Capítulo 10

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Henrique

- Então a primeira dica é.. - digo olhando para frente.

- É? - Emma solta um suspiro.

- Tá ansiosa? - pergunto olhando pra ela.

- Não. Diga logo qual é a primeira dica? - ela olha pra mim.

- Você está ansiosa sim. - digo sorrindo.

- Não estou não! Fala, por favor. - ela quase implora.

- Então assuma que está ansiosa e bastante curiosa. - digo sorrindo de lado.

- Ok, tudo bem. Eu assumo que eu estou ansiosa e bastante curiosa, então agora me diz. - ela revira os olhos.

- É um lugar alto. - olho pra ela e dou um sorriso vitorioso.

- Nossa, sério que é só isso? - ela revira os olhos novamente.

- Sim. É a primeira dica linda. - continuo olhando pra ela com o mesmo sorriso.

- Tá bom, então diz outra. Por favor! - ela sorri.

- Ah.. Então acho que eu vou deixar você um pouquinho curiosa nessa segunda dica. - olha pra ela sorrindo.

- Ah não. Eu odeio ficar curiosa! Isso não é justo! Você é um idiota! - ela diz parecendo uma criança.

- Ah meu Deus! Se eu não soubesse quantos anos você tem, eu iria te confundir com uma criança.. o tamanho também ajuda bastante. - digo olhando o farol se fechar.

- Sério que você acabou de me chamar de criança e baixinha ou pequena? Tanto faz. - ela pergunta com uma expressão de raiva.

- Eu aprendi com a minha mãe que devemos dizer a verdade. - digo sorrindo.

- Ah, eu ainda irei te matar só pelo fato de você ser uma babaca idiota Connor. - ela diz com um sorriso irônico.

- Ah, nossa que medo Scott. E eu não sou um babaca idiota, ok? - digo revirando os olhos.

- Uma pessoa um dia me disse que aprendeu com a sua mãe a sempre dizer a verdade, então eu também aprendi com ele que devemos dizer sempre a verdade. - ela sorri.

- Que jogo sujo Scott, não tem vergonha não? - olho pra rua.

- Eu aprendi a sempre dizer a verdade Connor. - ela diz num tom irônico e sorrindo quando olho pra ela.

- Ok! Então vamos entrar nesse lance de sempre dizer a verdade? - digo parando perto de onde vamos descer.

- Sim, mas por que parou aqui? - ela pergunta confusa.

- Vamos andar um pouquinho, mas relaxa são só 30 minutos. - digo sorrindo.

- Só "30 minutos"? - ela diz fazendo aspas com os dedos.

- Que eu me lembre você gosta de andar certo? - digo fechando a porta do carro e esperando ela sair.

- Sim. Gosto de andar, só que se eu me lembro não disse que amava andar pra ti. - ela me olha curiosa de novo saindo do carro.

- Quando estávamos na sua casa você me perguntou se iríamos ir andando, então meio que percebi que gostava de andar. - digo sorrindo.

- Olha mais uma coisa em comum, eu também costumo observar as coisas e montar conclusões.. As vezes elas estão certas, mas algumas vezes não. - ela diz sorrindo.

- Eu tenho essa mania em filmes também. - digo começando a andar.

- Ah, eu também tenho. - ela diz colocando seu braço em volta do meu.

- Coisas em comuns finalmente, tirando futebol. - digo sorrindo e olhando para nossos braços quando ela percebe e sorri pra mim.

- Sim. Então agora vamos pra segunda dica. - ela diz.

- Tudo bem. Vamos lá! Vamos passar por uma algumas ruas bem movimentadas e depois chegaremos lá. - digo percebendo que dei duas dicas.

- Ah, ok. Ainda não faço ideia mais tudo bem. - ela diz olhando pra baixo.

- Nossa cara, eu te dei duas dicas e você não sabe? - pergunto olhando pra ela que abaixa no chão.

- Ah, não sei. Eu não saio muito, só sei os lugares pelos nomes. - ela diz olhando pra cima.

- O que foi que está abaixada aí? - pergunto.

- Eu acho que entrou um pedacinho de vidrinho na minha sapatilha. - ela diz tirando a sapatilha.

- Deixa eu ver. - digo abaixando.

- Aí, é aí mesmo. - ela diz quando eu passo o dedo em uma parte de baixo do seu pé.

- É só um pedacinho de vidro, eu tiro. - digo quando ela coloca a mão pra tirar.

- Tudo bem então. - ela sorri.

- Então tá.. 1,2,3.. pronto. - digo olhando pra ela e tirando o vidrinho.

- Obrigada. - ela sorri.

- Não precisa pedir obrigada. - digo sorrindo e ajudando ela a levantar.

- Então vamos? - ela diz colocando seu braço novamente em volta do meu.

- Vamos. - digo sorrindo.








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