- CATARINA, NÃO!
E essas foram as últimas palavras que ouvi de minha mãe antes que a porta do ônibus se fechasse e ele desse partida.
Ah, a tão esperada e planejada sexta feira! Eu e minha mochila, duzentos reais conseguidos vendendo cocaína em algumas festas aleatórias por um único final de semana, dois malboros, algumas camisetas, e nada mais que isso. Celular? Claro que não, pois a última coisa que eu quero no momento é ser encontrada. Ainda não tinha um rumo certo para essa noite, apesar de tanto tempo planejando essa fuga, mas essa era a graça, o jogo do improviso.
Já era tarde, 23h, um bom horário para uma festa e uma tentativa de conseguir um lugar para passar a noite antes de procurar outra cidade. Talvez eu devesse comprar materiais para fazer minha própria arte e pegar um ônibus para a praia, conseguir uma barraca e ser hippie, ganhando a vida assim, mas isso é para pessoas equilibradas e com muita paz interior, o que realmente não faz meu estilo, e está longe de ser minha personalidade. Então decidi ir em uma balada que muitas pessoas de cidades vizinhas frequentam, quem sabe essa seja uma grande oportunidade de me mandar de vez daqui. Insane Club, na avenida principal. Enfrentei uma grande fila e entrei, com a minha falsa RG, minha companheira de sempre.
Uma garota como eu, modéstia a parte, sozinha, convidativo, não? Na fila atrás de mim já havia um cara que aparentava ter uns 27 anos, me secando. Bonito até, branquinho, barba por fazer, cabelo bagunçado, olhos verdes. Logo que entrei, ele entrou atrás, segurando meu braço e me puxando.
- Ei, olá.
- E aí. - respondi
- Sozinha por aqui?
- Acompanhada de meus pensamentos, apenas.
- Bom, então somos dois! Aceita um drinque?
Então fomos até o bar e tomamos duas doses de Uísque, ele era sexy, e eu sedutora, modéstia a parte de novo. Insegurança era a última coisa que eu tinha nesse mundo. Lançava olhares instigantes para ele sempre que podia durante nossa conversa. Menti meu nome, minha idade, menti tudo, é claro. Inventei que morava em uma cidade vizinha e estava só de passagem, pois queria quebrar a rotina e ir para um lugar diferente esse final de semana.
Argh, estava ficando entediada com tanto papo furado! Decidi dar partida à coisa toda.
- Bom, já que você é um frequentador nato daqui, poderia me mostrar o banheiro? - Eu disse, com os olhos semicerrados, e deixando meus lábios soltos quando acabei a frase.
- Claro. - Concordou ele, retribuindo o olhar e levantando uma de suas sobrancelhas.
Vi que o banheiro estava vazio, peguei sua mão e o conduzi para dentro de um box, o jogando contra a parede e o beijando. É, até que ele não beijava mal. Segurou meus cabelos pela nuca e percorreu sua mão pelas minhas costas, parando em minha bunda, segurando com força, me puxando contra ele. Desci minhas mãos por seu peito e coloquei-as dentro de sua blusa, indo para a parte de trás de seus ombros e descendo arranhando até o final de suas costas, então ele deu uma mordida leve nos meus lábios, dando sinal de que havia gostado disso. Resolvi o presentear. Passei minha mão pelo cós de seu jeans, indo para o botão, desabotoando e abrindo o zíper. Coloquei minha mão por dentro de sua cueca, e ele deu uma risadinha abafada, sem parar de me beijar. Segurei o que havia ali dentro, até que parecia de um bom tamanho, puxei para cima, e fiquei fazendo movimentos para cima e para baixo. Desloquei o beijo para seu queixo, indo até seu pescoço e dando um chupão, ele gemeu. Quando já estava de um tamanho razoável, desci e me ajoelhei, colocando em minha boca, e o chupei por uns minutos. Tirei uma camisinha de meu bolso e o vesti, me levantando e tornando a beija-lo, tirei meu shorts, puxei minha calcinha e encostei do outro lado do box, agora invertendo nossas posições e me deixando contra a parede, puxei ele em minha direção, e o coloquei dentro de mim, dando uma gemida, e ele me beijou. Abracei-o com as pernas, fazendo com que me prendesse mais contra a parede para não cair, e então ele segurou minhas pernas nessa posição e penetrou mais fundo em mim, me fazendo gemer mais, e começou seus movimentos de entra-e-sai. Aquilo estava bom, eu estava me segurando para não gemer muito pois fazer isso um banheiro de balada não é muito educado, não que eu me importasse com essas coisas. Então, cheguei ao ponto, e ele também.
- Talvez você pudesse me passar seu telefone. - Ele disse, parecendo encantado e hipnotizado.
- Não tenho.
- Ok, já entendi, tudo bem então. - Disse ele, interpretando que eu não queria manter contato.
Abriu a porta e saiu, me deixando ali. Droga, não foi dessa vez. Me sentei no vaso até recuperar o folego, e saí.
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O Gosto Pelo Estrago
Teen FictionSufocada pelos meus pensamentos, atraída por aventuras, amante de novas experiências, fã de tudo que é difícil, e um gosto indescritível pelo estrago. Todos esses motivos me levaram a fugir para o mundo. Não tente me entender, não tente me desvendar...