, não conseguia fazer muita coisa e aquele sangramento estava me deixando fraca junto a aquela dor.

Carlos me surpreendeu chegando na hora do almoço, escutei ele me chamar mas estava muito cansada para levantar da cama.

— patrícia você não fez nada, estou com fome.— ele adentrou o quarto abrindo as janelas clareando tudo, me fazendo fechar os olhos.

— eu estou cansada.— falei cobrindo o rosto com o lençol.

— cansada de que?— ele retirou o pano do meu rosto.

— quero tentar dormir, a dois dias estou sem consegui.

— porque? Saía debaixo desse lençol.— ele puxou o lençol todo, vi mais uma vez que havia sujado o pano da cama.

— eu tentei limpar a casa, mas na cozinha eu me escorreguei porque tinha muito sabão eu caí e desmaiei, quando acordei estava sentindo uma dor forte na barriga e sangrando. Já faz três dias eu pensei que fosse apenas a menstruação mas é muito forte e também, muito dolorido.— Carlos me observou toda.

— me Deus porque não me disse antes? Você é louca? Você não pode menstruar porque está grávida. Ou você perdeu o bebê na queda?

— eu tentei falar mas você disse que não queria ouvir nada muito menos minha voz porque estava cansado.— respondi fraco.

— você precisa ir ao hospital.

Acabei dormindo profundamente.

Quando acordei eu estava deitada em uma cama de um quarto de hospital, vi meus pais e Carlos conversarem próximo a mim.

— então ela perdeu?— ouvi minha mãe perguntar.

— sim.— Carlos respondeu.

— você é... você é o pior homem que eu poderia escolher para a minha filha, não consegue sequer dar um filho a ela.

— não foi minha culpa, a culpa é dela que não serve para nada, não serve na cama, não serve em casa e muito menos pra me dar um filho. E eu infelizmente preciso da droga de um filho pra conseguir a bolada toda.

— vocês são uns monstros, sinto pena da minha filha.

— mamãe!— sentei sobre a cama ainda um pouco confusa.— porque você disse aquilo tudo Carlos?

— que merda é a verdade patrícia, você não me satisfaz em nada. Outra coisa que vocês precisavam saber, me enganaram dizendo que ela era virgem porquê o Theodoro se aproveitou dela.

Ódio & Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora