Duas e trinta e cinco da manhã.
Sinto o vento gelado arrepiar meus cabelos, e parte dos pêlos de meu braço. O copo de Vodka pendendo em uma das mãos, assim como o cigarro, Marlboro para variar, pende em meus lábios. Traguei lentamente e soltei uma leve baforada, vendo-a sair em espirais (acho que devo dizer que são bem bonitinhos), e eu observei isso até a fumaça se dissipar toda no ar.
Voltei meu olhar para a cidade em minha frente, agora calma, porém continuamente brilhante e ofuscante, incansavelmente.Meu corpo se arrepia novamente, especificamente meu peitoral, por estar desnudo. Suspirei pesadamente, sentindo o cansaço tomar cada parte, tecido e nervo do meu corpo.
Fechei a imensa janela de vidro em minha frente e caminhei pela sala de meu apartamento, 15º andar, olhando tudo ao redor como se fosse a primeira vez a entrar naquele recinto. Não era a primeira vez, mas poderia ser a última.
28 anos de vida, e me sinto como se tivesse mais de 60. Seria o excesso de trabalho, o estresse e a rotina monótona e rude? Com toda a certeza. E para completar, a pressão familiar de estar à dois passos (ou dois anos) dos 30 e não ter arranjado uma esposa.Se eu quero?
Eu não dou a mínima pra isso.
Rio alto, sozinho. "Ótimo, além de estressado e velho, estou ficando louco", pensei comigo mesmo ao terminar meu cigarro em mais algumas tragadas e por no cinzeiro. Voltei para o quarto, me sentando na ponta da cama e olhando para um ponto fixo qualquer.
Não quer dizer que eu não dou a mínima, você sabe. Mas eu não quero me casar e ter filhos com ela. Aliás, da fruta que ela gosta, eu chupo até o caroço.
Vulgar porém real.
Gargalhei alto, deixando meu corpo cair de costas na cama. O quarto parcialmente escuro estava recebendo luz apenas do que vinha de fora, pelas imensas janelas de vidro, projetando sombras no teto branco como gelo. Fechei os olhos, absorto cada vez mais em meus próprios pensamentos.
Ora ora, será mesmo? Deveria chegar para minha família e dizer "Ei pessoal, eu não vou me casar com ela. Eu gosto de pinto, entendeu?".Nem ia causar polêmica, nem ia.
No mínimo iria levar uma bofetada no meio da cara, ora ora que lindo, um homem adulto levando um tabefe do próprio pai. Pelo jeito vou ter que aceitar meu destino e viver de aparências com aquela mocréia.
Agora eu me pergunto: precisava disso? Tenho quase certeza que não.
Afinal, por que as pessoas se importam tanto com a vida dos outros?Não, não. Essa não é a grande questão.
A pergunta deveria ser:
"Afinal, por que eu me importo tanto com a maldita opinião dos outros?"
(...)
Iae piranhonas voltei
Sim sim, eu retirei a publicação de "Imaginary". Não me matem, é isto.
Eu vou reescrever, só isso rs. Mas eu juro que vou postar de novo, amo muito vocês que acompanharam "Imaginary", e de vocês vem a inspiração pra mais uma fanfic.
É isso ae.
Até mais rs.
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|Draw Him| pcyeol&bbhyun
FanfictionUma memória falha (porém criativa), com resquícios de lembranças do passado. Esta era a mente de Byun BaekHyun, que sofria de perda de memória recente. Uma vida despedaçada, tão despedaçada quanto a reputação de sua família e fortuna, que perdia pre...