Capítulo 5

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No dia seguinte cheguei a escola um tanto atrasada, mas a tempo da primeira aula.

Percebi que Duda não estava na classe, nem Daniels. (Não que eu estivesse esperando ve-lo)

---Bom dia classe!---O professor havia chegado na sala.---Hoje vamos apreder...---Não conseguir acompanhar nenhuma das aulas seguintes.

Na saida recebi uma mensagem de Duda.."Amiga desculpa não ter aparecido na aula, estava com uma baita ressaca de ontem".

Imaginei que Daniels não foi pelo mesmo motivo.

Respondi com um emoji aleatório e fui para casa.

Ao descer do ónibus uma voz grave me chamou.

---Ei mocinha!--Virei.---Sabe onde meu filho possa está??

Fiquei ali parada sem reação com a pergunta.

---Desculpa, mas não sei onde seu filho possa está.---Falei dando de costas e entrando em casa.

[...]

Almocei e fui na biblioteca do bairro pegar algo para me destrair.

Na volta passei na casa da Duda, para saber como estava.

Três batidas na porta e seu padastro me atende.

Eu sempre tive medo daquele homem, ele era alcoólatra e fedia.

---Olha como você está grande Luci!---Falou me olhando de cima a baixo.

---A Duda está? ?

---Aquela mal criada está no quarto.---Subir as escadas correndo para sair de sua visão o mais rápido possível.

Entrei sem bater.

---Luci!--Disse Duda com um breve sorriso.

---Oii, vim ver como está.--Falei sentando ao lado de sua cama bagunçada.

---Estou ótima, nunca me sentir tão viva e entorpecida ão mesmo tempo!--Ela falava com uma empogaçao que transparecia em seus olhos castanhos claros.

---Pelo visto a noite foi boa.

---Foi ótima amiga.

Ficamos em silêncio.

---O pai do Daniels está procurando ele, você sabe onde ele possa está? ---Perguntei quebrando aquele silêncio.

---Eu queria que ele estivesse no meu corpo novamente!---Disse sem exitaçao.

Sentir estantaneamente uma forte queimação no meu corpo, meu coração acelerou e por um breve tempo sentir falta de ar em meus pulmão.

---Então vocês transaram??---Perguntei com euforia.

---Quem me dera ter transado com aquele garoto maravilhoso.

---Então por que disse aquilo?

---Pra ver sua reação!---Disse gargalhando.

---Isso não tem graça.---Falei levantando.

Passei mais algumas horas com ela, até perceber que já era tarde.

--Boa noite mãe.---Ela estava sentada no sofá esperando meu pai como sempre.

---Onde a senhorita estava?

---Depois da biblioteca fui na casa da Duda mãe, e não sei por que tanta preocupação já tenho quase 18 anos.

---Você pode ter 50, eu ainda continuarei me preocupando com você filha.

Sorri com suas palavras e subir para tomar um banho.

Ultimamente tenho sentido calafrios e uma forte pressão no peito.

Senti que meu quarto está mais frio, escuro e com um forte cheiro de inchofre.

Pensei até em tirar a cor azul Tifane e pintar de branco, mas adorava aquela cor.

Depois de comer, assistir um filme com minha mãe e lavar a louça subi novamente para meu quarto.

Durmo cedo pois tenho que acordar as 5:30 da manhã para a escola.

Mas de madruga acordei assustada como tem acontecido nos últimos dias, sempre tenho a impressão de que tem alguém sussurrando em meus ouvidos, como se houvesse alguém em meu quarto me observando dormir.

Com o ambiente abafado resolvi tomar um pouco de ar fresco então fui para o telhado olhar as estrelas.

Por um breve momento tive a esperança de que Daniels tivesse no telhado também, como uma vez o vi fazer.

Fazia menos de dois dias que não o via, mas parecia muito mais.

E com aquele pensamento acabei adormecendo novamente, ali mesmo.

A Lua parecia me proteger com sua luz.

"Estava em uma floresta escura, mas não sentia medo, na verdade não sentia nada. Andei pela mata fechada, afastando os galhos até parar ao ver um corvo. Ele tinha olhos vermelhos, me olhava fixo e derrepente todo os medos e dor se instalaram em mim. Meu corpo ficou frágil e sentia frio não só fisicamente, mas sentia frio na alma, corri sem direção e sem perceber cair em um poço fundo, tentei escalar, mas sem sucesso. Derrepente terra começou a cair no poço ao olhar para cima estava o corvo me enterrando viva. Comecei gritar desesperada, mas a única resposta que obtinha era o som das folhas sombrias daquela floresta, então quase sem ar gritei uma última vez"

--Luci acorde...está tudo bem..!

CONTINUA...

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