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— HERNANDEZ, Octávia

O que você quer pai? Já disse que não vou para as aulas hoje. — disse pela segunda vez, em quinze minutos, mas a pessoa do outro lado da porta não parava de bater. — Mas que drogas.

Me levanto da cama, com muita dificuldades, e vou me arrastando até a porta. Aquele barulho de batida da morta está me matando, e aumentado mil vezes mais minha dor de cabeça.

— O que foi caralh.. Bieber? — digo, com a voz misturada de surpresa, e raiva. — O que você está fazendo aqui?

— Olá, Linda. — sorri maliciosamente, olhando de cima a baixo para mim. É só agora que eu noto, que estou apenas de pijama, muito curto. –coro fraco– Merda.

Tchau Bieber! — digo fechando a porta, bem na sua cara, mas o desgraçando para ela com o pé.

Ele vai entrando no meu quarto, sem a merda da minha autorização. Ele para olhando, cada detalhes, meu quarto era como um quarto normal –; tinha uma cama de casal, que estava desarrumando, uma estante onde guardava meus livros favoritos, um closet e o banheiro.–

— Quarto maneiro. — disse quando parou de olhar cada detalhe e voltou sua atenção para mim.

— Legal. Não perguntei nada, agora vaza do meu quarto. — disse abrindo a porta e esperando ele sair, mas o mesmo continuou parado me olhando.

— Continua delicada que nem uma pedra.— diz sorrindo sínico.

— O que você quer Bieber? — pergunto já perdendo a paciência.

— Não está claro... — diz chegando mais perto de mim, ele estava a um passo de distância de mim. — Conversar ué. — diz virando as costas para mim e indo até minha cama e sentando na mesma.

Me fazendo soltar a respiração que eu nem sabia que estava segurando. Idiota.

— Legal, então converse sozinho, pois eu não tenho mais nada para conversar contigo. — digo cruzando os braços irritada.

— Qualé Linda, temos assuntos pendentes a tratar. — diz deitando na minha cama. Folgado.

— Não, não temos, Bieber! O que aconteceu na droga do passado fica na droga daquele passado. — digo perdendo completamente a paciência. — Agora saí do meu quarto! — falo alterando a voz enquanto abro a porta e esperando ele sair.

Ele levanta uma das suas sobrancelhas, e logo levanta da minha cama caminhando até mim ficando frente à frente.

— Isso não acabou aqui Hernandez, — diz ele olhando no fundo dos meus olhos. — Eu ainda vou cobrar o que você me deve, e com juros querida rosalinda. — fala saindo do meu quarto, me fazendo bater à porta com força.

Minha cabeça está em milhões, ele não poderia ter voltado, não assim.
Como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse metade da culpa também, ele não pode fazer minha vida um inferno não de novo, não aceito isso.

Se jogo na minha cama, sentindo o cheiro dele, o mesmo cheiro de antigamente. Agrh.

Vou ter que pedir para Meredith vir trocar meus lençóis. Ninguém merece esse cheiro de drogas.

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Not again | JBOnde histórias criam vida. Descubra agora