Capítulo 2 - Sr. Sorriso Encantador

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19 de Março de 2018, Segunda- Feira

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19 de Março de 2018, Segunda- Feira

Ele é lindo de uma forma que faz todas as garotas, até as mais precavidas, fazerem coisas estúpidas. Alto, dois ou mais palmos mais alto que eu e largo na altura dos ombros mas afunilado na cintura. Cabelos meio ondulados castanhos em curto topete no alto da cabeça. Olhos castanhos profundos que parecem fazer qualquer menina pirar. E um sorriso... o tipo de sorriso que faz você se despir pra ele.

- Sinto muito mesmo. Eu achava que meu carro caberia aqui. – Ainda hipnotizada por ele, demoro uns segundos para processar o que dissera.

- Ah. – Observo novamente sua lykan e concentro-me novamente na intensidade de seus olhos – Ele é grande demais para essa vaguinha. Não daria aqui de qualquer maneira.

- Mesmo assim, mais uma vez, sinto muito. Eu pago pelo conserto do seu carro. – Seus lábios se curvam em um sorriso, misturando preocupação, mas felicidade também, enquanto ele pega um papel no bolso da sua calça juntamente com uma caneta, anotando algo – Tome – Entrega-me o papelzinho – Aqui está o meu número. Quando tiver o orçamento, me ligue.

- Não precisa. Sério. – Falo, rejeitando o telefone – É só uma lata velha. Um amassado não faz muita diferença.

- Eu insisto, por favor.

- Tudo bem, então. – Agradeço, rindo e pegando o número.

- Você quer tomar um café? – Sugere ele de repente, espantando-me – Como uma oferta de paz pela batida. – Eu rio baixinho e avalio seu rosto, me esforçando ao máximo para não focar em seus belíssimos lábios.

- Claro. Só não posso tardar muito, tenho compromisso.

- Mas é claro, uma mulher como você certamente é muito ocupada. – Seu comentário me faz rir, enquanto ele faz um sinal com as mãos para que eu caminhe ao seu lado.

- Então... – Ele começa – Você estuda na Universidade de Buenos Aires há quanto tempo? – Paro e olho desconfiada para ele – Desculpe, te vi saindo de lá.

- Ah... – Volto a andar – Na verdade, vou começar só amanhã.

- Nesse caso, você é uma caloura?

- Aparentemente, sim. – Digo, alegrando-me com a ideia.

- E vai fazer faculdade de que?

- Pedagogia.

- Uau, então temos uma futura professora aqui. – Ele sibila, chutando uma pedra no chão.

Tento não me mostrar inquieta quando nossos olhares se encontram de novo. Essa proximidade de certa forma está mexendo mais do que deveria com o meu psicológico. Antes de ter a chance de responder, ele se aproxima da porta de uma cafeteria muito famosa na cidade e a abre para mim. Finjo já conhecer o lugar ao me sentar em uma mesa do lado da grande janela de vidro do local. Sempre quisera entrar aqui, mas também é conhecida por não ter preços muito gentis. Não posso dizer ao estranho que talvez não tenha dinheiro para pagar.

Eternidade ao seu lado  (Lutteo)Where stories live. Discover now