capítulo 2

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Do outro lado da rua estava Alyson e o garoto novo, Daniels.

Fiquei chocada já que Alyson e Henrique Will eram namorados.

Mas aquilo não era problema meu, então continuei meu caminho.

Cerca de uma hora de caminhada enfim cheguei em casa.

Estava cansada então fui direto para meu quarto tomar um banho quente.

Me despir e entrei embaixo do chuveiro me entregando aquela sensação boa da água quente correndo sobre meu corpo

Mais tarde desci para almoçar, minha mãe havia feito lasanha.

Minha comida preferida.

---Como foi a escola?--Perguntou colocando um prato sobre a mesa.

---Foi como todos os outros dias mãe, e o pai não chegou ainda?---Perguntei depositando um pedaço da lasanha em meu prato.

---Ele teve um compromisso de última hora--Respondeu minha mãe.

Quando eu ia colocando um pedaço grande da lasanha na boca a campainha tocou.

Fiz sinal de que ia levantar, mas minha mãe saiu primeiro para atender.

Da cozinha dava para vê a sala e por tanto quem estava na porta.

Era uma mulher alta, imponete e muito, mais muito branca ela me lembrava alguém, mas não reconhecir até ela se apresentar.

---Prazer meu nove é Morgana Backer, estou me mudando para o bairro com minha familia..----Não prestei mas atenção no que ela falava pois estava me curando do choque de que meu novo vizinho séria Daniels.

Perdir até o apetite, deixei a mesa e subir para meu quarto.

Me joguei na cama, abrir minha mochila e peguei meu caderno de desenhos para terminar meu último rascunho.

Quando a minha psicóloga falou que seria bom eu desenhar para esboçar meus sentimentos não imaginei que ficaria tão boa.

Nesse momento minha mãe entrou no quarto interrompendo minha imaginaçao.

Coloquei o caderno sobre a cama, para dar total atenção a minha mãe que estava parada, apoiada a porta.

---Filha por quê não vai dar boas vindas ao nossos novos vizinhos?--Perguntou minha mãe.

---E por quê faria isso?--Rebati.

---Porque seria muito educado de nossa parte!---Respondeu. Bufei e respondi:

---Tudo bem, mais tarde passarei lá.---Fazia de tudo para agradar minha mãe e meu pai. Eles tinham sofrido muito com a morte de Melissa. Não mereciam uma filha desobediente.

---Obrigada filha. Vou preparar uma torta de morangos para levar.---Falou deixando o quarto sorridente.

Por mais que eu não estivesse afim de ir minha curiosidade de conhecer meus novos vizinhos era maior.

Desci para ajudar minha mãe a fazer a torta de morangos, uma de suas especialidades.

Quando terminamos de asa-la a torta havia ficado linda.

Sorrir para minha mãe que estava orgulhosa de si mesma.

[...]

Dei três leves batidas na porta e esperei pacientemente alguém vim me atender.

---Pós não?---Indagou um homem alto de presença forte. Imaginei que aquele era o pai de Daniels, ele era ainda mais pálido que os outros.

---Bom, em nome da minha familia vim da boas vindas ao bairro.---Falei timida sem tirar meus olhos das suas iris verdes acinzentadas.

---Isso é muito gentil de sua parte mocinha.---Falou. Estendi a torta que truxe comigo, o homem cujo nome desconhecia pareceu meio perdido com o ato.

---Minha mãe fez esta torta para vocês.---Falei.

---Aah, muito obrigada.---Nesse momento um impala preto 67 chegou na garagem tocando um rock clássico.

Eu entendia um pouco de carro porque meu pai trabalhou como mecânico na oficina do vovó.

Ele era um apaixonado por carro e mesmo não tendo um filho homem não se importou em passar todo seu conhecimento para Melissa e eu.

Passavamos horas na oficina do vovó, mas quando o local fechou as coisas mudaram, meu avó foi para um asilo onde morreu três anos mais tarde, e meu pai entrou no ramo de advocacia.

Sairam do carro Danils, que dirigia e Henrique Will que estava no carona.

Senti nojo quando pensei no que vi mais cedo. Daniels estava aos beijos com Alyson e agora estar com seu namorado.

---Olha quem está aqui; a nerd esquisita da escola.---Henrique Falou debochando.

Queria falar o que ele era: Corno

Mas me sentiria mal por fazer isso depois.

---Bom eu já estava de saida senhor Back.----Falei me apresando para da o fora dali.

Estava tão desconfortável que sair tropeçando em meus próprios pés e só me dei conta de que havia caido quando sentir o chão em meu rosto.

Ouvi gargalhadas altas.

Me ageitei para levantar quando vi uma mão se estender em minha frente.

Olhei para cima e vi o mais lindo sorriso que um ser humano poderia dar.

---Você está bem?---Perguntou Daniels.

---Sim, acho.---Respondi pegando sua mão que estava fria.

Olhei rapidamente em direção ao céu, e vi o sol brilhando em seu expledor e pensei como que ele estava tão frio se o dia estava tão quente.

Voltei minha atenção para Daniels que estava próximo a mim.

Pela primeira vez vi seu rosto de perto e observei cada detalhe daquela face incrivelmente perfeito.

Seus olhos eram de um verde estridente e no fundo deles haviam escuridão, perigo.

Por um momento aquilo me excitou.

Não era do meu fetil. Sempre fui uma garota de bons modos, resevada, e fechada em meu próprio mundo.

A morte da minha irmã fez com que eu criasse barreiras em volta de mim e em menos de 24 horas aquele garoto havia derrubado todas.

---E ai Danils, vamos fazer aquele negócio ou vai ficar de love com a esquisita.---Disse Guilheme cortando qualquer tipo de clima que poderia ter se instalo naquele momento.

---Sai fora, meu tipo de garota é outra...Você sabe com um corpo de mulher.----Daniels falou me olhando de cima a baixo.

Me sentir uma imbecil e sem perder mais minha dignidade sair dali.

Entrei e fui em direção a escada para chegar ao meu quarto.

Minha mãe estava na sala assistindo "Master chef", quando me viu chegar.

---O que foi filha?---Perguntou.

---Agora não mãe!---Falei subindo a escada de dois em dois degraus.

Bati a porta atrás de mim e pulei sobre a cama quase chorando.

No meu quarto havia um espelho grande.

Me levantei e fiquei de pé em frente a ele.

Observei cada detalhe daquele corpo que era escondido por roupas largas.

Lágrimas rolaram meu rosto, mas então pensei: essa sou eu Lucinda grimes, uma garota que perdeu sua irmã que luta para se encaixar em uma sociedade, que estuda para ter um futuro, que vence todos os dias o mundo.

Sorri ao perceber que eu era mais do que a opinião formada de alguém que nem me conhecia.

Realmente eu não me cuidava. Mas não iria mudar por conta de um comentário de um garoto que mal conhecia!

Ou ia?

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