Droga, droga, droga, droga. DROGA! O que eu faço sentada no chão desse banheiro? Aliás, que banheiro é esse? É, lá se vai minha teoria de ter auto controle com bebida. Me levantei e saí do banheiro, havia um relógio luminoso marcando 4h da manhã. Droga. Olhei ao meu redor e percebi que me encontrava em uma estação de trem, até que notei a placa acima de mim que dizia ''Estação Terminal Vila Georgina''. EM QUE DIABOS FICAVA ISSO? Por um minuto me desesperei, o lugar estava deserto, e eu não fazia idéia de quantos ônibus ou trens eu havia pego para chegar ali, muito menos como faria voltar. Mas espera, voltar pra onde mesmo? Eu não tinha um rumo, e muito menos um lar. Mas pela primeira vez, eu tinha alguém, e ela não saia dos meus pensamentos.
Sentei-me em um banco perto do trilho do trem, e desabei. Chorei, chorei muito, mas não chorei por arrependimento, não chorei por saudades de casa, não chorei por medo, chorei por não saber lidar comigo mesma, e não entendi porque estava chorando assim. E então eu perdi o controle, assim como arvores perdem as folhas e rosas perdem as pétalas, a única diferença é que ele nunca fez parte de mim, e mesmo assim eu o perdi. Chorei até o dia clarear.
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O Gosto Pelo Estrago
Ficção AdolescenteSufocada pelos meus pensamentos, atraída por aventuras, amante de novas experiências, fã de tudo que é difícil, e um gosto indescritível pelo estrago. Todos esses motivos me levaram a fugir para o mundo. Não tente me entender, não tente me desvendar...