Capítulo 15

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Emma

Começamos a andar e digamos que eu estou meia envergonhada pelo jeito que ele me olhou quando disse que podia sim ir pra minha casa, mas que diabos esse garoto tem? Ele nunca prestou atenção em mim, na verdade era o que eu pensava porque ele sabe muitas coisas sobre mim.

- Ei? – Henrique me chama me tirando dos meus devaneios.

- Ah.. olá. Me desculpe acabei viajando agora. – digo rindo e percebendo que tinha parado de andar no final da escada da ponte.

- É eu percebi. – ele diz sorrindo.

- Acho que podemos continuar andando né? – ruborizo quando ele olha pra mim de um jeito que não sei bem o que significa.

- Sim, acho que podemos. Você viajou legal agora pouco, estava pensando em que? – ele pergunta começando a andar.

- Bom.. em nada demais. – digo acompanhando ele e sorrindo.

- Bom, já que não é nada demais.. poderia me dizer. – ele sorri olhando pra mim novamente.

- Bom, mais uma coisa em comum. – digo retribuindo o sorriso e tentando mudar de assunto.

- Que coisa? – ele pergunta com uma expressão de dúvida.

- Curiosidade reina em nós. – digo rindo.

- Ah, concordo. – ele ri.

- Ops, me desculpe. – digo quando esbarro em alguém.

- Oi Henri. – diz a garota ignorando totalmente meu pedido de desculpas.

- Olá Jessie. – ele responde olhando pra ela.

- O que faz por aqui? – Jessie pergunta olhando em minha direção e a reconheço da escola, ela é uma das líderes de torcida do time.

- Bom, eu tô saindo com a Emma. – ele diz ignorando totalmente o olhar de desprezo dela sobre mim e sorri em minha direção.

- Ah, me perdoe Emma! Não te vi. – ela diz num tom irônico que sinceramente está na cara que eu não esbarrei com ela e sim ela que esbarrou comigo.

- Tudo bem. Podemos ir agora Connor? – digo olhando pra ele.

- Sim, podemos Scott. – ele sorri pra mim e em seguida ele olha pra Jessie – Então Jessie, preciso ir.

- Ah, ok. Bye Henri. – ela diz indo beijá-lo na bochecha.

- Tchau Jessie. – ele diz meio tanto faz ao gesto dela e olho pra trás assim que continuamos andando e vejo Jessie olhando com aquela mesma expressão de desprezo e simplesmente sorrio e olho novamente pra frente.

Alguns minutos depois..

- Ei? Tá tudo bem? – ele me pergunta depois de um bom tempo que estamos caminhando em silêncio.

- Sim. Por quê? – respondo tentando ser indiferente.

- Porque você quase não consegue ficar em silêncio. – ele diz calmo.

- É, eu quase não consigo. – digo fazendo aspas no quase.

- Eu sei que ela esbarrou em ti e que olhou você de um jeito não muito legal, mas não tenho culpa disso. – ele diz quando olho pra ele.

- Eu sei, estava bem óbvio. E relaxa não tô culpando você ou brava contigo. – digo sorrindo.

- Então o que você tem?  – ele diz quando chegamos perto do carro.

- Eu só não vou muito com a cara dela, ela costumava derrubar minhas coisas do armário.  – digo sorrindo fraco.

- Como assim? Os armários tem senha. – ele diz abrindo o carro e entrando dentro e eu faço o mesmo.

- Um dos armários ao lado do meu é de uma das suas amigas. – digo colocando o cinto.

- Ah, entendi. – ele diz colocando o cinto e ligando o carro.

- Mas isso não vai mais acontecer. – digo olhando pra janela e percebo que já escureceu e Henrique não responde mais nada.

Nada mais será igual.Onde histórias criam vida. Descubra agora