Tudo me começava a afetar. Até uma simples palavra mal dada ou um tom de voz mais alto. Mas como sempre, ninguém via isso. Ninguém era capaz de perceber que aquele brilhozinho nos meus olhos não era alegria, mas sim as lágrimas a evitar caír pela minha face. Não estava a ser fácil contê-las, nada fácil. Sentia-me tão sozinha, tão vazia por dentro, como se tivesse ficado sem chão. Queria um abraço, ouvir um " vai ficar tudo bem " mas eu não queria incomodar ninguém com os meus problemas. Além disso, achava egoísta tal ato, quero dizer, cada um tem os seus próprios problemas, a vida não é fácil para ninguém... E eu não era ninguém para me achar superior aos seus problemas. E assim continuava, dia após dia, fazendo de conta que tudo estava bem.
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Lembro-me como doía.
RandomEsta é uma breve história sobre a amizade entre uma rapariga e a dor.