2

103 25 37
                                    

(...)

Eram 20:30 daquele mesmo dia, o jantar se aproximava na casa dos chaebol Park.
O mais novo dos Park, Park Chanyeol, estava desde o raiar do dia pensando em sua provável fuga. Mal trabalhou, mal atendeu seus sócios e principalmente (porém não mais importante): mal olhou para sua família, e os mesmos não estranharam tal comportamento.

Desde cedo daquele dia, Park vinha contactando as mais simples pessoas que poderiam ser seus aliados em sua fuga, pessoas que absolutamente não informariam seu endereço ou para onde fugira depois de já ter ido embora, afinal seu pai certamente iria ir caçá-lo. Sim, caçá-lo, a palavra está muito bem empregada, pois é exatamente isso que ele irá fazer.
Caçá-lo. Como um animal, ou um criminoso.

Sim, ele não havia feito nada demais para tomar esse tipo de atitude, muito pelo contrário! Se não tivesse sido submetido àquele tipo de situação, onde seria dado como um objeto em troca da reconstrução social e fútil de sua família, ele com certeza nunca iria embora. Sua fortuna e as poucas pessoas que mais amava estavam ali, e ele estava arriscando tudo aquilo para sentir o gosto de como seria o mundo lá fora, fora das extensões dos muros daquela mansão, onde vivera seus infelizes e perturbadores 28 anos.

Estava em seu escritório (ainda), andando de um lado para o outro enquanto as ideias ferviam em sua cabeça. Tinha que ser o mais esperto possível, ao ponto de seu pai demorar para encontrá-lo.
De primeira, decidiu que iria para Incheon. Mesmo que fosse perto de Seul, provavelmente seu pai mandaria procurá-lo nas cidades mais distantes, já que assim os fugitivos pensavam. Incheon seria uma das últimas cidades que o velho veria, e até lá, Chanyeol já teria ido para outra cidade e já teria planejado sua fuga em nível internacional.

Afinal não queria ficar fugindo para sempre.
Seus principais destinos eram países nem tão "famosos", países que nem todo mundo dava crédito, por exemplo: Brasil, Suécia, Irlanda, entre outros.

Mas antes, teria de ir até Incheon. E depois até Busan, onde esvaziaria toda a sua conta do banco nessas duas cidades e embarcaria para o exterior.
"Certo, estou fazendo muito bem", pensou ele, dando um gole em sua bebida e andando continuamente pelo escritório.

Uma batida repentina soou na porta. Chanyeol se assustou, e olhou desconfiado para a porta trancada. Se aproximou cauteloso, temendo que seu pai estivesse escutando seus passos agitados por trás da porta, e perguntou:

– Quem está aí? – até sua respiração estava cautelosa, ouvindo pela porta.

– Sou eu, idiota. Abre logo isso – disse a conhecida voz de Yifan, e Chanyeol riu com seu tom.

Logo abriu a porta, vendo imediatamente os olhos castanhos intensos do chinês Wu Yifan, seu fiel motorista e algumas vezes companheiro em suas aventuras e desabafos bêbados da meia-noite. O mais alto olhou-o desconfiado, sabendo que o mais novo dos Park iria em breve aprontar algo.

– Entra logo antes que o velho idiota venha e se intrometa de novo na minha vida, temos que ser os mais cautelosos possíveis – Chanyeol puxou Yifan para dentro, apressado.

– Pelo jeito é coisa séria mesmo, pra todo esse desespero. Você nem ao menos me deu o direito de saber o que está planejando, e eu estou ficando cada vez mais com medo, já que você não quis me dizer por telefone.

Yifan estava tenso, olhando Chanyeol um tanto preocupado e sentindo um leve arrepio em seu corpo, pressentindo a mais nova aventura daquela dupla. O Park riu baixo e desdenhoso, circundando sua mesa de vidro e indo se sentar novamente em sua poltrona, estendendo a mão para seu corpo de Martini e dando um grande gole.

– Você ainda não viu nada. Esta vai ser a maior loucura da minha vida, e é definitiva. Eu irei fazê-la e não terá mais volta, entende? Não sei do que meu pai é capaz, não sei as artimanhas dele contra mim e do que ele desconfia, mas sei que não confio nele, por isso quis te dizer meu plano pessoalmente, afinal meu pai seria bem capaz de espionar minhas ligações futuramente, quando eu já estiver longe daqui – respirou fundo e deu mais um gole em sua bebida, esvaziando o copo – Mas que tal irmos ao ponto principal? Suponho que você esteja bem curioso.

|Draw Him| pcyeol&bbhyunOnde histórias criam vida. Descubra agora