Unhas e dedos, dez dedos, duas mãos; seguidas de braços e, unindo-se a um belo corpo, pequenos seios tão delicados, um pequeno umbigo cheio de beijos.
Uma bela dama! Enrolada em cobertores, estirada em minha cama, chama por mim.
Faca que seguro com meus dedos magros, corta e corta, batatas e cenouras ao meio, e jogadas à água, na panela que pega fogo pela grande boca do dragão que habita na pequena cozinha do apartamento.
Naquele andar viviam senhores e senhoras que toda hora reclamavam de barulhos meus e de minha bela dama. Mas ninguém reclama quando eles trazem seus amantes... Traições e traições uma atrás da outra!
No andar de baixo, mora o tal síndico, que se diz cristão que na hora de roubar ele é apenas um ser humano qualquer. Que sínico este síndico!
Coitado daquele maldito zelador que também é infelizmente o porteiro, ameaçado de morte todos os dias. Seja pelos moradores e carteiros, tirando as crianças é claro.
Falando em crianças. Pestes! Ficavam dando em cima da minha mulher, também era a única mulher jovem e bonita. Mas eu os entendo, faria a mesma coisa na idade deles se me aparecesse uma mulher daquelas.
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Amparos
RomanceHistoria de um homem, compactuado com sua miserável vida, entre romances e tragédias...